SAÚDE EM FOCO - DISBIOSE, PRISÃO DE VENTRE E PARASITISMO: A CADEIA DA DOENÇA.

 

 DISBIOSE, PRISÃO DE VENTRE E PARASITISMO: A

 CADEIA DA DOENÇA.

Por Jarbas de Ataíde 

 Final de ano. Época e momento de fazer os chek up, que incluí exames diversos, os mais sofisticados e caríssimos, como imagiologias, dosagens hormonais e outros mais. Mas qual deles mostra o grau de nossa imunidade, resistência e contaminação pelos mais diversos parasitas e germes, que habitam nosso corpo?

              Os sistemas e parelhos orgânicos estão interligados para nos dar a homeostase, que é o equilíbrio dinâmico da saúde interna. Dizem que é o cérebro que comanda o corpo, mas para isso, ele depende da normalidade dos demais sistemas: do apoio do fígado, dos rins, da circulação e dos intestinos.

            Umas das medidas a serem adotadas é o apoio intestinal. Precisamos limpar o corpo e eliminar escórias de maneira eficiente. O Pai da Medicina, Hipócrates, já dizia: “a saúde começa pelo intestino”, que comanda a depuração e desintoxicação do organismo.         

         Achar que nossa saúde está nas estruturas hospitalares, nos produtos da indústria químico-farmacêutica ou nas parafernálias tecnológicas da Medicina, é mera ilusão.

       O intestino um órgão importante na limpeza do corpo, responsável pela digestão, absorção e transporte dos alimentos. Nele ocorre absorção de minerais, vitaminas, carboidratos, proteínas, gorduras, colesterol e sais biliares. O intestino grosso (cólon) absorver água, eletrólitos e alguns produtos finais da digestão.

        O ambiente intestinal saudável é comandado pela microflora entérica, formada por bactérias, que existem também na pele, boca e vagina. Essa colonização vai durar por toda a vida, num equilíbrio dinâmico. O intestino carrega cerca de 100 trilhões de bactérias, dez vezes mais que as células do corpo.  

      Esse equilíbrio chama-se simbiose e contribui sobremaneira para inúmeros fatores, como:

·               PRODUÇÃO E METABOLISMO DE SUBSTÂNCIAS ÚTEIS: Leptina (saciedade), Serotonina (antidepressivo), Bacteriocinas (beta-glucana, bactericida), Ac. Graxos de cadeia curta (a partir de probióticos, como as fibras) e Vitaminas (B12).

·               PROTEÇÃO DA BARREIRA INTESTINAL: produção de muco e proteção mecânica, acidificação e controle de processos infecciosos;

·               ESTÍMULO E MODULAÇÃO IMUNOLÓGICA: estímulo ao sistema linfoide do intestino; estímulo à proliferação de bactérias do bem, através de nutrientes considerados prébioticos.

A ação benéfica desses elementos mostra que o intestino é a primeira barreira fisiológica para evitar a entrada de germes patogênicos no sangue e no corpo e para neutralização e eliminação de toxinas.

             Quando o ambiente intestinal sofre a ação de agentes estranhos, temos a disbiose, provocando diarreias, constipação, flatulência, dispepsia, azia, cólica, cefaleia e ansiedade, muito comum nas crianças. Isso pode ser desencadeado por medicamentos (antibióticos), alimentos e água contaminados.  

            A Medicina Natural atribui ao intestino a fabricação do sangue, a partir da absorção de nutrientes, da digestão, elaboração da linfa (parte fluída do sangue) e de secreções elaboradas pelo fígado. Mas para isso, é necessário que o ambiente intestinal e o corpo estejam livres de germes e toxinas.  

           Os germes (vírus, bactérias, fungos e vermes) provocam disbiose. Ocorre multiplicação de bactérias oportunistas. Os sintomas são: diarreia e/ou constipação, inflamação do intestino, colite, sínd. do intestino irritável, alergias, dermatites, corrimentos, tosse seca, irritabilidade, distúrbios do sono e ansiedade.    

          Outra doença comum é a constipação intestinal. Uma condição que torna a digestão inapropriada, incompleta e demorada. Quando as fezes permanecem no cólon, o organismo sofre as consequências, como o desenvolvimento de outras doenças, decorrentes da reabsorção de toxinas e moléculas oxidantes, contaminando o sangue.

        Então devemos favorecer a simbiose, evitar a constipação e prevenir a infestação por parasitas, com a ingestão de  prébioticos, que são ingredientes não digeríveis (fibras, fruto-oligossacarídeos, inulina), que ajudam o crescimento de bactérias benéficas, e probióticos, microrganismos vivos que, quando ingeridos, trazem benefícios à saúde do hospedeiro e possuem ações no intestino, contribuindo para o equilíbrio das bactérias (Simbiose).   (Fonte:  artigos do TA, de 11.02.2019 e 19.08.2019). JARBAS ATAÍDE. 25.10.2021.