A MUDANÇA QUE O AMAPÁ PRECISA
Rodolfo Juarez
Estou
percebendo que técnicos de diversas áreas do conhecimento estão se juntando
para discutir o Amapá cada vez mais profundamente e com consistência
científica, preocupados com o amanhã, cada vez mais difícil de ser desenhado
para poder ser enfrentado.
A
população entregou tudo o que podia para ser resolvido pelos políticos, cuja
maioria faz a mesma coisa, o seja espera o tempo passar para passar o tempo de
seu mandato ou da oportunidade que lhe foi dada pelo “amigo” detentor de cargo
eletivo.
Enquanto
isso o Estado do Amapá vai se apequenando como solucionador de problemas e
vendo todas as saídas muito distantes, ficando sem alternativa ou fôlego para
sua própria respiração e seus dirigentes completamente perdidos e esperando
apenas o tempo passar e gerindo pessoal sem acordar para o desenvolvimento ou,
ao menos, para anotar o que está acontecendo com outras unidades federadas.
Isso
contamina as administrações municipais, cada vez mais isoladas, sem força
política e, algumas vezes entregues à própria sorte ou mesmo abandonadas e só
lembradas, quando muito, em encontros obrigatórios.
A
relação política fica muito limitada e os interesses se individualizam e
acontecem fatos que são lamentados seja pelos grupos ou internamente com
prejuízo claro para todos.
É ruim
- para todos -, a falta de comunicação direta das bancadas eleitas a cada
quatro anos. Vereador não se comunica com deputado estadual, deputado estadual
que não conversa com o deputado federal e senador. Por mais incrível que possa
parecer, o caminho inverso é muito mais praticado.
Da
mesma forma acontece entre os prefeitos e o governador. Neste caso a distância
coloca os gestores como concorrentes e, ao que parece, disputando o mesmo voto
quando, na verdade os interesses administrativos deveriam ser os prevalentes.
O
recente encontro dos governadores da Amazônia Legal realizado em Macapá tomou
importantes decisões que precisariam ser entendida por todos os outros agentes
políticos detentores de mandato, no sentido de motivá-los para adotar nas
discussões de interesse da população os temas que foram debatidos na reunião de
cúpula e que não chegaram aos agentes executores, mesmo os de interesse geral.
E haja
planos soltos, sem chances de oferecer qualquer resultado.
A
aprovação do Orçamento Impositivo, aquele que obriga ao Executivo Federal
liberar as emendas de bancadas propostos pelos parlamentares federais necessita
ter um estrutura gerencial capaz de executar, corretamente, as receitas oriundas
do Orçamento da União e que sejam resultado do Orçamento Impositivo.
O
Governo do Estado do Amapá tem tido muitas dificuldades para executar volumes
relativamente pequenos de obras. Para exemplificar basta rememorar o que
aconteceu com o PAC1 e PAC2, e ainda, os recursos alocados para Segurança
Pública.
O Amapá
precisa de agilidade para aprovar os projetos e de empenho para transformar os
projetos em realidade.
A
lentidão está encarecendo as obras que precisam ser concluídas, atrapalhando a
vida dos empresários contratados e viciando os profissionais que trabalham na
execução das obras.
O
Orçamento Impositivo vai exigir essa mudança de comportamento da Engenharia
Pública, tanto do Governo do Estado como das Prefeituras, ou vamos continuar
dispondo do dinheiro e não demonstrando capacidade para executar os projetos
selecionais.
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