ULISSES ALMEIDA DE ARAÚJO, 'PATAKA' – Técnico e Operador de Áudio
“Trabalhar com áudio vicia, e é verdade, pode ser o garoto de 15 anos ao
mais velho, depois que começa, não larga mais”.
Reinaldo Coelho
O personagem desse histórico é Ulisses Almeida de Araújo, mais conhecido
como Pataka. Nascido em Macapá, em 02 de novembro de 1983, tem uma
grande história escrita no mundo musical, é Técnico de Áudio, ou como é mais
conhecido no meio musical, técnico de som. Nascido em uma família também
envolvida musicalmente, seu pai Uriel Oliveira no ramo empresarial de som,
mantinha uma empresa a “Som Ruby”.
Teve outros parentes que tinha os instrumentos musicais como hobby.
Pataca em conversa com esse repórter, conta que desde criança acompanhava o pai
e se encantava com seu trabalho na sonorização, porém foi na adolescência (16 a
17 anos) que passou a mexer com a musicalização. "Desde ‘guri’, eu
acompanhava com interesse o trabalho de meu pai, que ‘mexia’ com sonorização,
inclusive teve uma empresa de som. Porém, foi na minha adolescência que isso
aconteceu de verdade. Frequentava a Paroquia Nossa Senha de Fátima, hoje
santuário de Fátima e fiquei responsável pelo serviço de som da igreja e foi
ali que comecei a conquistar conhecimentos sobre essa profissão que atua há
mais de 20 anos."
Pataka destaca que sua atuação nas atividades da paroquia, ele passou a
ter uma visão profissional de sua atividade em frente a mesa de sonorização. “Já
gostava, admirava e tinha interesse pela atividade, porém passei a ter uma
visão profissional daquilo que u estava fazendo e procurei, estudar e
acompanhar as novidades da área. Tanto que comecei no sistema analógico, mas de
imediata começou a crescer o sistema digital e era preciso estar antenado para
se manter atualizado e oferecer aos que me procuravam como profissional, um
serviço de qualidade e manter um equilibro. Pois, não é necessário você querer
colocar uma tecnologia de ponta, que não vai atender o nosso público”.
Banda Yes Banana retorna aos palcos após pouco mais de um ano de hiato — Foto Judas Sacaca Arquivo Pessoal |
Durante a atuação de Ulisses Almeida, na sonorização das celebrações
religiosas da Igreja N. S. de Fátima, ele declara que teve oportunidades
de conhecer outros artistas musicais, que lhe impulsionou na carreira
profissional, entre eles Álvaro e Alan Gomes (pai e filho). Um dos primeiros
grupos que Pataca atuou como técnico de Áudio, foi a banda de rock/reggae Yesbanana.
Com 14 anos de
estrada, a Yesbanana é uma das mais conhecidas na noite amapaense, sempre
mesclando músicas autorais e covers. O grupo voltou em 2015 para homenagear o
Grupo Rappa, lembrando s maiores sucessos como “Pescador de Ilusões”,
“Auto-Reverse”, “Súplica Cearense”, “Me Deixa”, entre outros. E em 2017 em um
luau na Rodovia AP-20, conhecida como quilômetro 9, na Zona Oeste de Macapá.
“Este grupo, conhecidíssimo em Macapá e que estourou na noite de Macapá,
apresentando um novo estilo musical, que foi o Pop Rock, o rock nacional, me
deu oportunidade de mostrar o meu trabalho ao público e tornou-me conhecido e
comecei a ser convidado para trabalhar com shows locais e nacionais. Foi quem
abriu as portas profissionalmente. Tive participação intensiva em outros
grupos, como o Placa, que me mostrou novos ritmos (marabaixo, batuque),
percussões difíceis de serem trabalhadas, que hoje faça com tranquilidade”.
Foi nos anos de 2005/2006, quando começou a sonorizar as apresentações
de Yesbanana, que Pataka o credenciou junto ao mercado local e o Lício Jomar,
proprietário da LSons, o convidou a trabalhar com ele e passou a ser o
responsável técnico. “Foi através da LSons que pude atender vários
artistas no meio local e nacional. Onde trabalhei por mais de 15 anos e sem
falar que o Lício Jomar foi uma espécie de mentor e meu primeiro professor de
áudio, me passando muito conhecimento e dicas conquistadas por anos de
experiência na área”.
Pataka saiu da empresa LSons foi convidado a trabalhar em Belém com a
cantora Karol Diva. “Passei pouco tempo, por volta de um ano. Pois fui
convidado a voltar a Macapá e ser responsável pela parte de sonorização da
maior empresa de eventos do estado do Amapá, Status Produções, onde estou até
hoje”.
Ulisses Pataka, descreve seus 20 anos de carreira profissional, como
cheia de sucesso e de aprendizagem, conheceu grandes nomes musicais amapaenses,
regionais e nacional. “Tive a oportunidades de trabalhar com grupos musicais
amapaenses, cantores como Amadeu Cavalcante e fui técnico de som do show de
Reginaldo Rossi, em uma dos Festivais de Camarão, que acontece anualmente em
Afuá (PA), por sinal, já participei de mais de oito festivais; e ele tinha fama
de ‘marrento’, principalmente com os controladores de som, e fiquei preocupado.
Durante sua apresentação Reginaldo Rossi, pediu para os músicos pararem e ai,
me deu uma estremecida, ’vai sobrar pra mim’. Foi quando ele
pediu ao público que aplaudisse o técnico de som, e declarou: “foi o
melhor som que já tive em meus shows!”. Pensei que ele estava zooando,
mas não... foi emocionante e nunca esqueci”.
Sempre afirmo que “trabalhar com áudio vicia, e é verdade, pode
ser o garoto de 15 anos ao mais velho, depois que começa, não larga mais”
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