Agosto: mês do 'cachorro louco'
Conheça as razões que levaram esse mês a ganhar tal
apelido
Você já deve ter ouvido falar que o mês de
agosto é chamado de “Mês do Cachorro Louco”. Mas você sabe o motivo desse
apelido para o mês que acabou de começar?
Existem algumas crenças e acontecimentos
históricos que marcaram o mês. A Primeira Guerra Mundial começou no dia 1º de
agosto de 1914 e as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram atacadas pelos
norte-americanos com bombas atômicas nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, o que
resultou na morte de mais de 200 mil pessoas no fim da 2ª Guerra Mundial. Sem
falar que em 2 de agosto de 1934 Adolf Hitler se torna o führer (Líder ou Chefe
de Estado) da Alemanha.
Agora, outra interpretação é que durante o
mês de agosto a concentração de cadelas no cio aumenta bastante devido às
condições climáticas. E quando as cadelas estão no período fértil, os cachorros
ficam “loucos” e brigam para conquistar a fêmea. É dessa forma que muitas
pessoas são alertadas sobre o perigo que a raiva representa para a saúde da
população.
Embora o contágio possa acontecer durante
todo o ano, é neste período que ocorre uma grande concentração de cadelas no
cio, onde o aumento de luminosidade ativa sexualmente todos os mamíferos. A
infecção ocorre por ferimento provocado por mordedura de um animal contaminado
e ataca o cérebro, levando à morte. O maior transmissor da Raiva entre os
animais, no Brasil, é o morcego.
Os cães e gatos são os principais
transmissores para os seres humanos, ressalta a presidente da Fundação Animal
Livre, Vininha F. Carvalho. O animal tem direito a proteção, a prevenção de
doenças e a cura, por isso é preciso vaciná-lo contra a Raiva, pois a doença
não tem cura.
Não substituindo o conselho de um
veterinário, Vininha F. Carvalho, alerta que é prudente observar se o animal
apresenta boa saúde, sem sinais de febre, vômitos, diarréia, inapetência,
apatia e verminose, antes de receber a vacina, porque apenas desta forma a
imunização estará garantida.
Não devem ser vacinadas fêmeas no período do
cio, prenhes (gestante), amamentando e nem filhotes que não tenham completado 4
meses. O uso de seringas descartáveis é necessário para que seja evitada a
disseminação, caso alguma animal esteja portando agentes das moléstias
infecciosas, orienta Vininha.
A raiva infecta mamíferos, particularmente os
cães, gatos, morcegos, bovinos, equinos, suínos e outras espécies silvestres.
Por isso é considerada uma das mais graves zoonoses, ou seja, doença
transmissível dos animais para os homens. A principal via de ingresso do vírus
da raiva é pela pele, através da mordida de animais raivosos, ou portadores que
estejam eliminando o vírus com a saliva.
Procure orientação veterinária, em caso de
dúvida e, lembre-se que amar um animal é muito mais do que simplesmente
alimentá-lo.
Controle
da Raiva
De acordo com o Centro de Controle de
Zoonoses de São Paulo ( CCZ), a adesão da população às campanhas de vacinação
contra Raiva tem mantido o município livre da doenças em humanos e em cães e
gatos desde 1982 e 1984, respectivamente.
Embora a raiva esteja controlada nessas
espécies, isso não isenta da vacinação anual que, além de obrigatória por lei,
é o fator de maior relevância para garantir a manutenção de controle da raiva
nas populações de cães e gatos e por consequência para a população humana.
Anualmente, são realizados cerca de 15 mil
atendimentos na rede hospitalar pública por mordedura de cães e gatos. Em
media, somente 10% dos casos notificados de agressão são encaminhados para
tratamento, em função dos serviços de vigilância, observação domiciliar e
remoção do animal para o canil do CCZ.
Em caso de acidentes
por mordedura ou arranhadura de cães e gatos:
1.
Lavar o ferimento com água e sabão e procure orientação médica;
2.
Identifique o animal agressor e seu proprietário;
3.
Caso o cão ou gato for conhecido, observar o animal por 10 dias;
4.
Caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procure
imediatamente orientação com o Centro de Controle de Zoonoses, fone 2224-5500
(plantão 24 horas).
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