Por
Jorge Anaíce
Pessoas desejando a morte do presidente.
Outras, festejando investigações policiais duvidosas no meio da pandemia.
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E o que é pior, “advogados” assumindo papel
de acusadores nas redes sociais, colocando-se do lado oposto de sua formação
profissional.
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Não sou defensor de nenhum investigado nessas
operações. Mas, como advogado, cada vez que vejo uma pessoa sendo acusada,
imediatamente desperta em mim o instinto da defesa e nunca da acusação.
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Entendo que é assim que deve agir o
verdadeiro ADVOGADO. Como dizia Santo Agostinho na consagrada fórmula:
"Odiai o pecado, amai o pecador”.
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Secretários, governadores e prefeitos, sem
alternativa, com hospitais lotados e com mortes diárias, foram jogados num
cassino com mercado descontrolado de preços exorbitantes, num verdadeiro leilão
de produtos para a saúde.
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Falo isso de cadeira, pois, como gestor da
Caixa dos Advogados, tentei junto com outros presidentes e não conseguimos
adquirir vacina H1N1 suficiente para todos no mercado nacional e internacional,
em razão do elevadíssimo preço.
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Voltando à administração pública, caberia ao
Ministério da Saúde cumprir seu papel nessa emergência: coordenar as ações e
utilizar seu poder de compra para gerar economia e barganhar melhores preços
neste mercado dominado pelo monopólio e pelo cartel.
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Nessa pandemia, tantas vezes negada ou
minimizada por autoridades, os gestores e os profissionais da saúde foram
colocados frente à frente com uma dura realidade: a vida ou a morte.
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Correram e ainda correm riscos para salvar
vidas. Agora vêem seus esforços serem criminalizados, na maioria das vezes por
pessoas que nunca geriram a própria vida, apenas por motivação política ou
leviandade.
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Gestores tem honra! Tem dignidade!
Encerro com os versos da festejada canção de
Nelson Cavaquinho:
“Quero ter olhos pra ver, a maldade
desaparecer ... O sol há de brilhar mais uma vez ...”
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