sábado, 29 de janeiro de 2022

SAÚDE EM FOCO VIROSES E AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: TRATAR COM PLANTAS. PARTE 2

 SAÚDE EM FOCO

VIROSES E AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: TRATAR COM PLANTAS.  PARTE 2


Por Jarbas de Ataíde

          As viroses são doenças infectocontagiosas que se disseminam rapidamente devido o alto contagio e transmissibilidade por via aérea, tais como a Covid-19, H1N1, Dengue e agora a H3N2. Acomete com facilidade as pessoas mais frágeis (crianças e idosos), devido a baixa imunidade e comorbidade, assim como a não vacinação, o que acarreta os altos índices de morbimortalidade.      



          Podem evoluir como uma gripe, com sintomas leves, acometendo    crianças pequenas (80%), enquanto que as infecções bacterianas atingem a segunda infância (20%). Na maioria respondem bem com o uso de produtos naturais e plantas medicinais ricas em óleos essenciais (OEs) com ação antiviral. ( SCHILCHER, H., 2005).

         Quando as infecções virais (IVAS) complicam com infecções bacterianas, o que exige um diagnóstico médico preciso e diferencial, há necessidade de introduzir produtos e plantas medicinais com propriedades antibacterianas (antibióticas). É o que ocorre nas amigdalites, faringites, sinusites e bronquites, o que passaremos a descrever a seguir.



          Fitoterápicos Tradicionais: Xaropes compostos com plantas expectorantes: (Jucá + Urucum); xaropes de plantas antitussígenas: C. multisicata Cham. (Carucaá) + E. globulus ( Eucalipto) + H. courbaril (Jatobá ou Jutaí); xarope melito composto com óleos/resinas de plantas antibióticas, como alho, andiroba, copaíba, eucalipto, acrescido de mel de abelha e tintura de própolis , nos casos de bronquites que evoluem com mais de 5(cinco) dias de febre. Prescreve-se 1 col. de sopa(adulto), 3xdia, durante 10 dias; 1 col. chá ou sobremesa, nas crianças (FARMÁCIA DA TERRA.IEPA, 2005; PINTO, J.E.B.P;SANTIGO, E.J.A.; LAMEIRA, O.L).

       

Óleo/semente. AndirobaC. guianensis)       Inalação  c/ vapor de ervas aromáticas

          Incluímos o própolis (cápsulas para adultos e o extrato para crianças) e  E. purpúrea L. (Equinácea) para estimular as defesas orgânicas (imunomodulador), no início do processo gripal, que antecipa as infecções agudas, ou como profilático das IVAS, recomendada pela Comissão E como “adjuvante no tratamento de infecções redicivantes das vias respiratórias...” (SCHILCHER, H.,2005).

As Sinusites evoluem com inflamação/infecção dos seios da face (frontal, maxilares, esfenoidal, etmoidal), com acúmulo de secreções nesses espaços vazios do esqueleto facial, propensa a recidivas permanentes ou sazonais. Temos as agudas e crônicas.

         Sinusite Aguda: cefaleia frontal (periocular, lateralmente ao nariz ou dor nos dentes superiores), congestão e secreção nasal hialina-amarelada, discreta hipertermia(febre), espirros matinais constantes.

         Sinusite Crônica: decorrente de obstrução nasal, desvio de septo nasal, pólipos intranasais e hipertrofia dos cornetos nasais. Ocorre congestão nasal persistente, secreção nasal purulenta, cefaleia, tosse, irritação do orofaringe (faringo-amigadalite associada), às vezes mal hálito. 

a)        Plantas Medicinais Tradicionais: Mesmas plantas com ação aromática e antissépticas na forma de chá associado puro ou misturado ao mel de abelha. E. triplinerve Veuten(Japana), M. arvensis (Hortelã-menta), 10 folhas frescas de cada em infusão; Majorana hortenis (Manjerona),com 4 galhos em 1 litro d’água fervente, para inalação do vapor.

         Para a congestão nasal: lavagem nasal com SF 0,9% e ungüento medicinal, feito com a manjerona (sumo ) +  eucalipto +  L. operculata L.(Cabacinha), usando 1 colher do chá feito com a metade de ¼  do fruto seco. Mistura-se os ingredientes com sebo de holanda (1 tubete) ou banha de cacau (2 tabletes). Massageia-se a fronte, região nasal e maxilares. Cuidado na preparação da infusão da cabacinha, apenas na dose indicada, pois é irritante para as mucosas e o uso interno é contraindicado (VIERA,1991; PINTO, J.E.B.P;SANTIGO, E.J.A.; LAMEIRA, O.L;)

b)       Fitoterápicos Tradicionais: Nos casos acompanhados de febre prescrevia-se além do chá das plantas aromáticas e antissépticas; o xarope composto de óleos-resinas (alho, andiroba, copaíba, eucalipto, própolis, mel de abelha). Para aumentar a resistência orgânica, prescreve-se extrato seco de produtos e plantas imunomoduladoras: Própolis, U. tomentosa (Unha-de-gato), E. angustifolia  (Equinácea), G. glabra L. (alcaçuz), com ação antialérgica.

          Dessa forma a ação combinada e sinérgica das plantas consegue combater afecções (IVAS) de causa bacteriana. JARBAS ATAÍDE,24.01.2022. 

 

 

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