sexta-feira, 8 de abril de 2022

SAÚDE EM FOCO QUALIDADE DE VIDA E O ESTRESSE NEGATIVO

 QUALIDADE DE VIDA E O ESTRESSE NEGATIVO



Por Jarbas de Ataíde

        O mundo está passando por um período conturbado. Os fatos estão aí para interferir na nossa vida e saúde. Estamos no meio de uma pandemia com suas mazelas pessoais e coletivas. Quando pensamos que ia melhorar, surge a eminencia da guerra, causando mal-estar, desilusão e incertezas. E todos persistem e são alimentados pela reação ao estresse. 

       Vários são os fatores, a maioria comportamentais, pois as pessoas não estão dispostas a mudar suas emoções e temperamentos. As transformações estão no íntimo das mentes e dos corações. Precisaríamos mudar nosso estilo de vida para poder ter qualidade de vida. 

       Foi pensando nesse contexto que fiz essa reflexão sobre o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, comemorado dia 6.4.2022, com vistas a melhoria da Qualidade de Vida e saúde. 

       O círculo vicioso do estresse e do pessimismo nos cercam. Procuram tratamentos diversos, dietas mirabolantes, sessões de terapia, curas alternativas, porém sem sair do lugar, permanecendo nas condições, comportamentos e relacionamentos estressantes. 

       Vamos listar alguns desses fatores. O excesso de cerebração, onde a busca por resultados sempre positivos e cobrança excessiva tornou-se comum. O sucesso ficou acima dos limites do corpo e da capacidade mental. O nosso corpo reage, mas a falta de reflexão faz com que soframos o peso das reações e emoções negativas. 

       O ritmo rápido e a reação ao estresse são tão comuns, que sobra pouco tempo para a reação de relaxamento. Sofremos da “Síndrome do Pensamento Acelerado”, onde prevalece o excesso de ação, de esforço e escassez de descontração e repouso. 

        O automatismo, a compulsividade de atividades, tornou-se um fator importante de alienação humana. Os ritmos impostos “pelas máquinas, pelos sistemas cibernéticos, têm seu principal efeito no estresse psíquico e orgânico”. 

         A escassez de relaxamento faz sobrecarregar o sistema nervoso autônomo, que responde como descarga motora e alterações fisiológicas desnecessárias. Surgem, então, uma serie de distúrbios como alterações alimentares, falta de libido, insônia, ansiedade, pânicos, surtos depressivos, comportamentos fóbicos e explosivos (irritabilidade constante). 

          Às vezes ficamos doentes porque buscamos dar muita satisfação a essa sociedade consumista, excessivamente estereotipada, nos cobrando aquilo que não podemos, mostrando o que não somos. Tudo isso gera estresse, doença e insatisfação e decepção.  

        O   excesso de informatização e automação das sociedades modernas limitou a criatividade, os trabalhos manuais e a atividade física, reduzindo as práticas cotidianas mais espontâneas. 

       Para se contrapor a isso, precisamos ter um “estilo de vida construído a partir da maneira diária de nos alimentarmos, investirmos no autoconhecimento, nos relacionamentos com os outros, praticarmos atividades físicas, evitarmos hábitos nocivos”. 

       Devemos buscar a lucidez e a compreensão sadia e real do mundo, do cotidiano, do mercado de trabalho, de investimentos e possibilidade de novos empreendimentos, das regras sociais, dos comportamentos mais sadios, para termos equilíbrio entre indivíduo/sociedade, com níveis de estresse menores e aceitáveis.  

         Tudo isso reflete no nosso estilo de vida, em particular na saúde. “Certos hábitos e comportamentos têm uma relação mais imediata com a saúde”. Com o tempo, esses excessos se manifestarão na forma de doenças físicas, emocionais e comportamentais, reduzindo a qualidade de vida. 

         Essa concepção da promoção da saúde, que deveria começar nas atividades escolares da 1ª infância e nos programas de saúde, foram substituídos por políticas de globalização, pela moda, pelo massivo, pelo consumismo, e não pelo individual, o subjetivo, o familiar e o hábito positivo. 

        O bem-estar e a saúde devem ser o objetivo.  Para termos qualidade de vida de maneira duradoura, precisamos trabalhar nesse sentido, esforçarmo-nos para que isso aconteça”.   Fonte: Rodrigo P.do Rio.  O Fascínio do Stress, 1998). Artigo TA, 20.09.2021.  JARBAS ATAÍDE. 07.04.2022. Dia Nacional da Saúde. 

 

Fonte: internet. 



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