MEIO AMBIENTE
Preservação ou conservação da Amazônia? E o Amazônida?
Reinaldo Coelho
O mundo inteiro vem discutindo acirradamente
neste ano, a Amazônia, líderes políticos mundial, ambientalistas, eco ambientalistas, e até new ambientalistas, caso
da jovem adolescente sueca Greta Thunberg, aque está sacudindo a luta ambiental,
a jovem ativista de 16 anos deu início a um movimento internacional de greves
de estudantes contra as mudanças climáticas e vem mexendo com os brios do
Presidente Jair Messias Bolsonaro.
Essas discussões sobre a Amazônia tem uma miríade
de interesses, da simples preocupação com o meio ambiente mundial, passando
pelos interesses científicos e chegando a exploração do subsolo amazônico, potencializado
pelas grandes jazidas de minérios ali armazenados. Além da potencialidade do
bioma amazônico, onde existem plantas
medicinais ainda não conhecidas. Isso atrai a biopirataria, patrocinadas por
grandes indústrias farmacêuticas ou de pesquisas multinacionais.
A Floresta Amazônica é abundante em vários
recursos e funciona como um grande reator para o equilíbrio da estabilidade
ambiental do planeta. Com o desmatamento e queimadas na região, as árvores
liberam em torno de 200 milhões de toneladas de carbono por ano, o que aumenta
os riscos climáticos.
Nessa grita geral, os brasileiros, principalmente
os amazônida ficaram estupefatos com as sugestões apresentadas, em fórum internacionais,
principalmente de que a Amazônia não era do Brasil e sim da humanidade e que
todos os terráqueos tinham direitos sobre ela. E ai os ribeirinhos, pescadores,
extrativistas, o povo da florestas, os povos indígenas se perguntam: E nós?
De acordo com a
legislação brasileira, PRESERVAR a Amazônia, é manter a floresta intocável, e CONSERVAR a Amazônia é
utilizar seus recursos naturais com sustentabilidade, não podendo a sua
floresta ser derrubada, queimadas para agricultura e pecuária, não trazer
tecnologia avançada para dentro da floresta. Ou seja, o povo amazônida deve se manter como ‘os homens das florestas’ sem acesso ao crescimentos que os outros
brasileiros alcançam.
Mas, todos os povos tiveram seu crescimento e
desenvolvimento socioeconômico e cientifico e utilizaram-se da exploração de
seus recursos naturais. E hoje são grandes nações, dando ao seus habitantes
condições de vidas com conhecimentos avançados da tecnologia e da ciência,
recebendo de seus vizinhos e parceiros produtos que não conseguem produzir e
passaram a realizar o comercio de exportação e importação, dividindo tudo com
todos. E porque não podemos ter esses mesmos direitos? Tudo que se propõe na
Região Amazônica é vetado pois ira destruir alguma coisa do meio ambiente.
O Amapá, não pode explorar petróleo na sua
costa, porque vai destruir os Corais, mas a Guiana Francesa está fazendo com
sucesso. Será que o apoio do Presidente Macron para controlar a Amazônia, não
visa que seu departamento ultramarino não tenha competição do petróleo amapaense?
No Brasil, quando os exploradores europeus
aqui chegaram (Portugueses, Espanhóis, Franceses, Holandeses, Ingleses)
exploram as matérias primas encontradas nas costas brasileiras, principalmente a floresta da Mata Atlântica, rica em biodiversidade e madeira nobres, que
eram levadas para as cortes europeias, caso do Pau Brasil, usado para
tingimento das roupas das Côrtes monárquicas. Metrópoles foram criadas e
até hoje estão se expandindo.
Os índios, povo nativo, foram empurrados para
o centro do Brasil, os que não resistiram, tiveram sua cultura modificada e até
a religião imposta, além das doenças as quais não eram imunes. As mulheres estupradas
e concebiam filhos que trouxeram a miscigenação do povo brasileiro.
Na época do descobrimento, os grupos étnicos
eram o ameríndio e o europeu, marcadamente o português, surgindo assim os
mamelucos, caiçaras e os caboclos distribuídos nas Regiões brasileiras, aqui no
Norte predomina o caboclo, que são os ribeirinhos e extrativistas vindos dos
Nordeste brasileiro.
Esse povo que compõem o grupo amazônida,
mesclados com os gaúchos, catarinenses, paranaenses, mato-grossenses, que
vieram para a Amazônia, procurar implantar um sistema pecuário e agrícola de
maior dimensão, em escala industrial, pois o ribeirinho tem na sua agricultura
familiar uma produção de sustento próprio e na pesca e caça a complementação de
alimentação da família.
Porém com o crescimento tecnológico, a
penetração do conhecimento e a chegada da Internet aos rincões da floresta amazônica,
os jovens caboclos e indígenas, começaram a conhecer o mundo através das telas
azuis, dos celulares, tablete e computadores que lhe chegaram as mãos trazidos
pelos missionários, e pela presença do Estado, com ações médicas patrocinados
pelas Forças Armadas (Marinha e Exercito) e pelas ONGs.
Em 500 anos de ocupação
no Brasil, tudo aqui foi intensamente explorado. Uma dos exemplos cruciais é a
Mata Atlântica, que atingiu o incrível patamar de pouco menos de 7% de sua área
original nos anos 1990. Isso gerou riqueza e desenvolvimento para o país? Sim!
Mas infelizmente, o benefício se concentrou numa parcela da população. E teve
como custo a perda da biodiversidade e ecossistemas.
É esse o modelo de
concentração e exclusão que queremos repetir na Amazônia? O
desafio está aí, e o que temos de pensar no que será bom para o crescimento educacional
e social do povo da Amazônia. Preservar é importantíssimo para o toda a
humanidade devido a importância para o clima terrestre, conservar com
sustentabilidade dará ao povo da floresta a possibilidade de enriquecer
economicamente e intelectualmente, mantendo a floresta em pé. Mas parece que
nem todos querem aprender com o que já passou. Não devemos deixar que a riqueza
da amazônida seja explorada e levada deixando ‘esmolas’ nos cofres dos
AMAZÔNIDAS.
As políticas públicas e
privadas que foram implantadas nas últimas décadas na Amazônia Legal, não deram
o avanço necessário ao crescimento da sua população. A rodovia Belém-Brasília,
importante eixo de integração da Amazônia com o centro-sul brasileiro, gerou
impactos negativos, como a ocupação territorial desordenada do Pará e Maranhão
e o desmatamento de expressiva área de floresta.
Hidroelétricas (tiram dos
ribeirinhos o pescado e suas terras foram alagadas, residências e plantações destruídas)
fazendo o êxodo para as cidades crescerem e o nível de pobreza e miséria explodirem.
A mineração industrial e artesanal assumiu um
papel importante na Amazônia enquanto o tema ambiental começava a ganhar
relevância e ser considerado parte significativa no desenvolvimento da
Amazônia. Sem noções dos impactos ambientais, que não tinham um potencial de
conhecimentos sobre o clima mundial, foi permitido a desmatar grandes áreas da
floresta. Cresceu o incentivo a colonização por meio de assentamento, que hoje
estão abandonados.
Foi com a morte do seringalista Chico Mendes,
na década de 1990, no Acre, que teve impacto e repercussão nacional e
internacional desses fatos mais a pressão da sociedade civil colocou em xeque
esse modelo e forçou o Estado brasileiro a lidar com a realidade. A criação do Programa
Piloto de Proteção de Florestas Tropicais, em 1992, da Lei de Crimes Ambientais
e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação foram marcos importantes deste
período.
Mas, na surdina estrangeiros penetravam as
terras amazônicas, conquistando o incauto amazônida, que os recebia com
hospitalidade brasileira, tal como os irmãos índios em 1500, recebiam os portugueses.
E se deram mau.
Mas os governos brasileiros, bem ou mal
tiveram políticos preocupados com o destino da Amazônia e começaram a traçar
programas que deveria ajudar os que aqui habitavam. A sustentabilidade chegou e
ganhou destaque a partir do século XXI. E passou a permear os diversos temas e
setores da sociedade e do Estado influenciando planos, programas e políticas.
O Plano Amazônia Sustentável (PAS) foi o
principal norteador das políticas econômicas, sociais e territoriais. Todos os
demais instrumentos passam a vislumbrar uma nova visão para o desenvolvimento
da região baseado nos princípios da sustentabilidade. O crescimento econômico
do Brasil nos últimos anos, fraco, e a
perspectiva de crescimento ainda maior requer atenção redobrada para que não se
repita o modelo de desenvolvimento de exclusão social e alta degradação.
O Brasil tem que manter as rédeas da Amazônia
e DESENVOLVER para os brasileiros, CONSERVAR para os amazônida e PRESERVAR para
a humanidade e não permitir que o monsieur Macron meta sua colher na Amazônia
Brasileira, que ele cuide da Amazônia no Departamento Ultamarinho da Guiana Francesa,
assim como aos outros países que pertencem a Amazônia Internacional que corresponde a uma
área ao Norte da América do Sul, a qual abrange nove países: Brasil, Guiana
Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Sabemos cuidar de nosso quintal! E das nossas
riquezas! E da nossa biodiversidade! Deixem o povo amazônico crescer usufruir
da sua riqueza, cuidem da sua seara e podem fiscalizar e apontar nossos erros,
mas não determinar como corrigi-los. O Brasil tem a 60% da maior floresta
tropical do mundo em seu território.
É essa gigante que faz os produtores das
Regiões Centro-Oeste e Sul a terem grandes safras agrícolas e pecuárias, com
suas chuvas. Porém, temos criminosos em nossos meios, são os exploradores de
madeira, minério, grileiros, que querem enriquecer e destruir, é esses que
devem ser combatidos e eliminados, pois eles são nocivos a Floresta Amazônica e
ao seu povo.
E é esse povo que abastece o mercado
internacional com proteínas animal, bovina, suína e frango. É essa floresta que
rega as plantações de milho, soja, feijão, trigo, arroz e de todos os tipos de
leguminosas, além de frutas e do famoso café brasileiro. Em tudo isso tem as
águas das chuvas produzidas pela nossa soberba FLORESTA AMAZÔNICA !
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