sexta-feira, 15 de abril de 2022

SAÚDE EM FOCO - CHAGAS E FERIDAS QUE NÃO ESTÃO NO CORPO

 

CHAGAS E FERIDAS QUE NÃO

 ESTÃO NO CORPO




 Por Jarbas de Ataíde


  As dores que voltam são como as experiências que se repetem. Elas nos dão forças e coragem para superá-las. Mas existem dores que não passam, que permanecem anos remoendo nossa consciência, causando angustia, sofrimento, dores e doenças emocionais. São as dores da alma ou espirituais. Para essas dores da alma, quais artifícios ou remédios para sua superação? 

         Temos o exemplo de alguns santos (S. Francisco, Sta. Rita de Cassia, Padre Pio), que pelo desejo sincero e ardente de se assemelhar à Jesus, desenvolveram estigmas (chagas, feridas) abertas nos locais das chagas de Cristo , mas assumidas e encaradas por eles como algo edificante e redentoras, que os tornaram mais fortes e próximos de Deus. 

          Mas, hoje, as dores emocionais causam perda de vidas, ceifadas por acidentes, homicídios, suicídios, guerras e terrorismo. Avaliar esses fatos apenas do ponto de vista policial, pode encobrir as causas: instabilidade familiar, vícios, falta de repressão policial e fraqueza moral, ética e espiritual.

          As justificativas são várias e relativas (fome, miséria material, analfabetismo, ausência familiar). Mas a origem está no âmago da mente, da personalidade e do comportamento doentio, incutidas no inconsciente, na alma e no espírito humano.

         Somos acostumados a sublinhar ou ignorar a influência da alma na realidade humana. A Medicina e a Psicologia buscam explicações e intervenções puramente orgânicas e biológicas. Mas sabemos que intermediando esse mundo interior temos a ALMA HUMANA, única, indivisível, energética, cósmica, universal e fortemente influenciável.

        Quando temos uma grande ferida, uma chaga aberta, o que fazemos? Procuramos o Médico. Ele abrirá a ferida, fará uma limpeza profunda, colocará remédio cicatrizante e nos aconselhará a manter o local limpo para uma perfeita cicatrização. E a nível de alma? Como tratar essas chagas? O processo é semelhante. É preciso abrir as feridas; saber a origem; vê-las por dentro. Depois de abertas devem ser limpas. Para essa limpeza e reforma intima, precisamos usar o “bisturi da VERDADE”.

        Com o “bisturi” retiramos os “micróbios” interiores:  a mentira e a negação. A negação é alimentada pela mentira e pelo medo, que se aproveitam de nossas dores (fraquezas). Agindo sobre a ferida, com verdadeira intenção de cura, atingimos as dores da alma.        

       Para dissecar as mentiras e remover as negações impregnadas no inconsciente, devemos usar a técnica do bisturi usada por JESUS. Ele nos ensinou a remover o veneno que corrói a alma, através da disposição de PERDOAR. Primeiro aprender a perdoar a nós mesmos, combatendo o rancor, o ressentimento, a culpa, a raiva e o medo. Superado a barreira do perdão, acrescentamos o remédio cicatrizante: o AMOR a si mesmo e ao semelhante. (Fonte: disponível na internet).

       O método de cura de Jesus precisa ser ensinado desde cedo pelos pais e familiares, com o fim de fortalecer o caráter, a personalidade e o espírito humano. Se antes de tudo já existir o remédio cicatrizador das chagas -- o amor -- então o ingrediente do perdão virá mais rapidamente.

       Mas para a convivência em sociedade, sem distúrbios doentios , precisamos de outros ingredientes: a cultura, adquirida na família, no estudo (educação), no trabalho e na espiritualidade; a comunicação, capaz de dialogar e conviver com as diferenças; o estado de humor,  capacidade de externar o estado de prazer (empatia, satisfação, alegria). Mas quando a busca é forçada e abrupta, atropelando as etapas do desenvolvimento, na procura incessante do ser, do ter e do parecer, pode gerar adoecimento da alma humana. É aí que está a gênese das violências, do infortúnio e da decadência humana. Fonte: artigo TA, Quando as dores não estão no corpo, de 01.12.2014.  Jarbas Ataíde, 15.04.2022, Paixão de Jesus.


Fonte: Clara Lins. Site “Alegres pela força da fé”, 27. 4.2021.

 

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