AS FESTAS JUNINAS, SUAS TRADIÇÕES E
REFERÊNCIAS
Rodolfo Juarez
Amanhã, dia 29 de junho, é dia de São Pedro, padroeiro
dos pescadores e um dos motivos das tradicionais festas juninas que começam no
dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio. No dia 24 se comemora o Dia de São
João.
A origem das Festas Juninas é pagã. Ainda antes da Idade
Média, as celebrações anunciavam o solstício de verão e de inverno e
homenageavam os deuses da natureza e da fertilidade.
A igreja acabou aderindo às festas atribuindo-lhes um
caráter religioso, uma vez que não conseguia acabar com a sua popularidade.
Em Portugal, em virtude da coincidência de datas,
passou-se a comemorar o São João, chamando-lhe de festas joaninas. No país lusitano, a Festa de São João na cidade
do Porto é muito famosa e atrai milhares de pessoas que todos os anos festejam
nas ruas.
No Brasil, as festas juninas foram introduzidas pelos
portugueses no período colonial e, desde então, a comemoração sofreu
influências das culturas africanas e indígenas e, por isso, possui
características peculiares em cada parte do Brasil.
As festas caipiras, como são também conhecidas, são
típicas da região nordeste, onde a maior festa de São João do mundo acontece em
Campina Grande, no Estado da Paraíba.
Em Macapá o “Arraia no Meio do Mundo” tem programação
anual que começa em abril e se estende até meados de julho.
São Pedro nasceu em Betsaida, um pequeno
vilarejo às margens do lago de Genesaré, ou Mar da Galiléia, no norte de
Israel. Seu nome de nascimento era Simão. Quando conheceu Jesus, Simão era
casado (os Evangelhos falam da cura da sogra de Pedro) e morava em Cafarnaum,
importante cidade às margens do lago de Genesaré.
Simão era filho de Jonas e tinha um irmão,
André. Este foi quem o apresentou a Jesus. Os dois se tornaram discípulos de
Jesus e mais tarde apóstolos. São Pedro era pescador e possuía um barco, em
sociedade com seu irmão. Ambos trabalhavam no Mar da Galiléia, um lago de água
doce formado pelo Rio Jordão, na região da Galiléia em Israel.
Quando Jesus conheceu Simão, disse a ele uma
frase que mudaria sua vida: “Você será pescador de homens”.
A partir daí, Simão começou seguir Jesus. Num
determinado momento, Simão confessou a Jesus: Tu és o Messias, o Filho de Deus. Por isso, Jesus disse que, daquele momento em
diante, seu nome seria Pedro. Mais tarde o significado disso ficou claro:
Pedro foi o primeiro Papa da Igreja, tornou-se a Pedra onde a Igreja encontra
sua unidade.
Quando Jesus foi preso no Horto das
Oliveiras, pediu que seus discípulos fossem liberados. São Pedro foi liberado,
mas seguiu Jesus de longe, às escondidas. Levaram Jesus preso ao Palácio de
Caifás. Pedro e João entraram no pátio palácio e ficaram ali esperando o
desfecho de tudo.
No pátio, alguns reconheceram São Pedro e
perguntaram se ele era um dos discípulos de Jesus. Por três vezes, porém, Pedro
negou e o galo cantou como Jesus havia profetizado:
Pedro é o padroeiro dos pescadores e é homenageado pelas
diversas colônias de pescadores existentes no Estado com procissão de barcos
pelos rios e, as sedes dos pescadores, principalmente em Macapá e Santana,
ficam durante todo o dia 29 dedicadas às homenagens dos pescadores ao padroeiro
São Pedro.
Para os mais tradicionais, o dia 30 é reservado a São
Marçal, que é lembrado com fogueiras de paneiro e de restos das festividades
havidas nos dias 12, 24 e 29.
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