Na primeira ação do projeto Colorindo Vidas, que aconteceu no final de semana na Baixada Pará, foram retiradas 19 toneladas de lixo que estava acumulado na área alagada, dando início à iniciativa do Ministério Público do Amapá (MP-AP), nesta etapa, em conjunto com a Prefeitura de Macapá (PMM). O projeto é executado pelas Promotorias de Meio Ambiente e de Urbanismo, e Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOP/AMB) e irá se estender até o mês de junho, dividido em oito etapas, todas para serem realizadas em parcerias.
O projeto foi idealizado para levar cidadania, conscientização ambiental, dignidade e oportunidades para as famílias que habitam áreas de ressaca urbanas, cerca de 36 em Macapá, a maioria consideradas consolidadas devido o tempo de ocupação e a impossibilidade de transferência de seus moradores, além da inexistência de políticas públicas para os habitantes destes locais, desassistidos de equipamentos públicos como delegacias, Unidades de Saúde e escolas. A preservação do meio ambiente dessas áreas de ressaca e convivência harmônica com os habitantes é o carro-chefe da iniciativa, que agrega outras ações, como de saúde, capacitações, oficinas, pintura de casas e educação ambiental.
A Baixada Pará está localizada na área central de Macapá, e sua ocupação iniciou nos anos 70. Com número de moradores e residências desatualizado nas estatísticas desde 2012, o local apresenta as características de áreas ocupadas sem ordenamento. “A primeira medida foi a limpeza, é necessário um ambiente limpo e com riscos menores de alagamento e doenças, e conseguimos a adesão da comunidade, que ajudou os trabalhadores da PMM, e este envolvimento é essencial para o sucesso do projeto, porque precisam estar conscientes de suas responsabilidades”, disse o promotor Marcelo Moreira.
A PMM disponibilizou oito trabalhadores, 1 pá carregadeira, 2 caçambas e contêineres. Da área trabalhada foram retirados lixo doméstico, latas, garrafas pet, tábuas, sementes, plástico, louças, eletrodomésticos de todos os portes, de ventilador à fogão e máquina de lavar. A área em que a limpeza foi praticada está localizada na entrada da Baixada Pará, e nas próximas intervenções da Secretaria de Manutenção Urbanística (SEMUR), outros pontos serão trabalhados.
Na reunião de avaliação, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, entre o promotor Marcelo Moreira e equipe técnica, foi considerado que os objetivos foram atingidos. “Prosseguiremos com as demais etapas, e nas próximas semanas iremos reunir com as equipes de saúde da PMM e Faculdade Estácio, Sebrae, Senai e Senac, para acertarmos as capacitações para moradores, Brigada da Infantaria da Selva e da Foz, Fecomércio e Secretaria das Cidades. Em seguida, vamos realizar a audiência Pública. Temos a adesão do juiz Marconi Pimenta, do Juizado Especial, e da ONG Formas de Amar”, resumiu o promotor.
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