AROMATERAPIA E CORONAVÍRUS: O EXEMPLO DA CHINA.
Por Jarbas de Ataíde
Na natureza, os óleos essenciais
(OEs) possuem a função de proteger as plantas de potenciais pragas ou infeções
através da sua ação inseticida, antibacteriana e antifúngica. Devido aos seus
aromas conseguem afastar os animais herbívoros, impedindo ser comida e atrai determinados
insetos para a polinização e reprodução da espécie (Bakkali et al., 2008, Cunha et al.,
2012).
Possuem, assim, diversas propriedades
biológicas. Uma das atividades mais bem conhecida é o poder antimicrobiano e
antiviral dos óleos essenciais. Atuam em afeções do sistema respiratório,
gastrointestinal, sistema nervoso central, sistema circulatório e cardíaco,
entre outras patologias (Cunha et al.,
2012).
As suas aplicações terapêuticas agem em uso interno e externo e as suas
características odoríferas permitem a sua utilização, de forma segura por via
oral, inalatória e tópica (Cunha et al.,
2009), em especial em aromaterapia (Cunha
et al., 2012).
A aromaterapia é uma terapia complementar que usa técnicas de inalação,
administração oral e tópica de óleos essenciais (massagens, banhos, compressas
impregnadas). Eles estabelecem uma
complexa relação entre o SNC, o olfato e os demais órgãos, afetando o sistema
nervoso autônomo, a circulação, o sistema imunológico e o cérebro: o sistema
límbico, que comanda as emoções.
Entre as diversas medicinas
tradicionais, a Medicina Chinesa (MTC) utiliza diversos produtos e materiais como
as plantas aromáticas, que “apresentam aroma ou perfume, geralmente agradável,
que é proporcionado pelos óleos essenciais biosintetizados pela planta... (Cunha et al., 2012).
Fiz essa introdução para destacar a
utilização dos produtos naturais da MTC no tratamento complementar do
coronavírus (2019-nCoV), proposto pela Academia Chinesa de Ciências (ACC), já
que ainda não existe vacina e nem
tratamento específico. São produtos com prováveis efeitos contra o novo
coronavírus. Foram selecionados 30 medicamentos existentes, entre os quais 12
antirretrovirais e medicamentos tradicionais chineses. Os antirretrovirais:
Indinavir, saquinavir, lopinavir, carfilzomib e ritonavir, além de 2 contra
vírus sincicial respiratório, um anti-esquizofrenia e um imunossupressor.
As pesquisas sugerem que os
medicamentos escolhidos sejam utilizados no tratamento clínico de pacientes com
pneumonia infectados pelo 2019-nCoV.
Esses agentes terapêuticos agiriam na cápsula que envolve o vírus ( Mpro), evitando
a sua replicação. O Departamento
Nacional da Saúde da China sugeriu a “pílula bovina do Palácio Pacífico”, feita
com cálculos biliares de gado, chifre de búfalo, jasmim e pérola, na
dificuldade respiratória. (G1 Ciência e Saúde, 06.02.2020). Porém, há muita
crítica quanto a segurança e eficácia desses produtos.
A questão que impacta no uso desses
produtos, principalmente os antirretrovirais, é a grande possibilidade de
efeitos colaterais, o que não acontece com os OES, que podem ser usados com
várias propriedades: antibacteriana, antifúngica e antiviral, ansiolítica,
antidepressiva, anti-inflamatória, antioxidante, anticarcinogênica e
antinociceptiva. A ação antivirótica e o apoio respiratório é de interesse no
coronavírus e outras viroses respiratórias. No artigo seguinte enfocaremos os
OEs antivirais.
Segundo dados do MS até dia 14.02.2020,
apenas 4 casos suspeitos são investigados no Brasil, sendo um em SP, um no PR e
dois no RS. O Egito confirmou o primeiro caso da virose. Com isso, já são 26
países em 5 continentes com registro da doença (excluindo a China). Com a
inclusão de exames de imagem houve um aumento nas confirmações que passou dos 70
mil. Antes para comprovar a infecção era exigido o exame de RNA
Confira a situação até sexta-feira (14.02.2020):
- 1.381 mortos na
China (incluindo Hong
Kong)
- 2 mortes fora da
China (uma nas
Filipinas, e um no Japão)
- 75.000 casos
confirmados na China
- 505 casos confirmados em outros 26 países
- OMS diz que
epidemia por Covid-19 está
controlada no resto do mundo (Fonte: G1 ciência e saúde, 14.02.2020). JARBAS ATAIDE.
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