COLUNA LUZ DO MUNDO

                           A paciência

Maiara Pires

Com Bispo Luciano Nascimento

“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hebreus 10.36).

A paciência é um estado de paz e equilíbrio que pode ser alcançado quando deixamos o Espírito Santo habitar em nós. Não traz aflição, ela te faz esperar. Não à toa Jesus declarou certa vez aos seus discípulos: “Na vossa paciência possuí a vossa alma” (Lucas 21.19).

Então, podemos concluir que, se Cristo estiver em nós, já é um indício de que mesmo que a dor chegue e venhamos sentir na pele os efeitos da tribulação, saberemos que a dor não mata. Ela passa na medida em que buscamos o Espírito Santo. Só que, muitas vezes, deixamos Ele escondido em algum canto da nossa casa - a casa espiritual, o templo de Deus - que somos nós mesmos.

E de tão atordoados e aflitos, acabamos não usando o Santo remédio - a palavra de Deus, o evangelho da salvação - para curar as feridas da nossa alma. Esquecemos que temos tudo ‘em casa’. Talvez por isso o apóstolo Paulo tenha escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente (...)” (Colossenses 3.16).

Porque se a palavra habitar em nós, abundantemente, dificilmente ficará escondida em algum ‘cômodo’ da casa, ela vai transbordar e sarar as anomalias que aparecerem na superfície da alma, antes de se enraizarem. “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hebreus 12.15).

Fazer algo sem paciência é um passo para fazer a coisa errada. Por isso necessitamos de paciência. E esse equilíbrio é uma dádiva que o Espírito Santo nos proporciona.

Vivemos na lei da semeadura. Há tempo para tudo debaixo do céu. Há sementes que demoram para germinar e dar frutos, outras nem tanto. Mas, tudo se dá no tempo certo. E o fruto dos nossos procedimentos será colhido no tempo oportuno. Se fizermos bem, colheremos o bem. Se fizermos mal, também ceifaremos.

“Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tiago 5.7).