Pedro Velleda
Nossa
homenagem as mulheres, em seu dia, vem em forma de história, ressaltando alguns
pontos importantes quando se trata desse ser iluminado, abençoado por Deus.
Entre
sentimentos, aspirações e sonhos que fazem parte do universo feminino,
encontramos na questão 822 de ‘O Livro dos Espíritos’ esclarecimentos sobre o
papel da mulher segundo o espiritismo. “Sendo iguais perante a lei de Deus,
devem os homens ser iguais também perante as leis humanas? “A lei humana, para
ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher.
Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A
emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização”.
E
se o assunto é igualdade ela só será conquistada a partir de uma
consciência maior de toda sociedade. Como enfatiza a ONU Mulheres Brasil,
criada para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos
direitos humanos das mulheres: “As mulheres e meninas ao redor do mundo têm o
direito a uma vida livre de discriminação, violência e pobreza, e de que a
igualdade de gênero é um requisito central para se alcançar o desenvolvimento”.
Um
entendimento sobre a mulher do ponto de vista espiritual compreende-se que além
do corpo feminino, existe um espírito imortal que agrega experiências como
resultado de suas múltiplas reencarnações, tanto como homem, como mulher.
Com
base nesses esclarecimentos, podemos refletir que na caminhada evolutiva, os
princípios de igualdade e respeito podem ser aplicados em qualquer tempo e para
qualquer papel que se vivencie.
A
partir dessa consciência, homens e mulheres viverão em maior harmonia. Nos
ensina a Doutrina Espírita que cabe a cada nova experiência que vivenciamos,
nos desenvolvermos, adquirindo novos conhecimentos e aprendizados.
Muitas
mulheres inspiraram e continuam a inspirar o caminho de outras mulheres, com
exemplos de força, coragem e ao mesmo tempo com a delicadeza feminina. Mulheres
que lutam por um mundo melhor, lutam por seus direitos, educam seres humanos.
Vivem dignamente o papel de ser mulher, dando sua contribuição e fazendo a
diferença na sociedade.
“Com
a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria
especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza, mas é um direito
alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o
Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como abre a da
igualdade e da fraternidade”. (Revista Espírita - Janeiro 1866)
Nada obstante ser indiscutível a
indispensabilidade de o Espírito estagiar ora em corpo feminil, ora em corpo
masculino, com a importante finalidade de avançar na senda do progresso rumo a
Deus, cumpre não perder de vista o especial papel do Espírito encarnado
como mulher, tal como o registrou Léon Denis: “O papel da mulher é imenso
na vida dos povos. Irmã, esposa ou mãe, é a grande consoladora e a carinhosa
conselheira. Pelo filho é seu o porvir e prepara o homem futuro. Por isso, as
sociedades que a deprimem, deprimem-se a si mesmas. A mulher respeitada,
honrada, de entendimento esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade
grande, moral, unida! (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, 23ª edição
FEB, 2000, página 178).
Neste passo é importante comparar o texto
acima reproduzido com a pergunta 821 de O Livro dos Espíritos: “As
funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande
quanto as deferidas ao homem?” E a sua resposta: “Sim, maior
até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida”.
Por outra parte, parece não haver dúvida que
tanto a maternidade quanto a paternidade constituem verdadeira missão, no
mínimo porque estão os pais incumbidos inerentemente de formar o caráter dos
seus filhos.
Entretanto, não podemos esquecer que à mulher
incumbe a realização de tarefas deveras especiais, a começar pela educação.
“A mulher respeitada, honrada, de entendimento
esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade grande, moral, unida!” – (Léon Denis – pensador espírita).
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