O QUE FAZER COM O POTENCIAL TURÍSTICO DO AMAPÁ
Rodolfo Juarez
Tivemos
uma semana cheia de acontecimentos festivos organizados por comunidades
diferentes mostrando que o povo amapaense continua ativo e cada vez mais
pedindo ajuda de Deus Pai para a solução dos seus problemas, pois, poucos são
os que acreditam nas soluções vindas das autoridades do Executivo Estadual.
Mazagão,
com a festa de São Tiago; Santana com a festa de Nossa Senhora de Santana e São
Joaquim; e, Afuá, com o Festival do Camarão deram coloridos diferentes para os
amapaenses que participaram daqueles eventos que, de certa forma, apresentou
como resistência o Macapá Verão 2019.
Como
festa religiosa Mazagão Velho fez representar o tradicional embate entre mouros
e cristãos; como festa religiosa, tão somente, Santana viu o seu povo continuar
fazendo e pagando promessas pelas ruas da cidade que já foi a mais próspera e
desejada de todo o Estado; como esforço concentrado da Prefeitura Municipal de
Macapá se observou o desenvolvimento do Programa Macapá Verão 2019 chegando ao
Bailique, depois de passar pela Fazendinha, onde parece que ainda está o trono
do evento, e passado pelo Curiau e outros distritos, como o de Santa Luzia do
Pacui.
Mais
uma vez o Afuá, lá do Estado do Pará, conseguiu atrair mais festeiros e amantes
da boa comida, do que qualquer outro. Para os incrédulos ou que duvidam,
bastava sentir o “termômetro” da Rampa do bairro Santa Inês, provavelmente o
mais precário porto de embarque de passageiros de toda a Região, mas, nem por
isso, afastava os veranistas do Festival do Camarão da aventura de se deslocar
daqui para a “Veneza” Marajoara, a sede do município de Afuá.
Essas
festas poderiam deixar os órgãos do Estado, que são responsáveis diretos pelo
desenvolvimento do turismo regional, pelo menos para registro em fotografias e
filmes com o objetivo de avaliar esses quatro grandes momentos, estudar o
desenvolvimento de um programa capaz de atrair para Macapá, Santana e Mazagão,
três municípios que reúnem mais de 2/3 da população do Estado, e fazer com que
esses festejos fossem objetivo de renda e emprego, de verdade, e não apenas na
teoria dos programas que se enfraquecem por serem soltos, individualizados e
objeto de política administrativa e não de polícia de desenvolvimento do
turístico-econômico.
Os
turismólogos, a maioria deslocada de suas habilidades, estas adquiridas durante
os quatro anos na academia e testadas quando da realização do trabalho de
conclusão de curso, sabem o que é preciso fazer, entretanto a Secretária de
Turismo do Estado, faz tempo que se tornou em um “cabide” político funcionando
como parte de uma pizza que é entregue a determinado aliado.
Aliás,
o costume de entregar uma parte da administração para ser “tocada” por um
aliado, especialmente um daqueles eleitos nas eleições proporcionais, acabam
por enterrar setores importantes do Governo do Estado, até mesmo pelo
compromisso que não têm de cuidar bem da gestão dessa parte do Governo. Querem
apenas da uma satisfação para a própria esposa ou um cabo eleitoral que
considera importante e que “não larga do pé”.
O fato
é que o tempo vai passado juntamente com as oportunidades e a população não
consegue usufruir desses momentos pela falta de política pública, ou de um
processo que aproveite a vontade do povo, por falta de disposição ou visão
estratégica das autoridades.
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