Congresso derruba veto a lei que transfere terras da União para Roraima e Amapá e relator Acácio Favacho comemora
Reinaldo Coelho
O deputado federal Acácio Favacho, líder da bancada do PROS na Câmara,
defendeu em sessão do Congresso Nacional a derrubada do veto, projeto em que
foi relator, que trata da transferência ao domínio dos estados de Roraima e do
Amapá de terras da União na faixa de fronteira.
Em sessão do Congresso Nacional, nesta quarta-feira (19), com votação em
bloco, foram derrubados os seguintes blocos: veto 16 trata da transferência ao
domínio dos estados de Roraima e do Amapá de terras da União na faixa de
fronteira; veto 18 trata do prazo para a Anvisa autorizar excepcional e
temporariamente a importação de produtos sem registro; veto 25 que trata do uso
obrigatório de máscaras; e veto 27 que trata do plano emergencial aos povos indígenas
e demais comunidades.
Ainda nesta quarta-feira o Senado derrubou o veto parcial 16/2020 à
transferência, para Roraima e Amapá, de terras da União em faixa de fronteira.
Os trechos agora restituídos ao texto legal seguem à promulgação.
Acácio Favacho defendeu com destaque a derrubada do veto 16, projeto em
que foi relator. “Neste momento, é fundamental devolver as terras para os
estado do Amapá e de Roraima. É o progresso chegando, estamos há mais de 30
anos lutando para que isso virasse realidade”, afirmou o deputado.
Tramitação no Congresso
De iniciativa do deputado
Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), a matéria foi aprovada na Câmara dos
Deputados no final de abril de 2020, na forma de um substitutivo apresentado
pelo relator, deputado Acácio Favacho (Pros-AP).
A doação de terras da União
para Roraima e Amapá já estava prevista (Leis 10.304, de 2001,
e 11.949, de 2009), mas não ocorreu de fato devido a exigências de
comprovação da posse das terras. Após acordo entre líderes partidários da
Câmara, Favacho retomou, com ampliações, o texto da Medida Provisória
(MP) 901/2019 — que tratava do tema, mas perdeu a eficácia no
último mês de março. Lucas Barreto foi o presidente da comissão mista que
analisou a MP. Daí sua escolha como relator no Senado.
Com a MP, o Executivo
procurou promover a regularização fundiária de áreas nos dois estados após
incêndios ocorridos na Amazônia Legal, no ano passado. As queimadas
repercutiram negativamente no exterior e trouxeram prejuízos para o país,
especialmente nas exportações e na agricultura. A versão original do PL
1.304/2020 correspondia ao parecer da comissão mista sobre a MP.
Daquele parecer, o relator
da Câmara dos Deputados aproveitou um trecho que determina que as áreas doadas
serão destinadas em especial à agropecuária diversificada, ao desenvolvimento
sustentável e a iniciativas de colonização. Enviado ao Senado, o projeto foi
aprovado de forma unânime no dia 5 de maio de 2020.

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