“O Estádio Glicério Marques é um patrimônio –
Primeiro estádio do Amapá, de muitas glórias e tradições. Eles deviam reformar,
fazer um gramado de qualidade, e colocar o campeonato aqui, não para o Zerão.
Antigamente no domingo, o Glicerão era programa obrigatório, tinha banda, a
galera lotava. Hoje, você não vê o estádio cheio. A gente que praticou, que deu
a vida pelo esporte temos que nos manifestar sobre isso, não devemos deixar
acabar”, lamenta. Claudino
da Silva Picanço, O LATERAL-DIREITA ‘Gorila’
Franselmo George
O atleta do passado desta semana é o – Ex-lateral-direito Claudino
da Silva Picanço, conhecido no meio esportivo como “Gorila”. Nasceu no bairro
do Trem, em Macapá, no dia 5 de maio de 1961. Filho de Álvaro da Silva Picanço
e Benedita da Silva Picanço, todos macapaenses.
COMEÇO NO FUTEBOL – Claudino iniciou no futebol
jogando peladas nos campos da Praça da Conceição, período da Juventude
Oratoriana (JOT), do bairro do Trem, junto com vários outros atletas, tempo dos
torneios e jogos estudantis comandados por Chefe Humberto e Biroba.
TIMES QUE ATUOU - Começou no União Esporte Clube e
Santos, depois foi para os times grandes – Em 1978 Esteve no Ypiranga Clube; ao lado de Pituca, Ademir, Renato Maciel, Bené, Delbanor, Ramabi,
Merendinha, Maneca, Dival, João Oliveira, Goto, Dias, Duranil, Tadeu, Ademir
Pena, Nena, Severino e Bolinha. No início da década de 80 se transferiu para o
“Canário Milionário”, o Santana Esporte Clube, formando um timaço ao lado de: Antonino, Goto, Nilcio, Gilmar, Baiano, Durval,
Ninga, Bosco, Finé, Geraldo, Acelino, Babá, Roberto Foguetinho e Sérgio Maluco.
“No campeonato de 1981 fomos
vice perdemos a final para o Esporte Clube Macapá, 2 a 1. Depois atuei pela
equipe do Carcará da Vila Maia, o Independente Esporte Clube, onde fui campeão. No MV-13 o Rubens
Natal fez um bom time, fui contratado junto com outros jogadores, Munjoca e
Sérgio Maluco entre eles, decidimos o primeiro turno e chegamos à final e
ficamos com o vice”, lembra.
O APELIDO – “o nome “Gorila” veio depois de um
jogo num dia de muita chuva, "marcava o finado Itamar e numa jogada de
linha de fundo, eu marcava forte, caímos numa poça de lama e ficamos todos sujos
e a imprensa começou a chamar de gorila e ficou, mas não me aborreci e ficou
Gorila e pronto rsrsrs", revelou o ex-lateral-direito do futebol amapaense.
TREINADORES – Gorila destaca: o saudoso Lourival
Lima, o “Chibé”; Roque Torres e Orlando Miranda. Ele conta que foram pessoas
excepcionais, excelentes para o engrandecimento do esporte amapaense.
COPÃO DA AMAZÔNIA - “Eu ia disputar o Copão da
Amazônia, mas mamãe não deixou jogar pelo Macapá, era moleque jogava muito. O
finado Aluízio Brasil veio aqui para me levar para o Paysandu, minha mãe não
deixou – “Pra passar fome pra lá tu não vai” - A gente ouvia muito o pai e a mãe
naquela época”, recorda.
GLICERÃO – “O Estádio Glicério Marques é um
patrimônio – Primeiro estádio do Amapá, de muitas glórias e tradições. Eles
deviam reformar, fazer um gramado de qualidade, e colocar o campeonato aqui,
não para o Zerão. Antigamente no domingo, o Glicerão era programa obrigatório,
tinha banda, a galera lotava. Hoje, você não vê o estádio cheio. A gente que
praticou, que deu a vida pelo esporte temos que nos manifestar sobre isso, não
devemos deixar acabar”, lamenta.
FUTEBOL AMAPAENSE - Se afastou dos estádios e acredita
que "se os dirigentes voltarem a valorizar, garimpar a prata da casa
voltaremos a ter times bons em condições de enfrentar qualquer um de outros
estados, como era antes, pode ter certeza disso. Trazer atletas de fora não é a
solução, tem muitos jogadores bons no interior", aposta.
FINALIZANDO - Depois de problemas nos joelhos,
Claudino exerce a profissão de mecânico, é autônomo, o que lhe dá sustento da
família - Está hoje com 58 anos de idade, casado e pai de duas filhas.
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