MATURIDADE:
A LONGEVIDADE SÓ TEM VALOR COM SAÚDE.
Por
Jarbas de Ataíde
Qual seria o valor de longos anos de
vida se forem acompanhados de enfermidades incapacitantes, que geram sofrimento
e infortúnio para si e para a família?
Qual o valor de viver infeliz, dependente e sem autonomia? Qual a
vantagem de empenhar-se em acumular riquezas materiais, bens e dividendos e não
poder desfrutar daquilo que construiu?
Ao completar meus 61 anos de existência
(1959-2020) quero responder essas perguntas falando de maturidade, longevidade,
saúde e qualidade de vida.
Passamos pela
experiência do tempo, onde temos a oportunidade de interferir e incorporar os
resultados de nossas escolhas, atitudes e emoções nas nossas células, tecidos,
no corpo e na mente. Se formos ponderados e resilientes, o tempo, mesmo que
tardio, nos dará a resposta satisfatória.
Mas para sabermos aproveitar os resultados positivos, a cada instante, é
preciso, desde cedo, adotarmos um estilo de vida movido por motivações sábias,
bom senso e prudência. Quem aproveitou a quarentena para avaliar a saúde e
analisar fatores de risco?
O tempo passa e as marcas do
envelhecimento aparecem: desgaste no corpo, no nosso semblante, na pele, mais
ressequida, nos olhos, mais opacos, no coração, mais fraco, na mente, que já
não lembra, no espírito meio desesperançado.
Não podemos interromper o ciclo da vida,
imposto às nossas células. Elas nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Mas
podemos interferir nos processos, nas circunstâncias e no tempo em que isso
ocorre, começando a cuidar dos fatores que aceleram o envelhecimento.
As doenças cardíacas e o processo
degenerativo dos órgãos vitais, como coração, rins e cérebro, começam no íntimo
dos vasos capilares, que chamamos de arteriosclerose,
que é o entupimento e endurecimento progressivo dos vasos sanguíneos. Disso resulta morte das células (necrose), por
falta de irrigação do sangue, ocorrendo o que chamamos de isquemia, sobrevindo
Infarto do coração, Acidente Vascular Encefálico e Insuficiência Renal e
doenças degenerativas.
Foram essas doenças crônico-degenerativas
preexistentes que levaram ao óbito centenas de doentes atingidos pela pandemia de
Covid-19. Mas muitos doentes idosos se recuperaram e ficaram curados. Onde estaria a diferença e quais os fatores
que interferiram?
A interferência da alimentação mais
fugaz e natural, o espirito mais disciplinado e resiliente dos povos orientais,
as medidas sanitárias e preventivas de bons hábitos, podem ter interferido para
que muitos idosos tenham se recuperado. Você pode envelhecer saudável através
de um estilo de vida mais prudente e, assim, suportar com mais resistência as
infecções ocasionais e as marcas do tempo.
A arteriosclerose está fortemente
associada ao consumo exagerado de álcool, fumo, gordura animal, infecções
crônicas, hipertensão arterial, que lesionam o íntimo das artérias, levando ao
envelhecimento precoce. Os radicais livres agridam as células. Os rins falham
na excreção. O coração é agredido. O cérebro sofre degeneração. A mente deprime.
O que estamos esperando para reverter
essa situação em que nosso corpo começa a enfraquecer? Vamos cuidar da
circulação e da qualidade do sangue, reduzindo o sal, se agasalhando do frio,
controlar a PA, exercitar-se regularmente, nutrir o organismo com alimentos
regeneradores, vitalizados e antioxidantes.
Comecei a ter essa consciência,
favorecido pela hereditariedade, ainda antes da metade da jornada da vida (aos
30 anos), cultivando bons hábitos e estabelecendo metas e escolhas mais
sensatas.
Não é renegar as marcas da idade e nem
ignorar as doenças. Mas tem que haver a firme decisão de mudança de atitude, de
escolhas sensatas e de prudência nos comportamentos, seja na alimentação, nos
valores e na visão de mundo, contribuindo para a saúde e qualidade de vida. (Fontes:
Elisa Biazzi, 2014; Sarah Brewer, 2013; Artigo TA, 23.03.2020). JARBAS ATAÍDE. 30.07.2020. Aniversário de 61
anos.
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