PRÓPOLIS NA COVID-19:
RECURSO AUXILIAR NA TERAPIA.
Por Jarbas de Ataíde
Baseado em artigo publicado em 2014,
com o título “Própolis: recurso natural a serviço da saúde” e na
vivencia clínica deste articulista, vamos tecer comentários sobre esse recurso terapêutico
produzido pelas abelhas. A própolis é
tida como um dos produtos naturais mais polivalente em termos de uso na saúde
humana. Foi encontrada nas tumbas dos faraós egípcios, utilizado na mumificação
e preservação dos corpos. Os gregos a referem como “curador de chagas
supuradas”.
É uma resina produzida pelas abelhas a
partir de cascas de árvores, com ampla variedade de ações curativas. Alguns
profissionais a incluem como auxiliar no combate à COVID-19 com bons
resultados, em função da propriedade de seus componentes.
Ela é depositada na porta das colmeias, misturado à cera de abelha, para proteger e defender do ataque de germes (bactérias, vírus e fungos), evitando a contaminação do mel. O mel contém grande percentagem de própolis. Com 45-55% de resinas (flavonóides, ácidos fenólicos e esteróis), 25-35% de elementos das plantas, 10% de elemento essencial (volátil) e 5% de pólen (16 tipos de proteínas, que liberam aminoácidos).
Valendo-se dessas características
ímpares, os terapeutas o utilizam para combater e prevenir doenças, fortalecer
e aumentar a resistência do organismo e atuar no tratamento natural de
patologias agudas e crônicas, como a atual Covid-19.
Estudo realizado no Hospital São Rafael,
Salvador, em pareceria com a Apis Flora, comprovou que a própolis reduziu o
tempo de internação em 50% num grupo de 124 pacientes, além de reduzir lesões
renais.
Segundo
MARCUCI (1995), possui várias ações farmacológicas: antibiótica, antiviral e
antifúngica; antinflamatório e cicatrizante; analgésica. Outras propriedades:
tônico e adaptógeno natural; antidepressivo suave; estimulante das defesas
naturais e do sistema imunológico, eficaz diante das infecções, com ação
bactericida e bacteriostática (Saúde e Bem-Estar através de Elementos Naturais,
Copyright, 1995).
É grande a lista de distúrbios e
doenças tratáveis e controláveis pelo uso da própolis, prescrito pelos
Fitoterapeutas. É bastante eficaz nas infecções das vias áreas superiores
(IVAS), causadas por vírus e/ou bactérias, podendo ser utilizada contra a ação
do SARS-Cov2, inclusive na prevenção de distúrbios circulatórios e trombóticos,
devido a riqueza em flavonóides.
É indicado nas infecções virais
(gripes) que acometem as crianças, inclusive quando evoluem com enterocolites e
intoxicações; inflamações da gengiva; úlceras bucais; úlceras gastrintestinais crônicas,
respondem bem com o uso.
Afirmações como estas em relação as
gripes e resfriados: “o tratamento é apenas sintomático”; “nenhum remédio
“corta” a gripe”; “a gripe é curada pela própria imunidade”, caem por terra com
o uso da própolis nessas doenças.
Especialistas renomados como o Profº e Pediatria
MURAHOVISCHI, J. (1984), indicam “chás com mel e limão, com ou sem alho”,
mostrando que tais medidas não são inócuas e nem placebos, pois contém
princípios ativos capazes de atuar nos agentes causadores dessas infecções.
Waksmam (1953) e Goodman e Gilman
(1955), atribuem ao “antibiótico ideal” 10 itens. A própolis se enquadra em 8
itens: 1)ação seletiva em vários micro-organismos; 2)ação bactericida; 3) atua nas
defesas do organismo, não danificando os leucócitos e nem os tecidos; 4) bom
índice de tolerabilidade; 5) não desenvolve resistência; 6) eficaz por via
oral; 7) fabricação em grande quantidade e por preço razoável, sem
interferência na sua escolha e utilização; 8) uso seguro no ciclo
gravídico-puerperal e na lactação.
A própolis já está no mercado há
décadas, sendo o constituinte de vários produtos: extrato, solução hidro
alcóolica (propolina), xaropes expectorantes (Composto, Fitomelito, Bromelim
própolis), disponíveis aos terapeutas.
Com a permanência da Covid-19, ressurgi a própolis como auxiliar de
tratamento nessa doença viral, que complica com outras comorbidades, que gera
alto custo para o orçamento da saúde pública. Macapá-AP, 21.02.2022. JARBAS DE ATAÍDE.
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