CHAGAS E FERIDAS QUE NÃO
ESTÃO NO CORPO
Por Jarbas de Ataíde
As dores que voltam são como as
experiências que se repetem. Elas nos dão forças e coragem para superá-las. Mas
existem dores que não passam, que permanecem anos remoendo nossa consciência,
causando angustia, sofrimento, dores e doenças emocionais. São as dores da
alma ou espirituais. Para essas dores da alma, quais artifícios ou remédios
para sua superação?
Temos o exemplo de alguns santos (S.
Francisco, Sta. Rita de Cassia, Padre Pio), que pelo desejo sincero e ardente
de se assemelhar à Jesus, desenvolveram estigmas (chagas, feridas) abertas nos
locais das chagas de Cristo , mas assumidas e encaradas por eles como algo
edificante e redentoras, que os tornaram mais fortes e próximos de Deus.
Mas, hoje, as dores emocionais causam
perda de vidas, ceifadas por acidentes, homicídios, suicídios, guerras e
terrorismo. Avaliar esses fatos apenas do ponto de vista policial, pode encobrir
as causas: instabilidade familiar, vícios, falta de repressão policial e
fraqueza moral, ética e espiritual.
As justificativas são várias e
relativas (fome, miséria material, analfabetismo, ausência familiar). Mas a origem
está no âmago da mente, da personalidade e do comportamento doentio, incutidas
no inconsciente, na alma e no espírito humano.
Somos
acostumados a sublinhar ou ignorar a influência da alma na realidade humana. A
Medicina e a Psicologia buscam explicações e intervenções puramente orgânicas e
biológicas. Mas sabemos que intermediando esse mundo interior temos a ALMA HUMANA, única, indivisível,
energética, cósmica, universal e fortemente influenciável.
Quando temos uma grande ferida, uma
chaga aberta, o que fazemos? Procuramos o Médico. Ele abrirá a ferida, fará uma
limpeza profunda, colocará remédio cicatrizante e nos aconselhará a manter o
local limpo para uma perfeita cicatrização. E a nível de alma? Como tratar
essas chagas? O processo é semelhante. É preciso abrir as feridas; saber a
origem; vê-las por dentro. Depois de abertas devem ser limpas. Para essa
limpeza e reforma intima, precisamos usar o “bisturi da VERDADE”.
Com o “bisturi” retiramos os “micróbios”
interiores: a mentira e a negação. A negação é alimentada pela mentira e pelo
medo, que se aproveitam de nossas dores (fraquezas). Agindo sobre a ferida, com
verdadeira intenção de cura, atingimos as dores da alma.
Para dissecar as mentiras e remover as negações
impregnadas no inconsciente, devemos usar a técnica do bisturi usada por JESUS.
Ele nos ensinou a remover o veneno que corrói a alma, através da disposição de
PERDOAR. Primeiro aprender a perdoar a nós mesmos, combatendo o rancor, o
ressentimento, a culpa, a raiva e o medo.
Superado a barreira do perdão, acrescentamos o remédio cicatrizante: o AMOR
a si mesmo e ao semelhante. (Fonte: disponível na internet).
O método
de cura de Jesus precisa ser ensinado desde cedo pelos pais e familiares, com o
fim de fortalecer o caráter, a personalidade e o espírito humano. Se antes de
tudo já existir o remédio cicatrizador das chagas -- o amor -- então o
ingrediente do perdão virá mais rapidamente.
Mas
para a convivência em sociedade, sem distúrbios doentios , precisamos de outros
ingredientes: a cultura, adquirida na família, no estudo (educação), no
trabalho e na espiritualidade; a comunicação,
capaz de dialogar e conviver com as diferenças; o estado de humor, capacidade
de externar o estado de prazer (empatia, satisfação, alegria). Mas quando a
busca é forçada e abrupta, atropelando as etapas do desenvolvimento, na procura
incessante do ser, do ter e do parecer,
pode gerar adoecimento da alma humana. É aí que está a gênese das violências,
do infortúnio e da decadência humana. Fonte: artigo TA, Quando as dores não
estão no corpo, de 01.12.2014. Jarbas Ataíde, 15.04.2022,
Paixão de Jesus.
Fonte: Clara Lins. Site
“Alegres pela força da fé”, 27. 4.2021.
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