AP decreta nova 'lei seca' após estado entrar na fase vermelha, a 2ª mais crítica da Covid-19
Com determinação, consumo de bebida alcoólica em espaços públicos está proibido de 5 a 7 de março. Waldez apontou alta expressiva no contágio e na ocupação de leitos.
O Amapá inicia o mês de março com 83.885 casos confirmados de Covid-19, dos quais 60,4 mil são considerados curados. O número de óbitos chegou a 1.142.
O governo do Amapá, em relatório
apresentado na noite desta segunda-feira (1º) a prefeitos e autoridades de
saúde e segurança, apontou que a ocupação de leitos de UTI para tratamento da
Covid-19 chegou a 79% e que pelo ritmo do avanço da doença, as unidades podem chegar a 100% em 11 dias.
Para evitar um novo colapso na
saúde, que ocorreu no estado no início da pandemia e que, atualmente, atinge vários estados do país, o governador Waldez Góes assinou decreto com novas medidas
restritivas, entre elas, o retorno da Lei Seca, proibindo assim, o consumo de
bebida alcoólica em espaços públicos nos dias 5, 6 e 7 de março (sexta até
domingo).
O ritmo no avanço da contaminação e de internações pela Covid-19 deixa o Amapá na classificação de risco "vermelha" da pandemia, a 2ª mais crítica, só atrás da "preta".
Relatório do Coesp mostra a situação do Amapá na classificação de risco — Foto: Márcio Pinheiro/Secom |
Além da Lei Seca, o decreto mantém algumas determinações dos anteriores, como a limitação do funcionamento de atividades econômicas e sociais, a suspensão de aulas presenciais na rede pública e da circulação de pessoas sem justificativa nas ruas entre 22h e 5h.
Waldez declarou também que as fiscalizações em portos, locais públicos e estradas devem ser intensificadas. Aos prefeitos, orientou que o calendário de vacinação contra a Covid-19 seja mantido.
Para combater um novo colapso na saúde, não descartou a abertura de novos leitos e de um novo centro Covid em Santana.
"Todas as medidas que pudermos
usar para enfrentamento à pandemia, vamos utilizar. Precisamos redobrar os
cuidados, estamos bem alinhados com prefeitos, imunizando a população e
precisamos também que cada cidadão faça a sua parte para o bem coletivo",
reiterou Góes.
As determinações e o status do Amapá
na pandemia partiram de relatório do Centro de Operações e Emergência em Saúde
Pública (Coesp).
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