CIRCUNFERÊNCIA
ABDOMINAL: SAÚDE OU ESTÉTICA.
Sabemos que a obesidade é fator decisivo
predisponente, que abre caminho para doenças cardiovasculares e degenerativas,
consideradas causas de morbimortalidade nas estatísticas de doenças. No lado
oposto, o sonho é chegar à maioridade sem ser portador dessas doenças, ou
melhor, envelhecer com qualidade de vida e saúde satisfatória.
Programas e campanhas orientam e alertam
sobre os fatores predisponentes das doenças cardiovasculares, entre eles a obesidade. Parcela considerável da
juventude e pessoas de média idade é influenciada por um estereótipo de beleza,
que valoriza a estética corporal, a magreza, os músculos, mas com a saúde
frágil. É frequente a morte prematura entre jovens com essa prática.
Mas manter o peso dentro do aceitável
vai além da beleza de um corpo sarado e musculoso. Cultuar a escultura corporal
sem visar a saúde poderá resultar em doenças degenerativas, sequelas físicas e
até a morte. O uso de anabolizantes,
“secas-barrigas”, formulas mirabolantes e cirurgias desnecessárias podem causar
a morte de usuários.
Os exemplos do enfermeiro alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967),
inventor do método Pilates de condicionamento físico e do médico e
preparador físico norte-americano Kenneth
H. Cooper, cujo método
visava medir o nível de condicionamento, através de corridas de 12 minutos,
serve para ilustrar que vale a pena manter um corpo saudável.
Hoje, mesmo sem academia, dietas, aparelhos
de musculação ou corridas prolongadas, outro método que mede a saúde em geral e
a prevenção de doenças é a medição da
circunferência abdominal. Ela mede a gordura acumulada na região abdominal,
que pode ser subcutânea e visceral.
Medir a própria circunferência
abdominal é importantíssimo nos casos de obesidade. A circunferência do seu abdômen vai
revelar a quantidade de gordura visceral. Você já teve a curiosidade de pegar
uma fita métrica para medir sua barriguinha? Saberia dizer agora qual é esse
tamanho? O pior é que se pode estar com uma bomba-relógio 'amarrada' na
cintura. Isso porque se o número for maior do que 90 cm para os homens e 80 cm para as mulheres o coração corre
sérios riscos.
A obesidade abdominal é perigosa porque
estar ligada ao desenvolvimento de vários fatores de risco ao coração, como
níveis de colesterol, resistência à insulina, diabete tipo 2, síndrome
metabólica, hipertensão e trombose, além de doenças neurológicas degenerativas
como Parkinson e Alzheimer.
Mas a principal ameaça à saúde não é a gordura
subcutânea e sim a localizada ao redor dos principais órgãos do corpo, a intra- abdominal. "Ela afeta o
metabolismo da glicose, podendo causar níveis anormais de colesterol
(aumentando o LDL, o mau colesterol) e triglicérides", explica Alfredo
Halpern, do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (FMUSP).
Em pesquisa realizada pela Federação
Mundial de Cardiologia, chegou-se à conclusão que “apenas 1% mede a
circunferência da cintura”. Ou seja, constatou que estamos mais focados no
excesso de peso ( no lado estético da questão) do que na protuberância na
região abdominal, ignorando os perigos que essa saliência representa.
Portanto, comece a se preocupar em medir
sua circunferência abdominal, a fim de prevenir doenças e ter qualidade de vida
na maturidade.
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Tire a camisa e afrouxe o cinto. Posicione a fita métrica entre a borda inferior das costelas e a borda superior do quadril.
Relaxe o abdômen e expire no momento de
medir. Registre a medida.
Se
tiver mais de 90 cm (para homens) ou mais de 80 cm (para mulheres), você já
pode ser considerado sob risco.
Se as medidas forem de 102 cm para o sexo
masculino e 88 cm para o feminino, o perigo é infinitamente maior.
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JARBAS ATAÍDE, 02.09.2019
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