quarta-feira, 22 de julho de 2020

MONOPÓLIO - COMPRA BILIONÁRIA: Por US$ 1, 2 bilhões, americanos adquirem toda o estoque da vacina inglesa produzida pela AstraZeneca


MONOPÓLIO 

COMPRA BILIONÁRIA: Por US$ 1, 2 bilhões, americanos adquirem toda o estoque da  vacina inglesa produzida pela AstraZeneca e garantem a exclusividade.



 



A vacina inglesa, mesmo com a participação de voluntários brasileiros nos testes e parceria para aquisição se comprovada a eficiência, não tem garantia de preferência para o Brasil. EUA faz compra bilionária e fica com todo o estoque de vacinas.  Ao contrário da CoronoVac, de produção chinesa, que transferirá tecnologia para o Instituto Butantã fabricá-la no país e vacinar os brasileiros. Mais dois testes estão autorizados a serem realizados no Brasil, para Covid-19: a BNT162b1 e a BNT162b2. Essas vacinas estão sendo desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer (Wyeth) 


Reinaldo Coelho


Essa semana começou com uma grande expectativa mundial, e principalmente no Brasil, de duas das dez vacinas contra o novo coronavírus Sars-CoV2 nas fases mais avançadas de pesquisa serão testadas também no Brasil. Essa notícia despertou esperanças de que a pandemia possa estar sob controle nos próximos meses.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em reunião com governadores durante pandemia (Foto: Doug Mills-Pool/Getty Images)

PRIORIDADE AMERICANA 

Outra noticia, espantou e esmoreceu as expectativas, o Departamento de Saúde dos EUA, já tinha fechado o acordo com a empresa AstraZeneca e investiu US$ 1,2 bi na empresa garantindo a exclusividade das vacinas produzidas. O país já bancou diversos projetos de vacina ao redor do mundo, incluindo o da francesa Sanofi e da norte-americana Johnson & Johnson. O governo Trump quer garantir que, quando a vacina estiver pronta, ela estará disponível em alta quantidade para o povo norte-americano.

O esforço dos Estados Unidos de bancar o desenvolvimento de vacinas tem causado polêmica. A visão é de que isso coloca o país como prioridade na hora de receber as doses, mas a OMS e outros 194 países acreditam que uma eventual vacina precisa ser um bem global e público.


Cinco dessas dez vacinas em fase de testes clínicos são chinesas. Se alguma das dez obtiver sucesso em prazo tão curto, será a maior conquista científica da humanidade desde o sequenciamento do genoma humano. Jamais uma vacina terá sido desenvolvida tão rápido.

Coronavírus: corrida pela cura da Covid-19 | Veja SaúdeEsta corrida mundial em busca da imunização contra o novo coronavírus conta, mais uma vez, com o Brasil para avançar nas fases de testes. Depois do anúncio de resultados positivos da vacina de Oxford, que forneceu 5 mil doses a voluntários brasileiros, e o início das aplicações da chinesa CoronaVac no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem mais um ensaio clínico para verificar a eficácia de duas novas vacinas contra o vírus.

Porém, detalhe-se que a escolha do Brasil para participação nos testes vacinais, não é pela eficiência na gestão contra a pandemia, mais sim pela falta de controle do combate ao Covid-19.

“Somos as cobaias perfeitas, já que aqui [no Brasil] não tem manejo da pandemia. Alta taxa de transmissão é fundamental para conseguirem testar a eficácia da vacina”, afirmou uma pesquisadora brasileira que atua no grupo da Oxford.
 Vacina contra Covid-19: testes no Brasil começam nos próximos dias

VACINA INGLESA: O BRASIL NÃO TEM A PREFERÊNCIA

Vacina de Oxford: avanços apontam a 1ª vacina para Covid-19 ...  
A aquisição da 30 milhões da vacina inglesa já pronta não é garantido para o Brasil, mesmo com os acordos de parceria firmados. Serão vacinas já prontas para a aplicação, visto que o Brasil não possui a tecnologia para produzir nacionalmente. O esperado é que a parceria totalize o fornecimento de 100 milhões de doses. “Isso já está pactuado e nós estamos discutindo a transferência dos recursos.

Cientista de Oxford explica o que falta para lançar vacina ainda ...
Sarah Gilbert
Ontem, a principal desenvolvedora da vacina de Oxford declarou ser possível, mas não certo, que as doses estejam disponíveis até o fim do ano. “A meta do final do ano para ter a vacina disponível é uma possibilidade, mas não há absolutamente certeza sobre isso, porque precisamos que algumas coisas aconteçam”, disse a cientista da Universidade de Oxford, Sarah Gilbert.

Essa contratação prevê a transferência de tecnologia e o recebimento do insumo. O momento agora é o pagamento da AstraZeneca, a negociação do pagamento”, disse o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, em coletiva de imprensa.

Na avaliação de especialistas, ainda que haja uma intenção de contrato e movimentação orçamentária para viabilizar o fornecimento, isso não é o mesmo que dizer que o acordo será concretizado. Apesar do estreitamento de laços com a universidade britânica, o que dá certa vantagem de negociação ao governo brasileiro, essa carta na manga não é necessariamente o mesmo que dizer que o país será o primeiro a receber a vacina. Até porque outros países desenvolvidos e com maior capacidade de compra já fizeram as demandas antes mesmo de a fase 3 de testes ter início.

O objetivo dos pesquisadores de Oxford é que sua vacina esteja disponível no início de 2021. Em média, desenvolver uma vacina leva dez anos. O recorde atual é da vacina contra o ebola: cinco anos. Um dos principais desafios da AstraZeneca na meta de distribuir 2 bilhões de doses está não da fabricação da vacina em si, mas na produção dos recipientes de vidro. As fábricas não têm capacidade suficiente. Provável que seja necessário acomodar até dez doses num só frasco.


VACINA CHINESA: GARANTE FORNECIMENTO IMEDIATO COM FABRICAÇÃO NO BRASIL

Com referência a CoronoVac, vacina chinesa em teste no Brasil, desde terça-feira (21) é mais factível que, se comprovada a eficácia, a vacina chegue com mais facilidade, porque o (Instituto) Butantan consegue reproduzir.

Por isso, a médica Rosana Richtmann, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita ser mais provável que a tecnologia chinesa chegue primeiro à população brasileira. “A tecnologia de Oxford é mais complexa e, por isso, o Brasil precisa comprar. Estados Unidos, países europeus já estão fazendo isso.

Eficácia
A CoronaVac começou a ser aplicada ontem, no Hospital das Clínicas de São Paulo, onde 890 voluntários serão testados. A pesquisa será realizada em 12 centros de seis unidades federativas: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Ao todo, 9 mil voluntários da saúde que ainda não tenham contraído o vírus participarão do ensaio. A primeira voluntária a receber a vacina chinesa foi a clínica geral Stefania Teixeira Porto, 27 anos, que comemorou a aplicação da primeira dose. “Passamos por meses tão difíceis, então é uma injeção de ânimo poder participar disso e contar para as pessoas no futuro que fiz parte disso. Estou muito contente”, celebrou.

No mesmo dia, a Anvisa aprovou mais um ensaio clínico para verificar a eficácia de duas vacinas contra o novo coronavírus. A BNT162b1 e a BNT162b2 serão testadas dentro de um mesmo estudo e estão sendo desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer.

MAIS DOIS TESTES SERÃO APLICADOS NO BRASIL


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta terça-feira (21), a aprovação para condução de um ensaio clínico que estudará dois tipos de vacinas para Covid-19: a BNT162b1 e a BNT162b2. Essas vacinas estão sendo desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer (Wyeth).

As vacinas em estudo são baseadas em ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do vírus Sars-CoV-2. O RNA é traduzido pelo organismo humano em proteínas que irão, então, induzir uma resposta imunológica. Para a testagem da vacina, 29 mil voluntários participarão do estudo, sendo mil deles do Brasil. Os voluntários são dos estados de São Paulo e da Bahia.

O ensaio clínico aprovado é um estudo fase 1/2/3, controlado com placebo, randomizado, cego para o observador, de determinação de dose, para avaliar a segurança, a tolerabilidade, a imunogenicidade e a eficácia das vacinas candidatas de RNA de Sars-CoV-2 contra Covid-19 em adultos. O ensaio é composto por três estágios e o Brasil participará do estágio 3, que corresponde à fase 2/3 do estudo.

Este é o terceiro estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, para prevenir a Covid-19, e no dia 3 de julho o da vacina desenvolvida pela empresa Sinovac Research & Development Co. Ltd., em parceria com o Instituto Butantan.





 

 


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