sábado, 22 de janeiro de 2022

VIROSES E AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: TRATAR COM PLANTAS-PARTE 1.

 VIROSES E AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: TRATAR COM PLANTAS-PARTE 1. 



Por Jarbas de Ataíde 

           Os vírus são seres de estrutura simples. Devido esse baixo peso molecular, conseguem penetrar nas células com facilidade, através de proteínas que se acoplam na membrana celular.

           Essa alta infectividade e transmissibilidade é o que leva ao crescente aumento das pandemias de doenças virais, como a Covid-19, H1N1, Dengue e agora a Influenza H3N2. A fragilidade humana baixa imunidade e a falta de higiene, assim como a não vacinação leva aos atuais índices de morbimortalidade dessas viroses.    

           As afecções são de origem viral em 90% e são autolimitadas. As bacterianas são mais comuns a partir da segunda infância (20%), o que na sua maioria respondem bem com o uso de produtos naturais e plantas medicinais, atuando como antivirais ( SCHILCHER, H., 2005)

             Entre as afecções tratáveis com a Fitoterapia temos as gripes, resfriados, faringites, amigdalites, sinusites, bronquites agudas.

             Nos resfriados e “gripes” a Fitoterapia pode ser uma estratégia complementar. Exige-se um diagnóstico diferencial para distinguir de outros casos mais sérios de infecções bacterianas e virais (influenza).

               O quadro clínico é constituído de: mal-estar, mialgia e artralgia, coriza, congestão nasal, irritação e dor de garganta, tosse seca e, às vezes, hipertermia (febre). A Fitoterapia vai agir reduzindo os sintomas de mal-estar geral.

           a) Plantas Medicinais Tradicionais: C.citratus(Capim-marinho), L.albaL. (Erva-cidreira),M.arvensis var. piperacens (Hortelã-menta), E.triplinerve  (Japana-roxa), O. minimum (Majerição), com ação analgésica, antinflamatória, antitérmica e mucolítica dos óleos essenciais ( carvona, mirceno, limoneno). O chá composto em infusão dessas ervas é indicado nas viroses e afecções bacterianas ( SAAD,G.A. et al, 2009).

          Prescrição: L.alba(Erva-cidreira).....folhas frescas.......2 col. sobrem.

         M. arvensis (Hortelã-menta)....folhas frescas...10  folhas

         E. triplinerve(Japana-roxa)....folhas frescas....6  folhas

        O. minimum (Manjericão)....folhas frescas....10  folhas

          Modo de uso:  folhas picadas em 2 copos de água (300ml) fervida, por 10 min. Esfriar. Coar. Tomar 1 xíc.chá, 3xdia, por 10 dias. Nas crianças a quantidades das folhas e de água é a metade, tomar 1 xic. de café, 3xdia. O chá em infusão pode usar para banhos de cabeça e inalação do vapor. (FARMACIA DA TERRA.IEPA, 2005).

         b) Fitoterápicos Tradicionais: A. sativum L (Alho), com ação antisséptica respiratória, do bulbo fresco  ou seco (2 a 4g) em infusão(SAAD,G.A. et al, 2009); S. nigra L (Sabugueiro), com ação sudorífera,  broncodilatadora e expectorante, em infusão das flores secas: C. limon L. (Limão), de ação aromática e expectorante. Coar. Esfriar. Tomar até 6 xíc./dia. Pode se adicionar mel ao preparado. (PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S; ALMEIDA, M.C.,2012)

       c) Outros Tratamentos Complementares: repouso; ingestão de líquido quente (chás); compressas frias e banho rápido nos casos de febre alta; banhos de cabeça com as plantas aromáticas; evitar ar seco no quarto, usando vaporizador de água (SCHILCHER, H., 2005)    

        Nas infecções do trato respiratório inferior (traqueobrônquico), os sintomas são: tosse produtiva, expectoração espessa e mucosa, por vezes amarelada, dispneia , “chiado no peito”, dor torácica anterior (retroesternal), acompanhada ou não de febre.

           A Fitoterapia atuaria, nesses casos, com plantas aromáticas, expectorantes e broncodilatadoras, antibióticas, antissépticas e antitussígenas, melhorando a respiração.,

a)           Plantas Medicinais Tradicionais: A. sativum L.(Alho), como ações antissépticas e antibiótica, nas mesmas dosagens das gripes;B. orellana L. (Urucum), com finalidade expectorante e fortificante pulmonar ,  na forma de lambedor ou sumo de semente de 3 frutos + 1 col. chá de mel;C. ferrea Mart. (Jucá), como lambedor ou chá em decocção, podendo associar com urucum; C. ambrosioides L.(Mastruz), como lambedor ou sumo de 10 folhas (adulto) e 5 folhas (crianças) em ½ copo d’água (75ml); G. barbadense L. (Algodão), lambedor ou sumo de 5  folhas em 2 copo d’água ;B. calycinum Salisb (Pirarucu),  ação antinflamatória e da imunidade, na forma de suco com 3 folhas frescas médias. A dosagem para crianças: 2 folhas em ½ copo d’água, 3xdia (FARMÁCIA DA TERRA.IEPA, 2005; PINTO, J.E.B.P;SANTIGO, E.J.A.; LAMEIRA, O.L). JARBAS ATAÍDE, 17.01.2022

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