sábado, 25 de junho de 2022

SAÚDE EM FOCO - SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA -SFC

 

SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA -SFC




Por Jarbas de Ataíde

          Diante de um sistema imune comprometido pelos diversos fatores estressantes, o organismo reage na tentativa de se contrapor aos efeitos deletérios das emoções negativas, má alimentação e poluentes diversos.  Entre essas manifestações temos a Síndrome da Fadiga Crônica-SFC.

         Distúrbio que se manifesta por um conjunto de sinais e sintomas, que acomete duas vezes mais mulheres do que homens, que incluí: cansaço, fraqueza, cefaleia, dificuldade de concentração, dor de garganta, mialgia, artralgia, distúrbios do sono, angustia e sinais depressivos, linfonodos sensíveis e febrícula. Para alguns estudos o diagnóstico é por exclusão, pois as causas ainda não estão bem esclarecidas. ( SAAD,G.A. et al, 2009)

         Em função das manifestações clínicas, há indícios de que a SFC pode ser “indicativa de um sistema imune cronicamente perturbado ou comprometido” e os sintomas manifestam-se nos diversos níveis, tanto psicoemocionais, quanto fisiológicos/biomecânico  ( MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994).

         Portanto, a abordagem fitoterápica no controle da síndrome requer atuar em três processos básicos: plantas que atuam na desintoxicação; plantas que dão apoio imunológico e plantas que estimulam os mecanismos de defesa.    (MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994). A Fitoterapia,  para atingir esses três aspectos, necessita de uma abordagem holística e adotando o princípio do sinergismo e da combinação das plantas.

         No processo de desintoxicação, recomenda-se a “remoção de todos os obstáculos à cura (Hahnemann), “eliminar todos os produtos tóxicos no sistema, e, assim, elevar a vitalidade”(Benedict Lust), diminuição da exposição às toxinas externa (produtos químicos, drogas, toxinas da dieta), que causam alergia alimentar(MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994).

a)           Plantas Medicinais Tradicionais: as plantas que, interferem no apoio imunológico, como a U. tomentosa ( Unha-de-gato) e a T. impetiginosa (Mart. Ex DC)(Ipê-roxo ou pau d’arco); no processo de desintoxicação e depuração, com as ações do   S. nigra (Sabugueiro) e da Smilax sp ( Salsaparinha), e nas funções de eliminação, ajudando o processo metabólico no fígado, a diurese, o intestinal e ação calmante,  com  C. scolymus L (Alcachofra) e a P. incarnata L (Maracujá)

·         Prescrição 1: depuração/apoio imunológico/calmante

           U.tomentosa(Unha-de-gato)....entre-casca.....1,0g

           T.impetiginosa(ipê-roxo)...........entre-casca.....6,0g

          Smilax sp(Salsaparinha)...........raiz...................4,0g

          P. incarnata (Maracujá)............folha fresca.....10,0g

                                                                                   21,0g 

    Modo de uso: decocção das plantas em ½ litro de água, ferver por 5 minutos. Coar tomar 1 xícara 3 a 4xdia.

·         Prescrição 2: apoio imunológico/hepático/depuração

               T. impetiginosa(pau d’arco)....entre-casca.........6,0g

               S.nigra(Sabugueiro)................flor seca..............3,0g

               C.scolymus (Alcachofra)........folha rasurada......9,0g

    Modo de uso: decocção da entre-casca em ½ litro d’água por 5 min. Depois deixar em infusão a flor e a folha rasurada por 10 min. Coar. Tomar 1 xícara 3xdia.

b)           Fitoterápicos Tradicionais: H. canadensis (Hidraste),  com ação imuno-estimulante ( infusão: 6g do pó da planta em 1 litro d’água fervente; ( MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994); E. angustifolia (Equinácea), que estimula o sistema imune( tintura e extrato fluido);  P. ginseng (Ginseng),  G. glabra (Alcaçuz), que possuí ação antiviral e antioxidante(pó da planta; extrato seco padronizado( SAAD,G.A. et al, 2009; PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S; ALMEIDA, M.C.,2012);C. asiática(Centelha),que ativa a circulação periférica e antiateromatosa (SAAD,G.A. et al, 2009)

        c) Outros Tratamentos Complementares: Dietoterapia: o processo de desintoxicação e o apoio ao sistema imunológico atua na eliminação (fígado, rins, intestino, baço), exigindo uma alimentação natural, com comida fresca e sem processamento, com fibras e carboidratos não processados, com ingestão de água natural e alcalinizada (8/10copos/dia); suplementos multivitamínicos/minerais biodisponíveis e absorvíveis, supridos pelas plantas; Ergoterapia: programa de exercícios aeróbicos/alongamentos, estiramentos passivos; Terapias corporais: Yoga e exercícios respiratórios e respiração profunda. Recomenda-se a meditação e reflexão diária, com técnicas de relaxamento, e um sono repousante de 6 a 8 horas.

         Com o suporte e ajuda das plantas citadas na desintoxicação do organismo, no apoio ao sistema imunológico e às defesas naturais, o cérebro vai novamente se adaptando e equilibrando seus mecanismos de controle, renovando as energias, revigorando e dando ânimo.  JARBAS ATAÍDE, 20.06.2022. 

                

 

 

Artigo da semana do – Direito & Cidadania – Igreja amapaense celebra 105 anos de fundação

Igreja amapaense celebra 105 anos de fundação 



Dr. Besaliel Rodrigues

  A Igreja Assembleia de Deus – A Pioneira do Amapá comemora 105 (cento e cinco) Anos de funcionamento em terras tucuju. Junho é o mês mais importante para a historiografia do pentecostalismo brasileiro, pois no dia 18 deste mês que, em 1911, foi fundada pelos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg a Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil, em Belém do Pará.

  No Amapá, a Assembleia de Deus também foi fundada no mês de junho, no dia 27, do ano de 1917, pelos Obreiros Clímaco Bueno Aza e Manoel José de Matos Caravela. Inclusive foi a primeira igreja evangélica a se instalar em terras amapaenses.

Em 1917, Macapá era um município do interior do vizinho Estado do Pará. Esquecido pelo poder central, a população sofria com a malária, febre amarela, tuberculose e hanseníase. Os habitantes de Macapá não chegavam a 1.000 (mil) moradores.

  Macapá era um verdadeiro pântano. Uma grande ressaca dominava a paisagem central, andava-se sobre pontes onde hoje é o centro da Capital.

  Foi neste cenário não muito convidativo que aqui primeiramente aportou Clímaco Bueno Aza, no dia 26 de maio de 1916, para fazer uma primeira visita. É o primeiro registro oficial de um evangélico em terras amapaenses. 

  Sob a acusação de trazer discórdia religiosa, o Padre Júlio Maria Lombaerd, mandou que o delegado-geral da época encarcerasse Clímaco na Fortaleza de Macapá. Só com a ordem do Dr. João Batista de Miranda, Juiz da Comarca de Belém (Icoaraci), Clímaco recebeu o alvará de soltura.



  No ano seguinte, em junho de 1917, chegava em Macapá Manoel José de Matos Caravela, com o objetivo de implantar a Assembleia de Deus aqui. No dia 27 daquele mês, as primeiras pessoas locais aceitaram a Jesus, num culto realizado nas proximidades da Alameda Serrano, no Centro. No dia 30 de junho, a primeira pessoa foi batizada com o Espírito Santo.

  No natal de 1917, era uma terça-feira, estando presentes alguns curiosos e um comerciante local, judeu, o coronel Leão Zagury. No Igarapé da Doca da Fortaleza, na época próximo à atual ponte da Rua Cândido Mendes com a Av. Mendonça Júnior, foi realizado o primeiro batismo nas águas, com 5 (cinco) recém conversos. No transcorrer do ato litúrgico ocorreu um fato extraordinário. A irmã Raimunda Paula de Araújo, quando saía das águas batismais, foi batizada também com o Espírito Santo e começou a falar em línguas estranhas (hebraico). Leão Zagury que estava observando aquele ato, compreendeu a  língua que a aquela mulher indouta falava. Com voz muito forte ele bradou: “Eis que vejo a glória do Deus de Israel neste lugar, pois esta mulher fala em minha própria língua”.

  De lá para cá a Igreja cresceu poderosamente. Entre as décadas de 1920 a 1940, o trabalho evangelístico foi desenvolvido por diversos Obreiros Itinerantes, a saber: SAMUEL NYSTRÖM, DANIEL BERG, NELS NELSON e os pastores: CRISPINIANO MELO, JOSÉ FELINTO, JOSÉ MORAIS, AMARO MORAIS, FRANCISCO GASPAR, FRANCISCO VITOR, APOLINÁRIO COSTA, JOSÉ LOURENÇO, JOVINIANO LOBATO E JANUÁRIO SOARES.

  Daí em diante, os pastores fixos (residentes) começaram a se suceder na seguinte ordem: 1º) Flavio Monteiro; 2º) João Alves; 3º) Deocleciano Cabralzinho de Assis; 4º) José Pinto de Menezes; 5º) Vicente Rego Barros; 6º) Ananias Gomes da Silva; 7º) Otoniel Alves de Alencar; até chegar ao atual e 8º) Oton Miranda de Alencar.

  No ano de 2017, a Igreja celebrou seu Centenário, com um grandioso evento realizado na Capital e em todos os municípios do Estado, com repercussão em todo o Brasil.

  Hoje, ao celebrar os seus 105 (cento e cinco) Anos, a Igreja Assembleia de Deus – A Pioneira está consolidada. O Templo Central está localizado na Rua Tiradentes, nº 532, no Centro de Macapá. Possui mais de 150 (cento e cinquenta) Congregações na Capital e cerca de 50 (cinquenta) Campos Regionais em todos os municípios do Estado do Amapá. Ainda, possui dezenas de Campos regionais e missionários espalhados pelo Brasil e em outros países.

  Além dos diversos departamentos internos (círculos de orações, jovens, adolescentes, crianças etc.), possui vários órgãos eclesiásticos, tais como: A Convenção UFIADAP, O Bom Samaritano, Academia de Letras, EETAD e SETAD etc.

  Parabéns à referida Entidade pelos seus 105 Anos!

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Pacote para turbinar benefícios sociais pode esbarrar em restrições eleitoral e fiscal

Pacote para turbinar benefícios sociais pode esbarrar em restrições eleitoral e fiscal

 


 

A 100 dias das eleições, criação de uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil tem como entrave a legislação eleitoral

BRASÍLIA - Em busca de amenizar o custo político da disparada dos combustíveis, a proposta do governo de turbinar benefícios sociais, incluindo a criação de uma bolsa-caminhoneiro de até R$ 1 mil por mês, a 100 dias das eleições, esbarra em restrições jurídicas e fiscais, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão.

A reportagem apurou que as movimentações têm sido acompanhadas com lupa por membros do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão que fiscaliza o uso do dinheiro público.

A legislação eleitoral determina que, no ano em que se realizam as eleições, fica proibida a distribuição gratuita de bens ou benefícios pela administração pública. As únicas exceções são programas sociais que já estejam em curso. Fora isso, é preciso que o governo publique um decreto de “estado de calamidade pública” ou de “situação de emergência”.

Na avaliação do líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), a criação do benefício não exigiria nenhum tipo de decreto pelo governo federal, porque se trata de uma situação emergencial internacional – a guerra entre a Rússia e Ucrânia, cujo conflito se iniciou há quatro meses – já instaurada e que tem exigido movimentos de todos os países em programas sociais e de compensação devido à alta dos combustíveis.

“O decreto de calamidade da pandemia, que envolvia vários segmentos da sociedade, era recomendado. Mas não podemos abrir a porteira agora por causa de um problema específico, que é do segmento de combustível, para isso não virar uma festa nos municípios”, disse Portinho à reportagem. “Eu entendo que a questão é emergencial e internacional. Não dá para esperar as eleições. Não há necessidade de decreto.”

O plano em análise neste momento é usar os R$ 29,6 bilhões previstos na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis e que seriam destinados à compensação de Estados que zerassem o ICMS sobre diesel e gás até dezembro deste ano. A preocupação do governo é de que o dinheiro chegue à mão da população, em vez de ser repassado aos governos estaduais e, assim, não surtir o efeito esperado nas urnas.



Além da bolsa-caminhoneiro de até R$ 1 mil, que seria dada mensalmente até dezembro, o governo quer usar esses recursos para ampliar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e, ainda, dobrar o valor do vale-gás (hoje, de R$ 53 a cada dois meses).

“É um conjunto de iniciativas, entre todas que estão sendo debatidas, para que caiba dentro dos R$ 30 bilhões da PEC do Ministério da Economia”, afirmou o senador. “Temos o receio de que os Estados estejam insensíveis com a população. Não adianta isso não chegar na ponta da sociedade. É preciso que o benefício chegue a quem precisa.”

 

Gasto transitório ou permanente?

Na avaliação do diretor da Instituição Fiscal Independente, Daniel Couri, ainda que a criação da bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil possa ser questionada pela proximidade da eleição, do ponto de vista fiscal, ela seria permitida desde que o benefício seja criado por uma PEC, que é a intenção do governo.

"Pode-se argumentar que esse novo auxílio aos caminhoneiros fere a legislação eleitoral, mas isso pode ser resolvido via PEC", diz. "Agora, continua sendo um gasto fora do teto de gastos – isso porque já era extra-teto se esse valor fosse usado para compensar os Estados, só muda o destino do dinheiro. O governo não tem espaço fiscal para gastar R$ 30 bilhões."

A grande preocupação, avalia Couri, é que ainda que as propostas na mesa tenham data de validade – até o fim do ano –, há grandes chances de se tornarem gastos permanentes. Um exemplo é o próprio Auxílio Brasil, que inicialmente teria o valor de R$ 400 apenas em 2022; mas, em abril, uma medida provisória tornou esse piso permanente.

"Essas medidas têm um custo fiscal relevante e a gente já teve prova de que reduzir gastos sociais é difícil. Ainda que seja temporário, cria-se um risco de que esse gasto permaneça em 2023, na próxima gestão, como se você estivesse aumentando o sarrafo”, diz Couri.

 

 


Seminário Internacional de Direito Eleitoral e Ambiental promovido pelo TRE-AP debate a “Evolução do Direito Ambiental e seu Impacto nas decisões Judiciais”

Seminário Internacional de Direito Eleitoral e Ambiental promovido pelo TRE-AP debate a “Evolução do Direito Ambiental e seu Impacto nas decisões Judiciais”



eventointerncionadldireitotretjao_46.JPGO Auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), no centro da cidade, iniciou, na noite desta quarta-feira (22), o 1° Seminário Internacional de Direito Eleitoral e Ambiental Amazônico. Com palestra magna proferida pelo desembargador Henrique Osvaldo Pereti, sobre o tema “A Evolução do Direito Ambiental e seu Impacto nas decisões Judiciais”, o evento foi aberto pelo presidente do TRE-AP e decano da Justiça do Amapá, desembargador Gilberto Pinheiro, e contou na mesa de honra com a presença do desembargador-presidente Rommel Araújo, do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). (VEJA A CERIMÔNIA NA ÍNTEGRA)

                                            

eventointerncionadldireitotretjao_14.JPGEm seu discurso de abertura, o desembargador Gilberto Pinheiro agiu como um bom anfitrião e apresentou uma pequena amostra do Amapá aos presentes. “A capital do Rio-Mar, cortada pela linha do equador, torna-se neste momento o centro cultural do Direito Ambiental Amazônico e do Direito Eleitoral”, registrou. “Sentimo-nos muito honrados por reunir tantas personalidades do mundo jurídico nos contextos da Amazônia, do Brasil e da América do Sul, inclusive o ilustre conferencista, e amigo de longa data, desembargador Enrique Peretti”, complementou.

 

Pedindo perdão pela ausência de modéstia quando trata de Macapá, o magistrado apresentou diversos elementos da cultura amapaense, desde a gastronomia ao ritmo e música do Marabaixo, da Fortaleza de São José aos círculos megalíticos no Parque Arqueológico do Solstício, o magistrado concluiu sua fala de abertura em homenagem inevitável: “não poderia deixar de reverenciar a minha terra natal, a minha Macapá, cujo maior patrimônio são a simplicidade, pureza e ternura de nosso povo e sua interação com nossa natureza”.

eventointerncionadldireitotretjao_45.JPGAinda na cerimônia de abertura, antes da palestra ser iniciada, o desembargador Gilberto Pinheiro recebeu um presente surpresa: o artista plástico Erivelton Maciel entregou-lhe uma pintura que celebra seu trabalho na promoção da cultura, da arte, do Direito e do povo do Amapá.

eventointerncionadldireitotretjao_47.JPGO magistrado palestrante do dia, desembargador Enrique Peretti, atuou como membro do Superior Tribunal de Justiça da Província de Santa Cruz, na Argentina e é professor do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental na Universidade de Buenos Aires. Autor de livros e artigos acadêmicos centrados no Direito Ambiental, ele iniciou sua fala anunciando que “o Direito Ambiental tem uma evolução vertiginosa, mas ela não tem um ponto de chegada, apenas um ponto de partida”.

eventointerncionadldireitotretjao_51.JPGCom essa evolução, profundas transformações estão ocorrendo e elas implicam em desafios para todos os operadores do Direito, mas especialmente para os membros do próprio Poder Judiciário”, advertiu. “Nos últimos anos fomos testemunhas dessa mudança cujo maior desafio é dar efetividade ao Direito Ambiental e à consequente Proteção do Meio Ambiente”, defendeu.

O seminário ainda abordará temas como o Sistema Eleitoral Brasileiro, Processo Eleitoral Brasileiro e Francês, Medidas Cautelares em Direito Eleitoral e Direito Eleitoral Comparado.

Também integraram a mesa de honra: o procurador do Estado do Amapá Diego Bonilla, em representação ao governador Waldez Góes; o deputado Paulo Lemos, em representação presidente da ALAP, deputado Kaká Barbosa; a juíza auxiliar da Presidência do TSE, Flávia Viana da Costa, em representação ao presidente, ministro Edson Fachin; o general de Brigada Albin Gobert, comandante da Brigada Foz do Amazonas; o desembargador Enrique Peretti, palestrante da noite; a Vice-Presidente para Assuntos Legislativos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juíza Elayne Cantuária; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/Secção Amapá (OAB/AP), advogado Auriney Brito.

 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Saiba as diferenças entre coligação e federação partidária

Saiba as diferenças entre coligação e federação partidária



Entenda a diferença entre coligação e federação partidária e saiba o que muda a partir das eleições de 2022

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu na última quarta-feira (9) referendar o instituto da federação partidária. Com isso, diversos partidos podem se aliar para concorrer às eleições. O mecanismo é diferente das coligações, em que os partidos se alinham sem garantia de permanência do bloco. No caso das federações, as formações criadas permanecem após as eleições.

 

Veja a seguir em que consistem as federações e as coligações partidárias, quais as diferenças entre elas e o que muda com a nova regra nas eleições de 2022.

O que são federações partidárias

As federações partidárias são parcerias com natureza permanente. Elas são formadas por partidos que têm afinidade programática e duram pelo menos os quatro anos do mandato. Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.

 

Além disso as federações devem ter abrangência nacional, o que também as diferencia do regime de coligações, que têm alcance estadual e podem variar de um estado para outro.

O que são coligações partidárias

Coligações são parcerias em que os partidos se alinham sem garantia de permanência do bloco. As coligações têm natureza eleitoral, são efêmeras e se extinguem após as eleições. Os partidos ainda podem se coligar para lançar candidatos nas eleições majoritárias: para prefeito, governador, senador e presidente da República.

 

 

 

Nas eleições proporcionais (vereador, deputado estadual, deputado distrital e deputado federal), não há possibilidade de coligação. Os partidos que quiserem se unir antes da eleição devem formar federações.

 

Qual a diferença entre federação partidária e coligação

Segundo o especialista em direito eleitoral, Francisco Emerenciano, a diferença entre federação e coligação é que no caso da federação se estabelece um tempo, um lapso temporal que o partido necessariamente caminhará junto. "No caso das coligações é uma união pontual para o processo eleitoral, passada as eleições, as coligações se desfazem. No caso da federação, passada as eleições, as federações se manterão até o final da legislatura seguinte. Então, essa é a diferença básica. Em relação ao prazo, essa extensão de prazo concedida a esse ano, que era o pleito, sobretudo, de PT, PSB, isso servirá para tentar chegar em um consenso e de alguma forma resolver essas questões pontuais, regionais, e fazer com que esses partidos consigam. Resolvendo isso se unirem à federação", explicou.

 

Segundo o especialista, o instituto da federação foi aprovado com o intuito de manter no jogo político aqueles partidos que certamente não alcançariam a cláusula de desempenho no próximo processo eleitoral. "Esse era o intuito inicial da federação. Me parece que isso é efetivamente para esses partidos, mas além desses partidos se percebe no processo eleitoral atual é que alguns grandes partidos têm implementado conversas para formar a federação e com conversas mais avançadas, outros ainda bem maduras, com aquela dificuldade natural de grandes partidos que têm lideranças regionais e cada um puxa para o seu lado e, em decorrência disso há uma dificuldade maior de se punir em federação", disse.

O que muda nas eleições de 2022

No pleito de 2022, as federações já vão valer para as eleições de deputado estadual, distrital e federal.  Nas eleições municipais que acontecerem dois anos após a formação das federações para eleições gerais, eleas (as federações) deverão ser levadas em nas candidaturas para vereador, já que essas eleições estarão dentro do prazo de validade das federações.

 

 

TSE libera candidatura 'avulsa' ao Senado, mas veda coligações cruzadas

TSE libera candidatura 'avulsa' ao Senado, mas veda coligações cruzadas

 



Corte definiu que partidos podem lançar candidaturas próprias ao Senado desde que a coligação não abranja as duas vagas (de governador e de senador)

 

O TSE definiu que partidos coligados em apoio a um concorrente a governador podem lançar candidaturas próprias ao Senado desde que a coligação não abranja as duas vagas (de governador e de senador).

 

A decisão veio após consulta que questionava se as coligações deveriam ter apenas um concorrente também na disputa ao Senado ou se poderia haver mais de uma candidatura à Casa Legislativa.

Apesar de permitir as candidaturas próprias, o TSE vetou as chamadas coligações cruzadas. Ou seja, os partidos da mesma aliança podem lançar mais de um candidato ao Senado, mas não podem criar coligações paralelas em torno dessas candidaturas "avulsas".

A consulta foi feita pelo deputado federal Waldir Soares de Oliveira (PSL-PR) e deve ter impacto em diversos estados onde não há consenso sobre lançar apenas um nome para o Senado dentro das coligações.

 

O relator, ministro Ricardo Lewandowski, e os ministros Sérgio Banhos e Edson Fachin defenderam, além da candidatura avulsa, a possibilidade da coligação cruzada. Porém, eles tiveram os votos vencidos, nesse ponto, pelo entendimento dos ministros Mauro Campbell Marques, Alexandre de Moraes, Carlos Horbach e Benedito Gonçalves.

 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Famílias extrativistas do alto Araguari recebem kit de energia solar

Famílias extrativistas do alto Araguari recebem kit de energia solar

 


 

A instalação de kits de energia solar foi uma parceria do Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena e o Projeto Pisco de Luz

 

Apoiado pelo Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - Iepé, a ONG Pisco de Luz instalou placas de energia solar nas casas ribeirinhas de 23 famílias da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari, que não possuem fornecimento de luz. As casas ficam localizadas no alto do Rio Araguari, entre a Floresta Nacional do Amapá e Floresta Estadual do Amapá.  


 

“Esse foi mais um passo para a nossa comunidade. É a primeira vez no Araguari que estamos saindo da lamparina para uma energia limpa. É uma vitória!”, declara Arlete Leal, presidente da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari.


A iniciativa, conta com o apoio da Fundação Rainforest da Noruega e leva energia elétrica através de uma fonte renovável.

 


As famílias beneficiadas pela iniciativa são de baixa renda. Uma solução para ter eletricidade é o gerador movido a combustível, porém, com o alto custo da gasolina e da máquina, tem sido impossível mantê-lo. “A gente não pode mais usar gerador como antigamente, a gasolina está muito cara”, relatou Sueli Pantoja.


Antes da instalação dessas placas solares, as famílias beneficias pelo projeto Pisco de Luz utilizavam lamparinas a querosene para iluminação noturna. Esse combustível é prejudicial à saúde e pode trazer o risco de incêndios, principalmente em casas de madeira, que são a maioria na região.

 

Para Alex Cirqueira, voluntário da Pisco de Luz, o projeto vai ajudar as pessoas que moram às margens do rio: “Diferente da lamparina, que por conta da poluição da fumaça faz mal à saúde, as placas solares produzem uma energia limpa e renovável”.

 

O estado do Amapá tem grande histórico de falta de eletricidade. Em municípios onde há o abastecimento, é comum a falta de energia e há comunidades isoladas onde não há sequer fornecimento. Mesmo com três hidrelétricas a poucos quilômetros das casas das ribeirinhas, a energia não chega nas margens do rio Araguari. As placas solares trazem maior estabilidade elétrica e segurança para essas famílias.



Meriaci Soares, a Maroca, foi a primeira da associação a receber o kit solar. Ela destaca a grande mudança na vida dela e de sua família. “A gente vivia no escuro, era difícil fazer as coisas, a gente tinha medo. Mas, hoje eu estou feliz demais, nos acostumamos com a luz”, afirma a extrativista.

 

O kit de energia solar é composto por uma pequena placa fotovoltaica de 10W conectada a um circuito inteligente capaz de controlar até sete ambientes, uma bateria de lítio de 8W, cinco luminárias de LED e interruptores distribuídos pelos cômodos das casas. Com pelo menos de duas horas de sol, a bateria é carregada totalmente e fornece iluminação por até cinco noites.

 

 

Sementes do Araguari - A Associação das Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari é formada por famílias da região, no município de Porto Grande, e produz cosméticos, como sabonetes e unguentos, a partir dos produtos da floresta e conhecimentos tradicionais. Anos atrás, algumas das famílias trabalhavam para o garimpo, mas hoje, estão ligadas a uma economia que tem como foco manter a floresta em pé.

 

 

 

Texto: Maria Silveira / Fotos: Maria Silveira / Vídeo: Decio Yokota

 

Covid-19: Quem teve dengue tem mais chances de ter sintomas?

 Covid-19: Quem teve dengue tem mais chances de ter sintomas?

 


Anticorpos da dengue não protegem contra a Covid-19. Estudo foi realizado por pesquisadores da USP, em 1.285 moradores do município de Mâncio Lima (AC)

 

Pessoas que tiveram dengue são duas vezes mais propensas a desenvolver sintomas da Covid-19. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Foram analisadas amostras sanguíneas de 1.285 moradores do município de Mâncio Lima, no Acre, onde o grupo trabalha na investigação de outras doenças. 

A motivação para a pesquisa se deu a partir de dois estudos, um americano e outro brasileiro, que sugeriram que a infecção prévia por dengue poderia ser um fator protetor contra o coronavírus.

Diante disso, o primeiro passo do estudo pela USP foi verificar a presença de anticorpos contra o vírus da dengue em amostras de outubro de 2019 e da Covid-19 em novembro de 2020, através de testes de sorologia com as mesmas pessoas analisadas. A pesquisadora Vanessa Nicolete, autora principal do estudo, explica que a possibilidade de uma reação cruzada foi descartada e o porquê das pessoas que foram infectadas com dengue têm maiores chances de serem sintomáticas para o coronavírus.

A idade é outro fator relevante que foi considerado no estudo. Em geral, quanto mais velho, maior a chance de ter sido exposto à dengue. “Assim como vemos na população em geral, todas as idades são predispostas a ter anticorpos. Porém, em relação à infecção por Sars-Cov-2, os mais velhos foram os que apresentaram mais sintomas durante a pesquisa”, afirma Vanessa.

Os pesquisadores ainda não sabem quais são as causas do fenômeno, mas apontam duas hipóteses. Uma delas seria biológica: os anticorpos contra o vírus da dengue poderiam estar favorecendo de algum modo o agravamento da Covid-19. A outra é sociodemográfica: populações estariam mais vulneráveis às duas doenças por características diversas.

De acordo com o médico especialista em dengue, Werciley Vieira Junior, o vírus da Covid-19 hiper estimula o sistema imune produzindo citocinas, que são proteínas inflamatórias. “A dengue hipersensibiliza nossa capacidade de produzir essas proteínas e, com isso, favorece um processo inflamatório mais intenso da Covid-19. E, automaticamente, com os processos inflamatórios mais intensos, os sintomas são maiores”, explica.

Como diferenciar a dengue da Covid-19?

Muitas pessoas costumam confundir os sintomas iniciais da Covid-19 com a dengue. Werciley Vieira Júnior explica o porquê dessa associação entre as doenças. “Os sintomas iniciais da Covid-19 são um quadro gripal que pode vir com mialgia, que é a dor no corpo, pode vir com dor de cabeça e dor nas juntas. E a dengue tem como marcante a febre, dor no corpo e dor nas juntas. Porém a proporção de dor na junta é muito maior na dengue do que na Covid-19, e a febre da dengue é bem maior.”

A dengue é transmitida ao ser humano a partir da picada do mosquito Aedes Aegypti que se desenvolve em água parada. No caso de locais com bastante incidência, como no Acre, o especialista em dengue destaca ainda alguns pontos para aumentar a proteção contra a doença. “Usar repelente e tela mosquiteira para evitar a entrada do mosquito já ajuda. Mas a melhor forma é diminuir os criadouros, seguindo as condutas de evitar água parada e evitar jogar lixo onde não se deve. Inibindo os criadores, diminuímos a taxa de proliferação do mosquito.”

O mosquito da dengue põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.

De acordo com o Boletim Epidemiológico n° 21 do Ministério da Saúde, atualmente o Brasil tem 348.508 casos de dengue. Em comparação com o ano de 2020, houve uma redução de 57,4% de casos registrados para o mesmo período analisado. Esta diminuição pode ser consequência do receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde durante a pandemia da Covid-19, bem como um possível atraso nas notificações das doenças pelas equipes de vigilância e assistência para o enfrentamento da pandemia.

Ranking de casos de dengue no Brasil (por incidência)

Estado

Estado

Casos

incidência (casos/100 mil hab.)

1

Acre

13653

1526,4

2

Goiás

30441

427,9

3

Mato Grosso do Sul

11071

394,1

4

Paraná

38376

333,2

5

Mato Grosso

10951

310,6

6

São Paulo

132665

286,6

7

Distrito Federal

7276

238,2

8

Santa Catarina

16693

230,2

9

Amazonas

5667

134,7

10

Bahia

17791

119,2

11

Ceará

9857

107,3

12

Pernambuco

9674

100,6

13

Espírito Santo1

3781

93

14

Minas Gerais

19240

90,4

15

Tocantins

1378

86,7

16

Paraíba

2785

68,9

17

Rondônia

1201

66,9

18

Rio Grande do Sul

7618

66,7

19

Rio Grande do Norte

1353

38,3

20

Piauí

823

25,1

21

Pará

2072

23,8

22

Roraima

101

16

23

Alagoas

436

13

24

Rio de Janeiro

1972

11,4

25

Maranhão

760

10,7

26

Amapá

89

10,3

27

Sergipe

230

9,9

Desse total, foram confirmados 152 casos de dengue grave (DG), 1.984 casos de dengue com sinais de alarme (DSA) e 105 óbitos. 



Fonte:
Brasil 61

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