quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

ARTIGO DO REI - Preservação ou conservação da Amazônia? E o Amazônida?


MEIO AMBIENTE
Preservação ou conservação da Amazônia? E o Amazônida?


 Reinaldo Coelho

O mundo inteiro vem discutindo acirradamente neste ano, a Amazônia, líderes políticos mundial, ambientalistas, eco  ambientalistas, e até new ambientalistas, caso da jovem adolescente sueca Greta Thunberg, aque está sacudindo a luta ambiental, a jovem ativista de 16 anos deu início a um movimento internacional de greves de estudantes contra as mudanças climáticas e vem mexendo com os brios do Presidente Jair Messias Bolsonaro.
Essas discussões sobre a Amazônia tem uma miríade de interesses, da simples preocupação com o meio ambiente mundial, passando pelos interesses científicos e chegando a exploração do subsolo amazônico, potencializado pelas grandes jazidas de minérios ali armazenados. Além da potencialidade do bioma amazônico, onde existem  plantas medicinais ainda não conhecidas. Isso atrai a biopirataria, patrocinadas por grandes indústrias farmacêuticas ou de pesquisas multinacionais.
A Floresta Amazônica é abundante em vários recursos e funciona como um grande reator para o equilíbrio da estabilidade ambiental do planeta. Com o desmatamento e queimadas na região, as árvores liberam em torno de 200 milhões de toneladas de carbono por ano, o que aumenta os riscos climáticos.
Nessa grita geral, os brasileiros, principalmente os amazônida ficaram estupefatos com as sugestões apresentadas, em fórum internacionais, principalmente de que a Amazônia não era do Brasil e sim da humanidade e que todos os terráqueos tinham direitos sobre ela. E ai os ribeirinhos, pescadores, extrativistas, o povo da florestas, os povos indígenas se perguntam: E nós?
De acordo com a legislação brasileira, PRESERVAR a Amazônia, é manter a floresta intocável, e CONSERVAR a Amazônia é utilizar seus recursos naturais com sustentabilidade, não podendo a sua floresta ser derrubada, queimadas para agricultura e pecuária, não trazer tecnologia avançada para dentro da floresta. Ou seja, o povo amazônida deve se manter como ‘os homens das florestas’ sem acesso ao crescimentos que os outros brasileiros alcançam.

Mas, todos os povos tiveram seu crescimento e desenvolvimento socioeconômico e cientifico e utilizaram-se da exploração de seus recursos naturais. E hoje são grandes nações, dando ao seus habitantes condições de vidas com conhecimentos avançados da tecnologia e da ciência, recebendo de seus vizinhos e parceiros produtos que não conseguem produzir e passaram a realizar o comercio de exportação e importação, dividindo tudo com todos. E porque não podemos ter esses mesmos direitos? Tudo que se propõe na Região Amazônica é vetado pois ira destruir alguma coisa do meio ambiente.
O Amapá, não pode explorar petróleo na sua costa, porque vai destruir os Corais, mas a Guiana Francesa está fazendo com sucesso. Será que o apoio do Presidente Macron para controlar a Amazônia, não visa que seu departamento ultramarino não tenha  competição do petróleo amapaense?
No Brasil, quando os exploradores europeus aqui chegaram (Portugueses, Espanhóis, Franceses, Holandeses, Ingleses) exploram as matérias primas encontradas nas costas brasileiras, principalmente a floresta da Mata Atlântica, rica em biodiversidade e madeira nobres, que eram levadas para as cortes europeias, caso do Pau Brasil, usado para tingimento das roupas das Côrtes monárquicas. Metrópoles foram criadas  e até hoje estão se expandindo.
Os índios, povo nativo, foram empurrados para o centro do Brasil, os que não resistiram, tiveram sua cultura modificada e até a religião imposta, além das doenças as quais não eram imunes. As mulheres estupradas e concebiam filhos que trouxeram a miscigenação do povo brasileiro.
Na época do descobrimento, os grupos étnicos eram o ameríndio e o europeu, marcadamente o português, surgindo assim os mamelucos, caiçaras e os caboclos distribuídos nas Regiões brasileiras, aqui no Norte predomina o caboclo, que são os ribeirinhos e extrativistas vindos dos Nordeste brasileiro.
Esse povo que compõem o grupo amazônida, mesclados com os gaúchos, catarinenses, paranaenses, mato-grossenses, que vieram para a Amazônia, procurar implantar um sistema pecuário e agrícola de maior dimensão, em escala industrial, pois o ribeirinho tem na sua agricultura familiar uma produção de sustento próprio e na pesca e caça a complementação de alimentação da família.
Porém com o crescimento tecnológico, a penetração do conhecimento e a chegada da Internet aos rincões da floresta amazônica, os jovens caboclos e indígenas, começaram a conhecer o mundo através das telas azuis, dos celulares, tablete e computadores que lhe chegaram as mãos trazidos pelos missionários, e pela presença do Estado, com ações médicas patrocinados pelas Forças Armadas (Marinha e Exercito) e pelas ONGs.
Em 500 anos de ocupação no Brasil, tudo aqui foi intensamente explorado. Uma dos exemplos cruciais é a Mata Atlântica, que atingiu o incrível patamar de pouco menos de 7% de sua área original nos anos 1990. Isso gerou riqueza e desenvolvimento para o país? Sim! Mas infelizmente, o benefício se concentrou numa parcela da população. E teve como custo a perda da biodiversidade e ecossistemas.
É esse o modelo de concentração e exclusão que queremos repetir na Amazônia?   O desafio está aí, e o que temos de pensar  no que será bom para o crescimento educacional e social do povo da Amazônia. Preservar é importantíssimo para o toda a humanidade devido a importância para o clima terrestre, conservar com sustentabilidade dará ao povo da floresta a possibilidade de enriquecer economicamente e intelectualmente, mantendo a floresta em pé. Mas parece que nem todos querem aprender com o que já passou. Não devemos deixar que a riqueza da amazônida seja explorada e levada deixando ‘esmolas’ nos cofres dos AMAZÔNIDAS.
As políticas públicas e privadas que foram implantadas nas últimas décadas na Amazônia Legal, não deram o avanço necessário ao crescimento da sua população. A rodovia Belém-Brasília, importante eixo de integração da Amazônia com o centro-sul brasileiro, gerou impactos negativos, como a ocupação territorial desordenada do Pará e Maranhão e o desmatamento de expressiva área de floresta.
Hidroelétricas (tiram dos ribeirinhos o pescado e suas terras foram alagadas, residências e plantações destruídas) fazendo o êxodo para as cidades crescerem e o nível de pobreza e miséria explodirem.
A mineração industrial e artesanal assumiu um papel importante na Amazônia enquanto o tema ambiental começava a ganhar relevância e ser considerado parte significativa no desenvolvimento da Amazônia. Sem noções dos impactos ambientais, que não tinham um potencial de conhecimentos sobre o clima mundial, foi permitido a desmatar grandes áreas da floresta. Cresceu o incentivo a colonização por meio de assentamento, que hoje estão abandonados.
Foi com a morte do seringalista Chico Mendes, na década de 1990, no Acre, que teve impacto e repercussão nacional e internacional desses fatos mais a pressão da sociedade civil colocou em xeque esse modelo e forçou o Estado brasileiro a lidar com a realidade. A criação do Programa Piloto de Proteção de Florestas Tropicais, em 1992, da Lei de Crimes Ambientais e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação foram marcos importantes deste período.
Mas, na surdina estrangeiros penetravam as terras amazônicas, conquistando o incauto amazônida, que os recebia com hospitalidade brasileira, tal como os irmãos índios em 1500, recebiam os portugueses. E se deram mau.
Mas os governos brasileiros, bem ou mal tiveram políticos preocupados com o destino da Amazônia e começaram a traçar programas que deveria ajudar os que aqui habitavam. A sustentabilidade chegou e ganhou destaque a partir do século XXI. E passou a permear os diversos temas e setores da sociedade e do Estado influenciando planos, programas e políticas.
O Plano Amazônia Sustentável (PAS) foi o principal norteador das políticas econômicas, sociais e territoriais. Todos os demais instrumentos passam a vislumbrar uma nova visão para o desenvolvimento da região baseado nos princípios da sustentabilidade. O crescimento econômico do Brasil nos últimos anos, fraco,  e a perspectiva de crescimento ainda maior requer atenção redobrada para que não se repita o modelo de desenvolvimento de exclusão social e alta degradação.
O Brasil tem que manter as rédeas da Amazônia e DESENVOLVER para os brasileiros, CONSERVAR para os amazônida e PRESERVAR para a humanidade e não permitir que o monsieur Macron meta sua colher na Amazônia Brasileira, que ele cuide da Amazônia no Departamento Ultamarinho da Guiana Francesa, assim como aos outros países que pertencem a  Amazônia Internacional que corresponde a uma área ao Norte da América do Sul, a qual abrange nove países: Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Sabemos cuidar de nosso quintal! E das nossas riquezas! E da nossa biodiversidade! Deixem o povo amazônico crescer usufruir da sua riqueza, cuidem da sua seara e podem fiscalizar e apontar nossos erros, mas não determinar como corrigi-los. O Brasil tem a 60% da maior floresta tropical do mundo em seu território.
É essa gigante que faz os produtores das Regiões Centro-Oeste e Sul a terem grandes safras agrícolas e pecuárias, com suas chuvas. Porém, temos criminosos em nossos meios, são os exploradores de madeira, minério, grileiros, que querem enriquecer e destruir, é esses que devem ser combatidos e eliminados, pois eles são nocivos a Floresta Amazônica e ao seu povo.
E é esse povo que abastece o mercado internacional com proteínas animal, bovina, suína e frango. É essa floresta que rega as plantações de milho, soja, feijão, trigo, arroz e de todos os tipos de leguminosas, além de frutas e do famoso café brasileiro. Em tudo isso tem as águas das chuvas produzidas pela nossa soberba FLORESTA AMAZÔNICA !


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