quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

ARTIGO DE RODOLFO JUAREZ


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PARABÉNS PELO QUE PODE FAZER.


Rodolfo Juarez

No dia 14 de dezembro de 2019, a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, uma entidade sindical de grau superior, foi fundada por 6 sindicatos patronais e, portanto, está completando 29 anos de fundação.
Os sindicatos patronais, como no caso da Federação das Indústrias do Estado do Amapá, podem se agrupar em federações, e as federações em confederações conforme está regrado na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
sindicato patronal é o intermediador nas decisões com o sindicato dos empregadores. O sindicato patronal que é o responsável por negociar com o sindicato dos empregados as convenções coletivas e dissídios coletivos, sendo possível discutir questões da categoria.
Na base, estão os sindicatos. As federações, que figuram no meio, são formadas pela junção de ao menos cinco sindicatos da mesma categoria profissional e a Confederação resulta da junção de no mínimo três federações sindicais, sendo respeitadas as categorias que os sindicatos representam, conforme artigo 535 da CLT.
A Federação das Indústrias do Estado do Amapá foi fundada como Federação das Indústrias do Amapá, com ratificação ocorrida em 23 de março de 2000 e teve o Estatuto Social reformulado em 17 de maio de 2013.
Atualmente a Federação das Indústrias do Amapá vive uma instabilidade nunca vista, resultado da politização da administração daquela entidade sindical que começou quando a então deputada federal, Fátima Pelaes, foi para a disputa direta da Presidência da Federação e elegeu o marido, Sivaldo Brito, como presidente.
Inexperiente, Sivaldo Brito não conseguiu manter a Federação como “cabeça de sistema” e começou a ter problemas com os departamentos regionais do Sesi e do Senai, além de não conseguir entender o que representava o Instituo Euvaldo Lodi (IEL), órgão do sistema encarregado das inovações tecnológicas. Foram registrados problemas com o mau uso das oficinas do Senai, bem como problemas na aquisição de serviços e, principalmente, serviços de transportes.
No processo eleitoral para renovação dos dirigentes da Federação, venceu a eleição a mãe do deputado federal Vinícius Gurgel que, em dois mandatos consecutivos deu a impressão que não entendeu os objetivos da entidade colocando com prioridade a sua própria eleição para deputado estadual que, a final, conseguiu.
Nessa altura já havia descontentamento e desconfiança dos dirigentes nacionais do Sesi, do Senai e do Iel,que sempre ameaçavam dom intervenção, principalmente nos dois primeiros. Os fatores intervenientes, cem por cento políticos, foram acionados, na ocasião, e as intervenções foram abortadas ou, se já instaladas, retiradas.
Até que veio a ação final: a eleição de Josi Rocha, em 2013. Começa ai o pior capítulo da Federação das Indústrias do Estado do Amapá. Muitos problemas foram detectados e que implicaram e operações policiais no Ministério do Trabalho e na Própria Federação, chegando ao ponte de acontecer cerceamento de liberdade de dirigentes e, até, outros dirigentes, como a presidente, agora ex-deputada federal Josi Araújo, e entre outros, foragidos e com o nome na lista Interpol.
As eleições viraram um mercado, o voto dos representantes sindicais tinha valor de venda e quando, mesmo assim, não dava para garantir uma eleição, novos sindicatos eram criados, no sentido de garantir maioria.
Um pesadelo para o setor industrial amapaense, que via a sua principal representação esfacelada, exatamente por aqueles que deveriam fortalecê-la.
Tem sindicato, também com 29 anos de fundação que nunca mudou de presidente e, em consequência, de representante no Conselho de Representantes da Federação, como também, sindicato que passou de pai para filho, desmoralizando o maior poder da entidade que é o Conselho de Representantes.
Hoje tem um presidente que, José Carlos que, de vez em quando, tem ameaçada sua permanência na Presidência por representantes de sindicatos junto à entidade, por não terem sido atendidos em suas reivindicações, o que contribuem para aumentar a distancia entre o problema da solução.
Mas isso não impede que a Federação das Indústrias do Estado do Amapá complete neste dia 14 de dezembro, 29 anos de fundação e recebe um parabéns murcho, diferente do que poderia ser pela proposta que carrega e pelo que pode fazer.


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