12 DE
OUTUBRO - DIA DAS MÃES
Influência
NA ECONOMIA E NA FAMÍLIA
Reinaldo
Coelho
A
sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças nos campos da economia,
da política e da cultura, afetando significativamente todos os aspectos da
existência pessoal e social. Essas mudanças repercutem fortemente na vida
familiar, desde o modelo de formação até o provedor do sustento, entre outros
aspectos.
Hoje
em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois
existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo
cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos
dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres,
chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a
nuclear que seria a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe
e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente.
Porém,
destaque-se que uma personagem continua firme nesses núcleos, a MÃE. Podemos
ter todo os tipos novos e antigos da família, mas todos tem na mulher-mãe sua
origem, pois ela tem o poder de ser a geradora e mantenedora da vida em seu
ventre.
A
formação da nossa personalidade sofre influências multifatoriais provenientes
do meio familiar, sociedade, escola, religião, herança genética, entre
outros. Porém, uma grande parcela é de
responsabilidade da mãe.
Isso
porque o filho recebe da mãe, desde a vida intra uterina, impressões, sensações
e sentimentos e esses registros podem ser repletos de amor, mas também de
medos, inseguranças e outras emoções que influenciam diretamente na formação e
desenvolvimento dos filhos.
Isso
ocorre não só na infância, mas também na vida adulta gerando impacto em varias
áreas: social, profissional e até afetiva. Impactos as vezes positivos e
outras, negativos.
Impacto
na economia
Impulsionadas
pela nossa cultura consumista, as datas comemorativas são fundamentais para que
o comércio seja aquecido, garantindo, assim, o giro da economia. Natal, Dia das
Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais são as quatro datas mais importantes do
varejo nacional. Somadas, chegaram à marca de quase R$ 30 bilhões no
faturamento do ano passado - e R$ 24 bilhões provenientes apenas do Natal.
Segundo o economista, os ramos mais beneficiados nesses períodos são o de
vestuários e o alimentício.
O
Dia das Mães, considerado pelo varejo nacional o Natal do primeiro semestre,
deve registrar aumento real, descontada a inflação, de 3,8% no volume de
vendas, em comparação a 2018, o que significa movimentação financeira da ordem
de R$ 9,7 bilhões. A estimativa foi divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro, pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O
economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, destacou que esse é o terceiro ano
consecutivo de alta do faturamento do varejo brasileiro no Dia das Mães.
"Desde que a crise [econômica] acabou, em 2016 e início de 2017, as vendas
para o Dia das Mães vêm crescendo. É uma data importante para o comércio; é o
Natal do primeiro semestre".
Fabio
Bentes disse que, como se trata de uma data grande, acaba movimentando também
um pouco a demanda por trabalhadores. "Como a expectativa de vendas é de
alta, a contratação tende a crescer um pouco mais que no ano passado".
No
Amapá
O
Sistema Fecomércio, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do
Comércio do Estado do Amapá (IPDC), realizou nos dias 24 a 26 de abril, a
pesquisa de intenção de compras do consumidor macapaense para a comemoração do
Dia das Mães deste ano. A pesquisa aponta que 78% dos macapaenses pretendem
comprar algum presente para celebrar a data.
Visando
fornecer informações acerca do comportamento do consumidor nessa data que é
considerada a segunda melhor para o comércio varejista, a pesquisa questionou
os entrevistados sobre valores das compras, itens de maior procura, formas de
pagamento, locais para compras, motivos que levam a comprar e onde pretendem
comemorar o dia das mães.
De
acordo com os dados da pesquisa, 55% dos entrevistados têm a intenção de
comprar entre 1 e 2 presentes e 33% pretende comprar até 3, revelando o desejo
dos consumidores em presentear não somente a homenageada como também a esposa,
avó, sogra e outras mulheres que integram o núcleo familiar.
Produtos
mais procurados
Entre os consumidores que têm o desejo de
comprar para presentear no dia das mães, 28% têm a intenção de comprar perfume
e 25% produtos de vestuário. 16% pretendem comprar sapatos e/ou bolsas, 8%
flores e 7% tencionam presentear com joias e relógios.
Locais
de Compras
Os
entrevistas que responderam à pesquisa apontaram o centro comercial principal
local para compras de dia das mães. 49% dos consumidores vão fazer suas compras
nas lojas da área central da capital; enquanto 26% têm a pretensão de comprar
nas lojas de shopping center; 9% em lojas de departamento; 8% em lojas de rua,
bairro; 4% em supermercados e hipermercados; 2% dos consumidores pretendem
adquirir o presente pela internet e 2% por catálogos.
Forma
de Pagamento
O
pagamento à vista (dinheiro, cartão de débito) é o preferencial para 64% dos
consumidores macapaenses; 31% com cartão de crédito e 5% tencionam fazer
compras utilizando crediário ou carnê. (Fonte: Fecomércio/AP)
MÃE
DE CORAÇÃO
Desembargadora Sueli Pini e seus filhos |
Toda
relação de mãe e filho vem acompanhada de momentos extremamente prazerosos e de
grandes desafios. E com a adoção não é diferente – o prazer de encontrar seu
filho, formar sua família, criar vínculos de amor e poder acompanhar o
desenvolvimento das crianças é o êxtase de toda mãe! Já os desafios, em sua
grande maioria, são comuns a toda relação mãe-filho, seja esse filho adotivo ou
não. Entretanto, há alguns desafios que são específicos da adoção, sobre os
quais pouco se fala, apesar de seus desdobramento intensos e conflituosos,
quando negados.
No
Amapá, temos muitas mães com esse perfil, mas trouxemos uma personagem que tem
se destacado como mulher em todos os mais de 20 anos vivenciados em terras
Tucuju, ele é a magistrada Sueli Pini, hoje desembargadora do Tribunal de
Justiça do Estado do Amapá, e sua primeira mulher presidente.
Sueli Pini é desembargadora-presidente do Tjap e cuida dos 10 filhos (Foto: Sueli Pini/Arquivo Pessoal) |
Este foi apenas um dos desafios que a desembargadora Sueli Pini enfrentou ao longo dos 59 anos de vida. Um ou o maior deles está dentro do seu lar onde fora da rotina da magistratura é a mãe que cria 10 filhos, dentre eles, oito adotivos.
“Conjugar
tudo isso é um desafio enorme. Imagina trabalhar, depois ter que vir
administrar a casa, preocupação 24 horas com o filho, formação deles,
compromissos sociais, se dedicar ao companheiro e até mesmo cuidar de si
próprio. Acredito que já está no nosso DNA essa característica de ser
múltipla”, conta a desembargadora.
Para
Sueli, cuidar da criação desde o filho mais velho, hoje com 34 anos, até a mais
nova, de 9 anos, é um aprendizado diário, principalmente em ter que lidar com
personalidades diferentes em meio a rotina de magistrada.
A
desembargadora paranaense mora no Amapá há mais de 20 anos, estado onde cria os
10 filhos. Ela gerou somente dois deles: Fernando, de 34 anos, e João, de 33
anos. Ao completar 34 anos, Sueli teve a primeira experiência da adoção.
“Pensei
que já estava bom gerar somente dois filhos e fiz a laqueadura aos 26 anos. Mas
a ideia da adoção sempre me passava pela cabeça. Quando vim morar no Amapá, meu
ex-marido se interessou por adotar e foi tudo tão simples, não teve problemas.
A mãe estava grávida e queria dar o bebê. Nós fomos no hospital e buscamos o
Eduardo”, lembra.
Eduardo,
hoje com 24 anos, foi o primeiro filho adotivo. Em seguida vieram Gerlândia, 33
anos, adotada na adolescência; Isa Bella, 24 anos; Pedro, 22 anos; Shayane, 19
anos; Catharina, 15 anos; Antônio Lourenzo, 11 anos; e Maria Cecília, de 9
anos, com necessidades especiais.
Seis
deles moram com Sueli, dois já começaram a construir a própria família e outros
dois moram fora do estado. A mãe conta que os dois filhos biológicos sempre
aceitaram bem a chegada dos irmãos.
“Fernando
e João são filhos maravilhosos. Eles poderiam querer a mãe só pra eles. Só que
isso nunca aconteceu. Aconteceu ciúmes, mas isso é natural. Eles sempre tiveram
uma postura maravilhosa”, comenta Sueli.
Filho
primogênito, o administrador Fernando olha para a mãe com admiração. Ele a
elogia por conciliar as tarefas de cuidar da grande família e se dedicar ao
comando do judiciário.
“Ela
é uma mãe é maravilhosa. Temos nossos desentendimentos, mas nunca passou o
tolerável. Ela me cobra muitas coisas como mãe, claro. Mas a relação é
incrível. Tenho muito orgulho dela, pela grandiosidade que ela é como mãe e
profissional. Dou graças a Deus por tê-la na minha vida”, falou Fernando Pini.
A
desembargadora diz que nunca descarta a possibilidade de aumentar a família adotando
outras crianças, mas que prefere possibilitar que outras pessoas também façam a
adoção.
“Eu
tive que me conter de não ser egoísta e não querer todas para mim. Encaminhei
crianças para a Vara da Infância e Juventude, para que elas fossem encaminhadas
para outros casais da fila de espera para que possam viver a experiência de ter
filho e a própria família”, comentou a magistrada.
Segundo
Sueli, o Dia das Mães, celebrado neste domingo (12), será sempre especial assim
como os outros domingos, que é o dia da semana que ela consegue reunir todos os
filhos e pessoas queridas.
“Estou
esperando uma surpresa deles. O dia que eu mais gosto é o domingo. Não tem um
domingo à noite que nós não estamos aqui comendo uma pizza ou tomando uma sopa.
A nossa noite de domingo é sempre muito maravilhosa aqui em casa. Esse será
mais um bom domingo em família”, concluiu Sueli. (Fonte: Texto originalG1-Amapá)
Passo-a-passo da adoção*
Para
conquistar o filho tão aguardado, veja o passo a passo da adoção.
1)
Eu quero – Você decidiu adotar. Então, procure a Vara de Infância e Juventude
do seu município e saiba quais documentos deve começar a juntar. A idade mínima
para se habilitar à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil, desde
que seja respeitada a diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança
a ser acolhida. Os documentos que você deve providenciar: identidade; CPF;
certidão de casamento ou nascimento; comprovante de residência; comprovante de
rendimentos ou declaração equivalente; atestado ou declaração médica de
sanidade física e mental; certidões cível e criminal.
2)
Dê entrada! – Será preciso fazer uma petição – preparada por um defensor
público ou advogado particular – para dar início ao processo de inscrição para
adoção (no cartório da Vara de Infância). Só depois de aprovado, seu nome será
habilitado a constar dos cadastros local e nacional de pretendentes à adoção.
3)
Curso e Avaliação – O curso de preparação psicossocial e jurídica para adoção é
obrigatório. Na 1ª Vara de Infância do DF, o curso tem duração de 2 meses, com
aulas semanais. Após comprovada a participação no curso, o candidato é
submetido à avaliação psicossocial com entrevistas e visita domiciliar feitas
pela equipe técnica interprofissional. Algumas comarcas avaliam a situação
socioeconômica e psicoemocional dos futuros pais adotivos apenas com as
entrevistas e visitas. O resultado dessa avaliação será encaminhado ao
Ministério Público e ao juiz da Vara de Infância.
4)
Você pode – Pessoas solteiras, viúvas ou que vivem em união estável também
podem adotar; a adoção por casais homoafetivos ainda não está estabelecida em
lei, mas alguns juízes já deram decisões favoráveis.
5)
Perfil – Durante a entrevista técnica, o pretendente descreverá o perfil da
criança desejada. É possível escolher o sexo, a faixa etária, o estado de
saúde, os irmãos etc. Quando a criança tem irmãos, a lei prevê que o grupo não
seja separado.
6)
Certificado de Habilitação – A partir do laudo da equipe técnica da Vara e do
parecer emitido pelo Ministério Público, o juiz dará sua sentença. Com seu
pedido acolhido, seu nome será inserido nos cadastros, válidos por dois anos em
território nacional.
7)
Aprovado – Você está automaticamente na fila de adoção do seu estado e agora
aguardará até aparecer uma criança com o perfil compatível com o perfil fixado
pelo pretendente durante a entrevista técnica, observada a cronologia da
habilitação. Caso seu nome não seja aprovado, busque saber os motivos. Estilo
de vida incompatível com criação de uma criança ou razões equivocadas (para
aplacar a solidão; para superar a perda de um ente querido; superar crise
conjugal etc.) podem inviabilizar uma adoção. Você pode se adequar e começar o
processo novamente.
8)
Uma criança – A Vara de Infância vai avisá-lo que existe uma criança com o
perfil compatível ao indicado por você. O histórico de vida da criança é
apresentado ao adotante; se houver interesse, ambos são apresentados. A criança
também será entrevistada após o encontro e dirá se quer ou não continuar com o
processo. Durante esse estágio de convivência monitorado pela Justiça e pela
equipe técnica, é permitido visitar o abrigo onde ela mora; dar pequenos
passeios para que vocês se aproximem e se conheçam melhor. Esqueça a ideia de
visitar um abrigo e escolher a partir daquelas crianças o seu filho. Essa
prática já não é mais utilizada para evitar que as crianças se sintam como
objetos em exposição, sem contar que a maioria delas não está disponível para
adoção.
9)
Conhecer o futuro filho – Se o relacionamento correr bem, a criança é liberada
e o pretendente ajuizará a ação de adoção. Ao entrar com o processo, o
pretendente receberá a guarda provisória, que terá validade até a conclusão do
processo. Nesse momento, a criança passa a morar com a família. A equipe
técnica continua fazendo visitas periódicas e apresentará uma avaliação
conclusiva.
10)
Uma nova Família! – O juiz profere a sentença de adoção e determina a lavratura
do novo registro de nascimento, já com o sobrenome da nova família. Existe a
possibilidade também de trocar o primeiro nome da criança. Nesse momento, a
criança passa a ter todos os direitos de um filho biológico.
*Informações
do CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
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