DA COALHADA DO POVO AO QUEFIR DOS NOBRES: SAÚDE E LONGEVIDADE.
Por Jarbas de Ataíde
O
mundo marcado pela pandemia de desamor, de vírus, de guerras sem fim, que nos
causam doenças físicas, morais e sociais; baixam a reação e resistência ao
estresse. As emoções abaladas, a imunidade baixa, num ciclo que gera distúrbios
diversos.
Vem a
pergunta. Mas, onde estará nossa imunidade e resistência? Em parte, na genética
dos nossos antepassados; nos cuidados e prevenção. Na qualidade da alimentação.
Enfim, depende de nossas escolhas e estilo de vida.
Nossos
antecessores, pela sabedoria tradicional, nos ensinaram hábitos e medidas para
vencer as dores e dificuldades, sem depender de terceiros e de parafernália
tecnológica, onde se inclui a Medicina.
Mas
grande parte da indagação feita pode ser respondida através da regularização e
educação alimentar e do funcionamento do intestino. Este tem intima relação e
função neurológica, pois dele resulta a maior produção do neurotransmissor
serotonina, que antes se pensava ser um atributo do cérebro.
Sabemos,
hoje, que um intestino comprometido, preso e desregulado (disbiose) é a origem
de doenças crônico-degenerativas e até emocionais. A inflamação crônica dos
órgãos é a base para o processo de aterosclerose, que causam isquemias
(derrames) e necrose (morte) celular. Os principais fatores que influenciam na
sua microbiota intestinal são: alimentação, pratica de exercícios físicos,
saúde emocional, sono, estresse, genética e imunidade
Estimular
e dar apoio ao sistema de defesa do corpo é o único caminho para vencer as
doenças em geral. Entre essas medidas está o bom funcionamento da função e da
microbiota intestina.
Destaque
a 2 órgãos linfáticos: o timo e o intestino. O timo é ativo na criança, mas regride
com o avançar da idade. Já o intestino é bastante frágil na criança, onde está
em formação a camada ganglionar chamada Placa de Payer, responsável pela
produção de imunoglobulinas (IgA) e anticorpos (Linfócitos T e B), que defendem
o corpo das toxinas, antígenos e germes.
Para
estimular e otimizar a função imune, podemos incorporar na alimentação
substancias chamadas probióticas, como as bactérias boas ou
“’micro-organismos viáveis, capazes de desempenhar funções benéficas ao
organismo do hospedeiro” (CARVALHO, J.C.T., 2017)
Entre
os probióticos mais potentes e empregados tanto pela indústria de laticínios,
quanto pelas populações tradicionais, temos: a coalhada, bebida
fermentada, conhecida de outros nomes por vários povos: maia ( do leite de cabra), quefir (kefir;
coalhada `a maneira síria), iogurte (dos povos balcânicos),que contém
vários micro-organismos benéficos à
saúde.
O
iogurte europeu deve conter: Lactobacillus delbruekii var. bulgaricus, L.
casei, S. thermophilus, L. acidophilus, L. lactis, L. cremoris, Bifidobacterium
e leveduras, também encontrados no quefir, que comprova a sua enorme
potencialidade para o consumo humano.
Apesar
do uso tradicional as propriedades do quefir só foram comprovadas,
cientificamente, em meados de 1907, pelo russo Elie Metchnikoff,
premiado com o Nobel de Fisiologia e Medicina. Ele descobriu, através do
processo de fagocitose (como as células engolem os germes), que algumas bactérias
(bacilos) são fundamentais para a saúde e longevidade humanas. Esses passaram a
ser chamados depois de probióticos.
Partindo
dos estudos de Metchnikoff, foi atribuído várias ações:
a)Antídoto para evitar a fermentação e
decomposição internas, através da produção de ácido lático; b) Combate a gaseificação,
regula a função intestinal e aumenta a resistência; c) Destrói germes patogênicos,
evita inflamação e infecção em órgãos vitais como coração, estomago, intestino,
fígado e rins; d) atua nas doenças do
SNC, pois facilitam a produção de serotonina intestinal ( A. BALBACH; D.
BOARIM, 1992).
Dessa forma, com o intestino regulado e
otimizado, os germes são destruídos, reduz-se a produção de toxinas, que
envenenam o corpo; reduz inflamações e infecções, enterites, colites e constipação intestinal;
promove a absorção de vitamina C e Complexo B, fundamentais para a função neurológica e
imunidade. JARBAS ATAÍDE, 2.5.2022.
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