domingo, 10 de março de 2019

ATLETA DO PASSADO -Claudino da Silva Picanço, O LATERAL-DIREITA ‘Gorila’


“O Estádio Glicério Marques é um patrimônio – Primeiro estádio do Amapá, de muitas glórias e tradições. Eles deviam reformar, fazer um gramado de qualidade, e colocar o campeonato aqui, não para o Zerão. Antigamente no domingo, o Glicerão era programa obrigatório, tinha banda, a galera lotava. Hoje, você não vê o estádio cheio. A gente que praticou, que deu a vida pelo esporte temos que nos manifestar sobre isso, não devemos deixar acabar”, lamenta. Claudino da Silva Picanço, O LATERAL-DIREITA ‘Gorila’
  
Franselmo George

O atleta do passado desta semana é o – Ex-lateral-direito Claudino da Silva Picanço, conhecido no meio esportivo como “Gorila”. Nasceu no bairro do Trem, em Macapá, no dia 5 de maio de 1961. Filho de Álvaro da Silva Picanço e Benedita da Silva Picanço, todos macapaenses.

COMEÇO NO FUTEBOL – Claudino iniciou no futebol jogando peladas nos campos da Praça da Conceição, período da Juventude Oratoriana (JOT), do bairro do Trem, junto com vários outros atletas, tempo dos torneios e jogos estudantis comandados por Chefe Humberto e Biroba.

 TIMES QUE ATUOU - Começou no União Esporte Clube e Santos, depois foi para os times grandes – Em 1978 Esteve no Ypiranga Clube; ao lado de Pituca, Ademir, Renato Maciel, Bené, Delbanor, Ramabi, Merendinha, Maneca, Dival, João Oliveira, Goto, Dias, Duranil, Tadeu, Ademir Pena, Nena, Severino e Bolinha. No início da década de 80 se transferiu para o “Canário Milionário”, o Santana Esporte Clube, formando um timaço ao lado de:     Antonino, Goto, Nilcio, Gilmar, Baiano, Durval, Ninga, Bosco, Finé, Geraldo, Acelino, Babá, Roberto Foguetinho e Sérgio Maluco. “No campeonato de 1981 fomos vice perdemos a final para o Esporte Clube Macapá, 2 a 1. Depois atuei pela equipe do Carcará da Vila Maia, o Independente Esporte Clube, onde fui campeão. No MV-13 o Rubens Natal fez um bom time, fui contratado junto com outros jogadores, Munjoca e Sérgio Maluco entre eles, decidimos o primeiro turno e chegamos à final e ficamos com o vice”, lembra.

O APELIDO – “o nome “Gorila” veio depois de um jogo num dia de muita chuva, "marcava o finado Itamar e numa jogada de linha de fundo, eu marcava forte, caímos numa poça de lama e ficamos todos sujos e a imprensa começou a chamar de gorila e ficou, mas não me aborreci e ficou Gorila e pronto rsrsrs", revelou o ex-lateral-direito do futebol amapaense.
TREINADORES – Gorila destaca: o saudoso Lourival Lima, o “Chibé”; Roque Torres e Orlando Miranda. Ele conta que foram pessoas excepcionais, excelentes para o engrandecimento do esporte amapaense.
COPÃO DA AMAZÔNIA - “Eu ia disputar o Copão da Amazônia, mas mamãe não deixou jogar pelo Macapá, era moleque jogava muito. O finado Aluízio Brasil veio aqui para me levar para o Paysandu, minha mãe não deixou – “Pra passar fome pra lá tu não vai” - A gente ouvia muito o pai e a mãe naquela época”, recorda.

GLICERÃO – “O Estádio Glicério Marques é um patrimônio – Primeiro estádio do Amapá, de muitas glórias e tradições. Eles deviam reformar, fazer um gramado de qualidade, e colocar o campeonato aqui, não para o Zerão. Antigamente no domingo, o Glicerão era programa obrigatório, tinha banda, a galera lotava. Hoje, você não vê o estádio cheio. A gente que praticou, que deu a vida pelo esporte temos que nos manifestar sobre isso, não devemos deixar acabar”, lamenta.
FUTEBOL AMAPAENSE - Se afastou dos estádios e acredita que "se os dirigentes voltarem a valorizar, garimpar a prata da casa voltaremos a ter times bons em condições de enfrentar qualquer um de outros estados, como era antes, pode ter certeza disso. Trazer atletas de fora não é a solução, tem muitos jogadores bons no interior", aposta.
FINALIZANDO - Depois de problemas nos joelhos, Claudino exerce a profissão de mecânico, é autônomo, o que lhe dá sustento da família - Está hoje com 58 anos de idade, casado e pai de duas filhas.


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