terça-feira, 30 de abril de 2019

Agricultores participaram da avaliação de 42 cultivares de mandioca para o Amapá


foto Jamile Araujo
Agricultores participaram da avaliação de 42 cultivares de mandioca para o Amapá

foto Valeria Bezerra

Uma série de três oficinas técnicas mobilizou agricultores, extensionistas e alunos de escolas famílias rurais dos municípios de Mazagão, Itaubal e Santana (AP), nos dias 23, 25 e 27 de abril, para a avaliação em campo de 42 cultivares de mandioca desenvolvidas para as condições de clima e solo do Amapá. A programação foi coordenada pelo pesquisador da Embrapa Amapá, Adriano Marini, e pelo analista do Sebrae Amapá, Reginaldo Macedo. Durante a oficina de encerramento da programação, na fazenda Bela Visita (Santana), realizada no último sábado, 27/04, foi feita a colheita das variedades que estão sendo analisadas.
foto Valeria Bezerra

Os participantes e convidados verificaram o avanço dos estudos nos aspectos quantitativo e qualitativo das cultivares de mandiocas, abrangendo brotação, ocorrência de pragas, plantas aptas para a colheita, altura da planta, altura da primeira ramificação, peso da parte aérea, peso das raízes (produtividade), teor de amido das raízes; quantidade de plantas tombadas, distribuição de raízes, comprimento do pedúnculo, facilidade de colheita, cor da película da raiz, cor da polpa da raiz, forma e constrições da raiz.
As análises fazem parte do início do processo de indicação de variedades de mandioca mais adaptadas às condições climáticas e de solo nas regiões do Amapá. O processo é evolutivo, na busca da indicação de variedades de mandioca mais adaptadas as condições das diversas regiões no Amapá, dentro de uma amostragem de 42 variedades plantadas, sendo 10 regionais e 32 de fora do estado. Após a conclusão das análises, os resultados serão disponibilizados ao público, por meio de seminário.
foto Jamile Araujo

Esta fase do trabalho é viabilizada no Amapá pela Embrapa, através do Projeto Mandiotec, financiado pelo Fundo Amazônia, e apoio do Sebrae por meio do termo de cooperação técnica “Fortalecimento da Produção Agrícola do Estado do Amapá Através da Transferência de Tecnologias (Agroamapá)”. 
As oficinas foram realizadas com os alunos das escolas famílias rurais, como parte do processo de aprendizagem sobre técnicas práticas de seleção, e também apoio de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap). No dia 23 de abril foi mobilizada a comunidade do Piquiazal, município de Mazagão; no dia 25 foi a vez da oficinal realizada na comunidade do Curicaca, município de Itaubal; e no sábado, 27, a programação ocorreu na comunidade Pirativa do Maruanum (Santana). Acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Federal do Amapá (Unifap), campus Mazagão, também participaram da oficina no Pirativa. As análises dos estudos foram apresentadas aos produtores da Coopercedro e aos colaboradores da fazenda Bela Vista.

Alunos de cursos técnicos do IFAP têm aula prática de manejo de pirarucu na Embrapa

Os alunos participaram de aula prática de manejo alimentar, captura, pesagem e biometria de pirarucu. foto Alyne Lima

Alunos concluintes dos cursos Técnico em Agropecuária e Técnico em Agroecologia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande, fizeram uma visita técnica ao Campo Experimental da Embrapa no distrito de Fazendinha (Macapá/AP) e verificaram as práticas de manejo referentes ao manejo nutricional e reprodutivo do pirarucu.
A programação constou de palestras interativas e demonstrações práticas sobre alimentação de alevinos e matrizes de pirarucu, manejo reprodutivo, manejo alimentar, captura, pesagem e biometria de pirarucu. A programação aconteceu na área dos tanques escavados do campo experimental.
A professora Alyne Cristina Sodré Lima, da disciplina Manejo Animal, ressaltou que visita faz parte de uma cooperação técnica com a Embrapa. “Fazemos a atividade teórica em sala com os alunos, mas atualmente ainda não temos no campus os tanques de piscicultura ou instalações apropriadas para fazer este tipo de prática. Como temos a parceria com a Embrapa, aproveitamos para oportunizar aos alunos conheceram as espécies que são cultivadas aqui e também ver na prática como é realizado o manejo reprodutivo e alimentar do pirarucu”.
O aluno Valdo Silva da Conceição Filho, 17 anos, residente no município de Porto Grande, na Colônia Agrícola do Matapi, disse que trabalha com o pai em uma piscicultura familiar, onde cultivam pirapitinga e pirarucu. “Vendemos na cidade de Porto Grande. Me interessei pelo curso do IFAP porque oferece ensino de boa qualidade e também o curso de Técnico em Agropecuária está ligado de certa forma ao meu sonho de cursar Medicina Veterinária. Não conhecia o campo da Embrapa, mas sei que é um órgão público que leva muitas tecnologias para o produtor rural”.  
O pesquisador Cesar Santos, supervisor do Campo Experimental de Fazendinha, iniciou a programação da visita técnica explicando os fundamentos do manejo do pirarucu para reprodução. “Este procedimento envolve manejo de adultos (reprodutores) e de alevinos (recém-nascidos). Como o pirarucu é carnívoro, ou seja, se alimenta de outros peixes, então para criar o pirarucu precisa treiná-lo desde a fase de alevino a aceitar a ração, porque ele é acostumado a caçar ativamente o peixe, e a reação fica parada na água, é inerte, então não tem o estímulo da caça à presa”, explicou Santos. A pesquisadora Eliane Yoshioka falou sobre a importância dos carboidratos, proteínas e lipídios necessários para a saúde do organismo humanos, e explicou que estes itens são necessários para o desenvolvimento saudável dos peixes em cativeiro. Participaram da visita técnica 39 alunos do IFAP, dois professores e os técnicos de campo Fábio da Conceição Costa, Higor Favacho, Luiz Alberto Sabioni, Flazita Silva da Costa e Aline dos Santos.

Alunos de Engenharia Agronômica fazem curso de Microbiologia Agrícola na Embrapa
Turma do IFAP Porto Grande_foto Dulcivania Freitas
O processo natural da fixação biológica de nitrogênio (FBN), que ocorre em associações de plantas com bactérias diazotróficas, encontradas em muitos tipos de solos, foi destacado pela aluna de Engenharia Agronômica Steffane Pereira De Magalhães, 20, durante o Curso de Microbiologia Agrícola, realizado nos laboratórios da Embrapa Amapá no período de 24 a 26 de abril. 
 Steffane Pereira de Magalhães
foto Dulcivania Freitas
“Está sendo maravilhoso, um aprendizado grande. A professora falou na sala de aula sobre a fixação biológica do nitrogênio e microbiologia do solo como um todo, e aqui a gente está praticando este aprendizado teórico. Vamos aproveitar esse conhecimento nas atividades de extensão com os produtores da Colônia Agrícola do Matapi”, acrescentou a estudante. Ela faz parte dos 32 acadêmicos selecionados por professores do curso Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande (AP), para participar da capacitação.

A programação constou de apresentações e práticas, pela manhã e à tarde, voltadas ao conhecimento científico de fungos e bactérias que atingem vegetais de diversas espécies, como limoeiro, cajueiro, bananeira, entre outros. O objetivo foi proporcionar conhecimentos práticos de algumas vertentes da microbiologia do solo aplicados à agricultura, a fim de contribuir com o aprendizado dos alunos, associando as aulas teóricas às práticas desenvolvidas em laboratórios.
Atuaram como instrutores, o chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Amapá, Adilson Lopes Lima; o pesquisador Wardsson Borges; a analista Adriana Bariani; e o analista Leandro Damasceno, contribuindo para disseminar informação técnico-científica através da formação de estudantes da área agrícola. As aulas práticas aconteceram nos Laboratórios de Entomologia, com atividades também no Laboratório de Alimentos.
A motivação é associar a teoria à prática
Analista da Embrapa e alunos do IFAP durante aula prática no Laboratório de Entomologia_foto Dulcivania Freitas

A professora Flaviana Gonçalves, responsável pela disciplina Microbiologia do Solo, enfatizou que a motivação é associar ao máximo a teoria à pratica. “Por isso busquei a parceria da Embrapa, junto com os demais professores, para mostrar aos alunos algumas vertentes dentro da microbiologia do solo. Diante da experiência dos pesquisadores e analistas da Embrapa, que estudam bastante o tema, é de grande importância para nossos alunos que obtenham mais conhecimentos nesta instituição, e sem falar na questão de despertar o interesse para a pesquisa científica”. O professor Nilvan Carvalho Melo (Solos) acrescentou que inclusive vários alunos selecionados para este curso já atuam em projetos de Iniciação Científica, junto com os professore do campus Porto Grande.
O aluno Cássio Freitas de Oliveira, 18, durante os dias de aula reside em Porto Grande, e no final de semana permanece em Macapá, onde residem seus pais. Não exatamente por causa dos atrativos urbanos. “Meu pai possui terreno aqui perto da cidade (a 17km do perímetro urbano) e gosto demais de acompanhar, tem muita mandioca, piscicultura. Esta é uma das justificativas para eu estar cursando Agronomia. Com relação ao curso de Microbiologia Agrícola, ele afirmou que “foi muito bom, apesar de ter sido pouco tempo, deu para falar sobre as áreas da microbiologia, passaram para a gente o que acontece hoje sobre o controle biológico, sobre um dos principais processos que é a fixação biologia do nitrogênio, e o estudo de microorgnaimos que é a matéria contemplada neste curso. Achei boa estrutura da Embrapa e a disponibilidade dos profissionais para nos receber”. Também fizeram parte da equipe do IFAP que acompanhou os alunos, o Técnico em Agropecuária Eduardo José de Carvalho; e os professores Cleber Macedo de Oliveira (Coordenador do curso) e Anderson Marcelino de Arandas (Química).



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