PARABÉNS MACAPÁ!
O governo estadual, em comemoração aos 261 anos da capital amapaense,
preparou uma vasta programação cultural e artística, além de que na semana que
antecedeu ao 04 de fevereiro, Waldez Góes assinou convênios com o Exército
Brasileiro para o georreferenciamento das terras amapaenses e com o Banco da
Amazônia que dará acesso ao produtores amapaenses a R$ 450 milhões do FNO.
Reinaldo
Coelho
Macapá tem sua história
existencial muito antes de se tornar, há 261 anos, cidade. Pois ali já vivia um
aglomerado humano, em estilo de vila, remontando aos primórdios do século XVI, quando os navegadores
portugueses, espanhóis, franceses e pouco mais ingleses e holandeses digladiavam-se
pelo controle político e comercial das terras do norte do Rio Amazonas e ainda não era reconhecida pelos
colonizadores portugueses, mais visitada e ambicionada por estrangeiros.
Em 4 de fevereiro de
1758, em presença ao povo tucujuense, Mendonça Furtado, na praça denominada São
Sebastião, fundou a Vila de São José de Macapá. A Cidade e o Município
prosseguiram-se os anos sem receber atenções ou efeitos de qualquer programa
administrativo, até a década de 1940, quando foi criado o Território Federal do
Amapá, sendo Macapá escolhida como sua capital.
O núcleo urbano de
Macapá se deu no entorno de dois bastiões históricos do Amapá, a Fortaleza de
São José de Macapá e da Igreja Matriz de São José, como era costumes em todos
as vilas e cidades fundadas nas colônias europeias.
Em 1841 foi criada a
Comarca de Macapá e em 06 de setembro de 1856 foi elevado à categoria de cidade
pela lei n.º 281 do Estado do Pará. Em 1.862 um novo panorama demostrava
progresso. Macapá contava com 2.780 habitantes, dos quais 2.058 eram livres e
722 escravos. Sua população reclamava seus direitos de autonomia política. No
governo de Getúlio Vargas, através da decreto-lei n.º 5.812, de 13 de setembro
de 1.943, foi criado o Território Federal do Amapá.
A partir desta data o
Amapá passou a ter governo próprio, embora nomeado pelo Governo Federal. E
Macapá se tornou capital do novo território e é a única à margem esquerda do
rio Amazonas sendo cortada pela linha do equador, numa altitude 15m em relação
ao nível do mar, latitude 00º. Tem uma área de 24.730 Km e uma população 400.000
habitantes aproximadamente. Clima equatorial, quente e úmido.
Macapá contemporânea
E ai já se vão 79 anos
de cidade-estado, hoje, sua população que foi estimada em 2018 pelo IBGE em
493. 634 habitantes, sendo o
51° município mais populoso do Brasil e o quinto da Região Norte. O município detém o 94º maior produto interno
bruto da nação, com 8,9 bilhões de reais e é a quinta cidade mais rica do norte
brasileiro, respondendo por 2,85% de todo o produto interno bruto (PIB) da
região. Na Amazônia é a terceira maior aglomeração urbana, com 3,5% da
população de toda a Região Norte do Brasil, reunindo em sua região
metropolitana quase 560 mil habitantes. Aproximadamente 60% da população do
estado está na capital. Sua área é de 6.407 km² representando 4,4863 % do
Estado, 0,1663 % da Região e 0,0754 % de todo o território brasileiro.
Macapá que é cantada em
versos e prosas e já foi a ‘Cidade Joia da Amazônia’ e possui um espaço de
memória e cultura forte e cheia de riquezas naturais, mas ao mesmo tempo como
um local atingido por diversos problemas de falta de gestão.
Em Macapá está faltando
muita coisa e precisa ter políticos que estejam realmente preocupados com a
cidade. Falta organização, escolas e melhorias nas ruas. A saúde tem que ser
melhorada e ampliada. Macapá precisa ser
reestruturado para atrair novos investimentos e alavancar o desenvolvimento
socioeconômico.
Macapá e os demais municípios amapaenses,
pelo esforço do governo estadual, que vem alavancando ferramentas que
possibilitem investimentos públicos e privados que beneficiem a todos e
possibilitem o desenvolvimento, apesar da crise que ainda persiste.
Principalmente na geração de empregos para os jovens que os estimulem a
investir no Amapá e em Macapá. Os resultados deste esforço são refletidos nos
inéditos R$ 450 milhões que os produtores amapaenses terão disponíveis pelo
Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), em 2019.
O Protocolo de Intenções para a Aplicação de
Recursos foi assinado na última quinta-feira (31), pelo governador Waldez Góes,
e pelo presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, em solenidade no Museu
Sacaca, em Macapá. Pois, é o banco quem executa as operações de crédito do FNO
– instrumento de política pública federal que visa contribuir para o desenvolvimento
econômico e social da Região Norte.
O Protocolo de Intenções foi elaborado pelo Banco
da Amazônia e submetido ao Ministério da Integração Nacional e à
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Entre outros aspectos,
o documento contempla as estratégias de ação e os programas de financiamento,
além dos planos estaduais de aplicação de recursos.
Dos R$ 450 milhões, R$ 273,4 milhões são das
diversas vertentes de crédito do FNO e, R$ 19,8 milhões da Carteira de Crédito
Comercial. Os recursos das demais fontes somam mais de R$ 110 milhões e serão
aplicados segundo a dinâmica econômica local e a demanda apresentada pelo
Estado. O aumento gradativo dos recursos é considerável. Em 2017, por exemplo,
o Amapá acessou apenas R$ 19,4 milhões. Já em 2018, foram aplicados R$ 113
milhões.
Eficiência
O chefe do Executivo estadual, Waldez Góes,
conduziu pessoalmente as tratativas com o banco, demonstrando o cenário
favorável conquistado ao longo dos anos, para investimentos da iniciativa
privada amapaense. Ele exemplificou que a gestão investiu em mecanismos e
condições que foram imprescindíveis para convencer a instituição financeira a
aumentar os recursos disponibilizados em 2019.
O Programa Tesouro Verde, a Zona Franca Verde, a
Base Cartográfica, a Rede Geodésica, o Selo Amapá e, o mais recente convênio
com o Exército Brasileiro para o processo de regularização fundiária, foram
citados pelo governador como estratégias de desenvolvimento e, que convenceram
o Banco da Amazônia a aumentar os recursos para o Amapá.
“Só é possível chegar ao desenvolvimento
socioeconômico se criarmos um ambiente favorável. E isso tem sido nossa
prioridade, nosso compromisso, seja com decisão política e diálogo, seja com
transparência e buscando parcerias com instituições engajadas e comprometidas
com a geração de oportunidades à nossa população”, enfatizou Waldez Góes,
acrescentando que com o fortalecimento da economia, será possível reforçar a
política social prestada aos amapaenses.
O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose,
por sua vez, observou que o Estado tem muito potencial para continuar ampliando
os investimentos. “O governador demonstrou e nós reconhecemos que o Amapá está
num grande momento de crescimento, de regularização fundiária e ambiental. E
este é o tempo de injetarmos recursos para os produtores rurais, empresários e
industriais. 2019 é o ano da Região Norte e, é o ano de testemunharmos o
crescimento e fortalecimento desse Estado”, contabilizou.
Tose anunciou que técnicos do Banco da Amazônia vão
executar ações permanentes do projeto FNO Itinerante nos municípios para
prospectar clientes, esclarecer, fazer cadastros e levar até eles os recursos
pactuados. Ainda em fevereiro, o banco vai disponibilizar o FNO Energia Verde –
que vai ofertar financiamento de energia solar para pessoas físicas na área
urbana. E no segundo semestre de 2019, a instituição financeira vai abrir uma
unidade de microfinanças no Amapá, para incluir microempreendedores na política
de microcrédito produtivo orientado.
“Tudo isso porque acreditamos no potencial desse
Estado e queremos tornar realidade esse potencial, fazer acontecer esse novo
caminho em parceria com o governo estadual, prefeituras e iniciativa privada”,
vislumbrou Tose.
Georreferencimento
O governo do Amapá
e o Exército Brasileiro firmaram na quarta-feira (30) um convênio para que
fosse dado sequência ao trabalho de georreferenciamento das áreas do território
estadual. Além de mapear de forma mais exata os limites das terras, o processo
é necessário para o início da regularização fundiária.
O processo faz
parte da transferência de terras da União para o Estado, iniciada em 2016,
época em que 96% do território amapaense pertencia ao Governo Federal.
A cerimônia para o
acordo, que aconteceu no Museu Sacaca, em Macapá, representou a terceira
parceria entre estado e Exército para a condução dos trabalhos de regularização
das terras.
Os militares
também tiveram participação na atualização e expansão da base geodésica e no
desenvolvimento da base cartográfica do Amapá.
O
georreferenciamento consiste no "mapeamento de um imóvel referenciando os
vértices de seu perímetro, ao Sistema Geodésico Brasileiro, definindo sua área
e sua posição geográfica", explicou o governo.
Os trabalhos da
etapa firmada no acordo deve seguir até, informou o Exército. Segundo o general
Bráulio Machado, do departamento de tecnologia da corporação, o
georreferenciamento irá fornecer maior segurança ao empresário que quiser
investir no Amapá.
"Isso é uma
etapa fundamental para que o estado ofereça um terreno regular e que quem
queira investir no Amapá possa fazer isso com segurança, sabendo onde ele está,
que limite ele tem e, principalmente, com títulos corretos de
propriedade", destacou o militar.
Todo mês os
resultados do Exército serão repassados ao Executivo, que a partir daí, poderá
fazer o registro fundiário em cartório por meio do órgão regulador.
O processo de
georreferenciamento vai custar R$ 5,9 milhões ao tesouro estadual. O trabalho,
feito pelo 4º Centro de Geoinformação do Exército, irá mapear 2,5 mil lotes
urbanos e rurais, além de 10 glebas estaduais e federais. Serão alcançados, ao
todo, um perímetro de mais de 4 mil quilômetros.
Para o governador
do Amapá, Waldez Góes, a regularização fundiária servirá para o fornecimento
das terras para produção de mercadorias e, com isso, o desenvolvimento
socioeconômico estadual.
"O Amapá
precisa definitivamente dar o salto para o desenvolvimento, e para isso
acontecer, algumas condicionantes são importantes: como a questão da zona de
processamento de produção e a Zona Franca Verde. Mas é preciso que as nossas
locações sejam disponibilizadas a termo de escala e para isso a regularização
fundiária é decisiva", avaliou.
Ainda segundo o
governador, a regularização fundiária deve acontecer sem afetar áreas
quilombolas e indígenas, que abrangem uma parte importante das terras
amapaenses.
"O Amapá tem
a base cartográfica mais moderna do Brasil, com isso nós temos condições de
fazer uma regularização fundiária e georreferenciamento sem conflito com as
terras quilombolas, extrativistas, indígenas. Isso nos dá uma maior
segurança", acrescentou.
O gestor também
adiantou que o governo estadual vem estudando formar de custear o processo de
regularização fundiária aos proprietários de baixa renda.
Festejos
As comemorações de
aniversário de 261 anos de Macapá iniciaram na sexta-feira, 1º de fevereiro, e
seguirão até essa segunda (4). A programação, preparada pela prefeitura,
conta com atividades esportivas, gastronômicas e culturais em vários pontos da
capital do meio do mundo. Além disso, haverá festividades para crianças, jovens
e adultos.
O ponto alto será
no dia 4. Haverá salva de canhões na Fortaleza de São José de Macapá, missa em
ação de graças na Igreja Matriz de São José, encontro das bandeiras, cortejos
artístico e do Banzeiro do Brilho de Fogo. À tarde, as comemorações seguirão
com shows regionais na Floriano Peixoto, apresentação das escolas de samba e
feira de artesanato e gastronômica.
O Governo Estadual
também contribui com os festejos em comemoração aos 261 anos de Macapá Além de comemorar os 261 anos da capital amapaense,
o Governo do Amapá já se antecipa para a programação dos 262 anos em 2020.
“Vamos lançar a ‘Doe Suas Lembranças’, na qual o cidadão será convidado a ceder
fotografias de cenas da Macapá antiga, pertencente ao seu acervo de família e,
ao final, receberá uma mídia com todas as fotos coletadas”, anunciou o chefe
adjunto do Gabinete do Governador, Carlos Marques.
Na programação de
2019 também será anunciada a produção de um documentário sobre a história da
música amapaense, que será feita pelo Núcleo de Produção Digital (NPD)
Equinócio, espaço inaugurado em 2018 pelo Governo do Amapá para fomentar o segmento
audiovisual do Estado. E ainda a produção do CD “Cantando Macapá”, numa
parceria entre o GEA e a Associação de Músicos e Compositores do Amapá (AMCAP).
Essas duas produções já são para a programação de 2020 do aniversário de
Macapá.













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