quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

SAÚDE EM FOCO - JARBAS DE ATAÍDE


AROMATERAPIA E CORONAVÍRUS: O EXEMPLO DA CHINA.



Por Jarbas de Ataíde 


           Na natureza, os óleos essenciais (OEs) possuem a função de proteger as plantas de potenciais pragas ou infeções através da sua ação inseticida, antibacteriana e antifúngica. Devido aos seus aromas conseguem afastar os animais herbívoros, impedindo ser comida e atrai determinados insetos para a polinização e reprodução da espécie (Bakkali et al., 2008, Cunha et al., 2012).
           Possuem, assim, diversas propriedades biológicas. Uma das atividades mais bem conhecida é o poder antimicrobiano e antiviral dos óleos essenciais. Atuam em afeções do sistema respiratório, gastrointestinal, sistema nervoso central, sistema circulatório e cardíaco, entre outras patologias (Cunha et al., 2012).
           As suas aplicações terapêuticas agem em uso interno e externo e as suas características odoríferas permitem a sua utilização, de forma segura por via oral, inalatória e tópica (Cunha et al., 2009), em especial em aromaterapia (Cunha et al., 2012).
           A aromaterapia é uma terapia complementar que usa técnicas de inalação, administração oral e tópica de óleos essenciais (massagens, banhos, compressas impregnadas).  Eles estabelecem uma complexa relação entre o SNC, o olfato e os demais órgãos, afetando o sistema nervoso autônomo, a circulação, o sistema imunológico e o cérebro: o sistema límbico, que comanda as emoções.
          Entre as diversas medicinas tradicionais, a Medicina Chinesa (MTC) utiliza diversos produtos e materiais como as plantas aromáticas, que “apresentam aroma ou perfume, geralmente agradável, que é proporcionado pelos óleos essenciais biosintetizados pela planta... (Cunha et al., 2012).
          Fiz essa introdução para destacar a utilização dos produtos naturais da MTC no tratamento complementar do coronavírus (2019-nCoV), proposto pela Academia Chinesa de Ciências (ACC), já que ainda não existe vacina e nem  tratamento específico. São produtos com prováveis efeitos contra o novo coronavírus. Foram selecionados 30 medicamentos existentes, entre os quais 12 antirretrovirais e medicamentos tradicionais chineses. Os antirretrovirais: Indinavir, saquinavir, lopinavir, carfilzomib e ritonavir, além de 2 contra vírus sincicial respiratório, um anti-esquizofrenia e um imunossupressor.
           As pesquisas sugerem que os medicamentos escolhidos sejam utilizados no tratamento clínico de pacientes com pneumonia infectados  pelo 2019-nCoV. Esses agentes terapêuticos agiriam na cápsula que envolve o vírus ( Mpro), evitando a sua replicação.  O Departamento Nacional da Saúde da  China sugeriu  a “pílula bovina do Palácio Pacífico”, feita com cálculos biliares de gado, chifre de búfalo, jasmim e pérola, na dificuldade respiratória. (G1 Ciência e Saúde, 06.02.2020). Porém, há muita crítica quanto a segurança e eficácia desses produtos.
       A questão que impacta no uso desses produtos, principalmente os antirretrovirais, é a grande possibilidade de efeitos colaterais, o que não acontece com os OES, que podem ser usados com várias propriedades: antibacteriana, antifúngica e antiviral, ansiolítica, antidepressiva, anti-inflamatória, antioxidante, anticarcinogênica e antinociceptiva. A ação antivirótica e o apoio respiratório é de interesse no coronavírus e outras viroses respiratórias. No artigo seguinte enfocaremos os OEs antivirais.
       Segundo dados do MS até dia 14.02.2020, apenas 4 casos suspeitos são investigados no Brasil, sendo um em SP, um no PR e dois no RS. O Egito confirmou o primeiro caso da virose. Com isso, já são 26 países em 5 continentes com registro da doença (excluindo a China). Com a inclusão de exames de imagem houve um aumento nas confirmações que passou dos 70 mil. Antes para comprovar a infecção era exigido o exame de RNA
        Confira a situação até  sexta-feira (14.02.2020):
  • 1.381 mortos na China (incluindo Hong Kong)
  • 2 mortes fora da China (uma nas Filipinas, e um no Japão)
  • 75.000 casos confirmados na China
  • 505 casos confirmados em outros 26 países
  • OMS diz que epidemia por Covid-19 está controlada no resto do mundo (Fonte: G1 ciência e saúde, 14.02.2020).  JARBAS ATAIDE.

  
   




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