segunda-feira, 29 de junho de 2015
EDITORIAL
Desarranjos Elétricos
Depois da tal federalização, a Companhia de
Eletricidade do Amapá se transformou num violento ‘tsunami’, que pegou os
amapaenses de surpresa, resultando em sucessivos apagões, prejuízos de toda
ordem, e um emaranhado de falácias cativantes e verdades ‘sem graça’ que tem
confundido a razão e a paciência de todos nós.
São mentiras deslavadas e informações
inverídicas para justificar os sucessivos aumentos na tarifa energética do
Estado. Tanto, que nesta segunda-feira (29), os deputados vão apertar o
presidente da CEA, num debate acalorado em que deverão protestar, cobrar
responsabilidades e tentar encontrar uma solução para tamanha falta de respeito,
afinal, o povo do Amapá está cansado das constantes interrupções e apagões que já
viraram rotina por aqui. Os parlamentares falam até em criar uma central de
assessoramento jurídico para atender os maltratados consumidores, e se
necessário, entrar com ações judiciais contra a CEA, para o devido
ressarcimento dos bens perdidos pelas indesejáveis quedas de energia.
É importante ressaltar que atualmente o
Estado do Amapá já possui uma das mais caras tarifas elétricas do Brasil. Enquanto
isso, só aumenta a lista de imoralidades e irregularidades cometidas pela CEA,
alvo de uma série de denúncias, para as quais a Estatal se justifica acusando o
alto custo da geração de energia que subiu muito
em função da recente alta de 46% na energia, do uso maior de termelétricas e
devido ao corte do repasse de verbas da União para subsidiar a energia aos mais
pobres.
A Companhia de Eletricidade do Amapá é uma
estatal federalizada, mesmo assim, se mostra ineficiente e improdutiva, e o
pobre contribuinte daqui, que efetivamente paga seus tributos, já não aguenta
mais.
A CEA era uma daquelas estatais obsoletas que
ainda subsistiam no Brasil. Era um desastre, e hoje sustenta a primeira posição
no ranking nacional de interrupção de energia, com uma média altíssima de
apagões por ano.
O mais aviltante, é que a dona CEA, mesmo
ligada ao linhão de Tucuruí, reclama de dificuldades, sem falar que com a
federalização a empresa saiu da inadimplência, acessou fundos do governo
federal para investimentos, como a interconexão do Amapá ao Sistema Interligado
Nacional (SIN) de distribuição de energia, recebeu a injeção de mais de R$ 25
milhões do governo do Estado, que assumiu a dívida com a Eletronorte, numa
operação deficitária que no final das contas será paga com dinheiro do
consumidor. No fundo isso tudo virou, aqui no Amapá, uma exploração sistemática
da CEA, com nítidos aumentos inexplicáveis nos custos de eletricidade,
colocando pressão financeira sobre o consumidor, sem a garantia de melhorias
nos serviços.
O problema mais grave, contudo, é o custo das
contas, além do que, os clientes são fundamentalmente incapazes de dar sentido
aos aumentos, e a CEA não fornece qualquer explicação, a fora a sugestão
implausível de que eles têm consumido mais.
Não tem explicação. E o que é ainda pior, a
presidente Dilma Rousseff decidiu abandonar o pilar do ‘novo modelo do setor
elétrico’, criado em 2012, baseado em subsídios do Tesouro à tarifa de energia,
mas não resolveu mudar o que nunca existiu, nem mudar o que realmente foi
feito. O que fez foi cortar o aporte do Tesouro à Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) e jogar os gastos nas costas dos consumidores de energia –
residenciais e industriais. Além do aumento anual, que já é um estupro nos
orçamentos das famílias e empresas, o consumidor de eletricidade terá que arcar
com o aumento provocado pela tal ‘bandeira tarifária’, além do que, os
consumidores terão de pagar, também, os empréstimos aos bancos que as
distribuidoras de energia tomaram em 2014. Em um discurso, em 2012, a
mandatária petista, em mais uma de suas mentiras ao povo, enrolou o país
bradando: “Não se surpreendam que esta
nova arrancada se dê no mesmo momento em que o mundo se debate em um mar de
incertezas. Vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem
notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica das indústrias e dos
consumidores domésticos. A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de
energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata”.
Durma-se com esse barulho, ou melhor, conviva-se
nessa calorenta escuridão.
ANÁLISE
O
Pico do Solo e a degradação da biocapacidade
“É
preciso meio milênio para construir dois centímetros de solo vivo
e apenas segundos para destruí-lo”. (Stephen Leahy, 2013)
e apenas segundos para destruí-lo”. (Stephen Leahy, 2013)
A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu 2015 como Ano
Internacional dos Solos. É uma tentativa de chamar atenção para a riqueza e a
fragilidade deste patrimônio natural que tem sido usado como um recurso próprio
dos interesses egoísticos da humanidade. Os solos do mundo têm sido degradados
pelo crescimento urbano, da agricultura e da pecuária. O dia 5 de dezembro foi
instituído Dia Mundial do Solo.
Segundo a Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os índices de degradação e
contaminação do solo são preocupantes: 33% das terras do planeta estão degradadas,
por razões físicas, químicas ou biológicas. Sem o solo fértil, a humanidade
ficaria privada de fontes de alimentação e haveria dramática perda de
biodiversidade, comprometendo o bem-estar econômico, social e ambiental,
especialmente das populações mais pobres. Como mostrou Stephen Leahy (2013): “É preciso meio milênio para construir dois
centímetros de solo vivo e apenas segundos para destruí-lo”.
Enquanto um terço das terras
aráveis do mundo tornaram-se improdutivas, há a necessidade de aumentar a
produção de comida para alimentar mais de nove bilhões de pessoas previstas até
2050. Haverá a necessidade de 60 por cento mais calorias. Porém, não há vida
sem solo. Um punhado de solo pode conter meio milhão de espécies diferentes,
incluindo formigas, minhocas, fungos, bactérias e outros microrganismos. Sem
solo não podemos sustentar a vida humana e das demais espécies.
Segundo o relatório Planeta Vivo,
da WWF, em 1961, a pegada ecológica global per capita era de 2,4 hectares
globais (gha) e a população mundial era de 3,1 bilhões de habitantes, sendo a
biocapacidade per capita de 3,7 gha. Desta forma, a humanidade ainda estava
utilizando 63% da capacidade regenerativa da Terra, havendo certa
sustentabilidade ambiental. Em 1975, a pegada ecológica e a biocapacidade per
capita passaram, respectivamente, para 2,8 gha e 2,9 gha. A partir desta data
as atividades antrópicas ultrapassaram os limites biológicos da Terra. Em 2010,
a pegada ecológica per capita mundial ficou em 2,7 gha e a biocapacidade em 1,8
gha, sendo que a população global chegou a quase sete bilhões de habitantes.
Portanto a humanidade estava usando um planeta e meio em 2010. Já existe
déficit de biocapacidade. A sobrecarga humana também é retrata na metodologia
das fronteiras planetárias.
Uma das bases da biocapacidade do
Planeta é o solo que fornece quase todos os alimentos da população mundial,
pois apenas um por cento das calorias vêm dos oceanos. O solo também pode
absorver grandes quantidades de carbono, perdendo apenas para os oceanos. Ao
contrário, a erosão libera carbono no ar. Mas com boas práticas e decrescimento
das atividades antrópicas, o solo pode ser um lugar seguro. O reflorestamento
com espécies nativas e o crescimento das plantas podem recuperar os terrenos,
sequestrar carbono e liberar oxigênio. A recuperação dos solos passa também
pela permacultura, a agricultura orgânica e um redimensionamento das atividades
antrópicas.
A agricultura primitiva surgiu no
Crescente Fértil (região do atual Oriente Médio) e avançou para as várzeas dos
rios, onde o ciclo de cheias garantia a fertilização da terra. Com o
crescimento populacional as plantações avançaram sobre as florestas, utilizando
a riqueza orgânica produzida em milhares de anos. Mas no começo do século XX, a
indústria de fertilizantes químicos passou a fornecer os adubos químicos e os
agrotóxicos necessários para a expansão agrícola. Novos solos foram
incorporados e a produção mundial aumentou. Mas este modelo tem dois ‘Calcanhares
de Aquiles’. Um é a dependência aos recursos fósseis (não renováveis). O outro
é a poluição provocada pelos elementos químicos utilizados: nitrogênio, fósforo
e potássio.
A agricultura altamente
tecnificada e petrificada não se sustenta no longo prazo, pois não terá solo
para se reproduzir. Segundo o próprio diretor-geral da Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano: “A agricultura atual não é sustentável”.
Desta forma, é preciso evitar o “pico do solo”, combater a erosão, a poluição
química e recuperar a biocapacidade da Terra, questões essenciais.
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista
do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e
doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional
de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter
pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
Publicado no Portal EcoDebate, em 17/06/2015.
ALAP - Aprova PEE para dez anos
ALAP
Aprova PEE para dez anos
Da Editoria
O Plano Estadual de Educação (PEE), que
contém metas que vão valer para os próximos 10 anos no setor, foi aprovado por
unanimidade pela Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP). O documento foi
enviado na sexta-feira (19), pelo governo do Estado, segundo informações da
Secretaria de Estado da Educação (SEED).
O PEE traça as metas e estratégias para
projetos, programas e ações previstas para os próximos dez anos, ampliando e
melhorando a qualidade da educação, aprofundando a formação em valores,
permitindo a modernização institucional do setor.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da
ALAP, Moisés Souza (PSC), leu a solicitação do governador Waldez Góes aos
deputados, para que a votação do PEE fosse em regime de urgência, levando em
consideração o prazo de entrega que encerrava, na quarta-feira (24).
A secretária de Estado da Educação, Conceição
Medeiros, destacou as 26 metas e algumas ações concretas que buscam avanço
educacional e, ainda, superar dificuldades históricas nesse campo, a fim de
promover uma educação de qualidade. "Um
item muito importante é a universalização dos ensinos fundamental e médio. As
crianças e jovens precisam iniciar o ensino fundamental na idade certa e
concluir o ensino médio no tempo certo, também. A categoria da educação está
muito feliz, pois esse é um momento histórico para a educação amapaense",
comemorou.
A deputada estadual, Marília Góes (PDT), fez
questão de registar seu voto favorável. "O Amapá fez de forma diferenciada em relação ao PEE, mostrando a
responsabilidade sobre o documento, agilizando a construção do plano durante
esses seis meses de gestão, com a administração da professora Conceição
Medeiros. Desejamos sucesso e que as metas sejam cumpridas de forma que o
desenvolvimento da educação seja gradativo".
Principais Metas
Uma das principais metas para a década é o
investimento público do Estado na Educação, de 30% dos recursos do orçamento,
“assegurando percentagem mínima de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual
de dois anos antes, a partir de 2020".
Consta das metas a construção do campus da
Universidade Estadual do Amapá (UEAP) no prazo de até três anos. A proposta é
elevar as matrículas em 30% no ensino superior através da UEAP, única
instituição pública de graduação administrada pelo governo amapaense.
O plano também define para o ensino superior,
a fomentação de pesquisas na UEAP, criação de cursos de pós-graduação e
construção de campus da instituição nos 16 municípios amapaenses.
Além do ensino superior, o plano fixou metas
para educação básica, fundamental e médio, a exemplo da oferta de pelo menos
25% de vagas dos referidos níveis de ensino para a Educação de Jovens e Adultos
(EJA) e a meta de elevar em nove décimos a nota do Amapá no Índice de
Desenvolvimento Básico da Educação (IDEB) em seis anos, passando de 4,4 em 2015
para 5,3 em 2021.
O Plano Estadual de Educação faz parte de uma
das metas do governo federal, que determina a Estados e municípios a elaboração
de documentos próprios em âmbitos regionais. O descumprimento resulta na
exclusão do local das metas de investimentos da União.
O Plano Estadual de Educação seguirá para
sanção do governador Waldez Góes e depois será transformado em lei.
NAS GARRAS DO FELINO
Como
jogador nota MIL, porém como cidadão
nota ZERO. Essa foi a imagem deixada
pelo Galinho de Quintino, Zico, quando da sua passagem por Macapá, na
inauguração da pista de Atletismo do Estádio Milton de Souza Corrêa, o Zerão.
Seja qual for o motivo que o tenha irritado, seus fãs não tiveram culpa. Mas a
porra da corda só arrebenta do lado dos mais fracos.
Adequação
Delegado
Sávio da Delegacia de Meio Ambiente foi alvo de críticas do pessoal do
Marabaixo. O problema que o delegado cumpre sua função atendendo as denúncias
da comunidade. Os troar das caixas de Marabaixo perturbam muito quem quer
dormir. Então que se adequem a nova realidade de Macapá, realizem os festejos
em locais próprios. Sugestão: UNA. Que tal?
Pisada na bola
O
projeto do Dr. Antônio Furlan foi infeliz. Tornar patrimônio Imaterial do Amapá
– o Melody. Deputado não embarque em tudo que chega à sua porta. Trie, faça
pesquisa e aí veja se vale a pena. Qual a tradição do Melody no Amapá?
Nível
“Será que no Amapá está tudo bem? Não tem
mais notícias contra o Waldez? Ou a Imprensa do Amapá virou uma tropa de jabazeiros?”
Esse é o nível da oposição. Tá vendo Camilo porque tu foi pro brejo mais cedo?
Engaliqueiros
O
governo do Camilo Capiberibe foi conduzido na base da engalicagem. Onde se anda
a marca desses engaliqueiros está registrada. No Parque Transmissor da Difusora
o que fizeram ali foi um crime. Roubaram a Caixa de Sintonia e jogaram os
arames da cerca em cima da terra, alegando que haviam feito o aterramento dos
radiais. E colocaram uma placa de que o Parque foi reformado. Sujeitos porcos e
mentirosos.
Polêmica no PME do município
Meta
15 do Programa Municipal de Educação o ensino inclusivo de Lésbicas, Gays,
Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), na educação básica gerou um
conflito entre evangélicos e o grupo LGBT. A bancada evangélica pediu
mudanças em um trecho do texto original do PME e o pau trançou entre movimentos
religiosos e ativistas dos direitos humanos, por suposta ideologia de gênero no
texto do PME. Dessa polêmica o que é fato que o sentido cristão da família foi
pro espaço.
Micareta poluidora
O
Instituto de Aquicultura do Amapá (AQUIAP), através de seu presidente, Emanuel
Brito, entrou com pedido de embargo da micareta confirmada para acontecer nos
dias 3 e 4 de julho, na orla do Bairro Santa Inês. O motivo: causar danos
gravíssimos ao meio ambiente. E a economia?
Perdeu mentira fresca
Com
a malandragem peculiar da ‘esquerda caviar’ o ‘mentira fresca’ foi derrotado na
justiça pelos fiscais e auditores. Não adiantou tentar ganhar a grana da
produtividade da categoria. Vai ter que vomitar o que comeu indevidamente.
Dinheiro indigesto seu ‘Mentira Fresca’.
Perdeu de novo o Mentira Fresca
Até
agora o Mentira Fresca não conseguiu bater a arrecadação alcançada pelo
ex-prefeito e agora deputado federal Roberto Góes na arrecadação de tributos.
Também com o estímulo que dá aos fiscais e auditores tentando ficar com a
gratificação dos caras... O cão é que trabalha roubando.
CEA - APAGÕES, ABUSOS E LICITAÇÃO DUVIDOSA.
CEA
APAGÕES,
ABUSOS E LICITAÇÃO DUVIDOSA.
Da Redação
A
Companhia de Eletricidade do Amapá tem se tornado um incômodo para a população
do Estado desde a federalização que colocou a empresa, até então administrada
pelo Governo do Amapá, sob administração da Eletrobrás.
De
lá para cá, um processo de retrocesso parece ter sido iniciado com interrupções
longas e diárias no fornecimento aos bairros de Macapá, Santana e outros tantos
municípios do Estado, só sentidos durante o racionamento ocorrido ainda na
década de 90. Também acontecia em períodos de estiagem rigorosa devido à
redução do volume de água dos rios onde está o sistema hidrelétrico responsável
pela geração. Mas não existem registros de tantos desligamentos, maioria deles
sem qualquer explicação.
Os
prejuízos contabilizados principalmente por comerciantes são inúmeros de ponta
a ponta do Amapá, mas atingem também outros consumidores por conta da perda de
eletrodomésticos e eletro eletrônicos.
A
revolta da população é tamanha que nos últimos meses uma prática que antes era
incomum no Estado passou a ser vista com frequência, a dos protestos com
interdição de ruas, avenidas, rodovias e a queima de pneus, tudo para chamar
atenção da companhia, que se mantém calada sobre a situação, com exceção de uma
nota e outra sobre interrupção para poda de árvores e manutenção, mas nada que
justifique tantos desligamentos seguidos. O problema existe e ninguém parece se
importar, considerando que a CEA até hoje nunca recebeu sequer uma recomendação
para corrigir ou notificação para explicar o que está acontecendo.
CONTRATO DUVIDOSO
O
transtorno causado à população é apenas um capítulo de uma tragédia que teve
suas primeiras linhas rabiscadas na gestão passada quando a federalização se
confirmou. Depois disso, a Companhia que passou cinco décadas sob as diretrizes
do Estado, a cada dia revela um fato novo e negativo com nuances de escândalo.
O
mais recente é o contrato de R$ 5 milhões entre a CEA e a Elinsa do Brasil,
empresa que trabalha com a manutenção de instalações elétricas, faz design e
fabrica quadros elétricos e de eletrônica de potência. Ela foi fundada em 1968
e hoje é tida como referência segundo especialistas do setor, em eletricidade,
serviços navais e industriais.
A
Elinsa tem sede na Espanha e conta com delegações em Vigo, Lugo e com as empresas Pablo Vega S.L. em Algeciras
e Elinsa Itália S.R.L.em Bérgamo. A estrutura estrangeira tem cerca de 8.000 m2
de escritórios, fábrica e armazéns. A empresa faz instalações e manutenção
fornecendo quadros elétricos em nível nacional e internacional.
Esta
gigante do mercado elétrico, de acordo com o vice-presidente do Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura do Amapá (CREA/AP), Edson Kuwahara, está
atuando no Estado sem o atestado de capacidade técnica. O documento é
obrigatório para que o contrato fosse firmado, mas não houve, segundo ele, nem
a solicitação do documento.
Já
a CEA afirma que o processo está em andamento no Conselho do qual Kuwahara é o vice-presidente. O atestado
informa à administração pública que a empresa possui os requisitos profissionais
e operacionais para praticar o que foi pedido no edital. Mas, ainda segundo
Edson Kuwahara, o que existe em tramitação no Conselho não garante qualquer
respaldo para atuação. Em declaração recente à imprensa local ele reafirmou que
no CREA Amapá também não existe nenhuma solicitação de qualquer profissional
ligado à empresa pedindo a Certidão de Acervo Técnico, o que também garantiria
o respaldo. O vice-presidente resumiu dizendo que a Elinsa não têm nenhum
documento no CREA e nem de qualquer profissional ligado à empresa pedindo a tal
certidão.
No
contraponto a diretoria da CEA assinou e emitiu parecer, relatando que o pedido
foi feito ao Conselho e que o processo está tramitando. Em resumo o parecer da
CEA diz que a Elinsa ainda não dispunha do atestado para assumir o contrato por
conta do documento que está em averbação dentro do Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura, afirmação desmentida pelo vice-presidente do CREA.
O
que pode ter acontecido, segundo o Conselho, é a CEA não ter feito qualquer consulta
para contratar a firma. Se o procedimento tivesse ocorrido, avalia Kuwahara, a
Companhia teria obtido informações da inexistência da solicitação profissional
de certidão técnica. Que valor teria então o Parecer 005/2015 emitido pela Direção
de Operação da CEA?
O
documento tem assinatura do diretor, o engenheiro Ubiracy do Amaral. Na conclusão ele escreveu: “...a relação
de documentos apresentada pela empresa Elinsa atende aos subitens “b”, “d” e
“e” do item 10.3 do edital do Pregão Eletrônico nº 12/2015-CL/CEA. Com relação
ao subitem “e” do item 10.3 do referido edital, após diligência junto ao
CREA/AP, constatou-se que o Atestado de Capacidade Técnica, emitido por pessoa
jurídica de direito privado, encontra-se em processo de averbação naquele
Conselho e que estará disponível nos próximos dias. Desta forma, salvo melhor
juízo, concluímos que a empresa Elinsa comprovou a qualificação técnica
exigida.” O documento é datado de 17 de março último.
No começo da semana circulou na mídia
local a informação de que o caso poderia ser investigado pela Polícia e pela
Justiça Federal. A principal interessada que isso aconteça é a empresa Mix,
anterior detentora do contrato. Segundo a assessoria jurídica da firma, desde
2014, quando houve a licitação, a Elinsa começou a entrar com documentos
fraudados no certame com o objetivo de provar sua capacitação técnica, que, segundo a antecessora, não
possui.
Nesta relação levantada pela Mix estaria o nome da
empresa AC Farias Serviços Elétricos. A Elinsa alega ter trabalhado para esta
firma e com isso garantiria seu respaldo ao certame. No entanto, as pessoas
citadas como residentes em Belém do Pará nunca foram encontradas no endereço
fornecido no bairro de São Bras. Outro detalhe é que a Elinsa não tem filial na
capital paraense.
PREGÃO CONTURBADO
A Procuradoria Jurídica da CEA cancelou o
pregão ano passado depois de ter descoberto que a Elinsa do Brasil apresentou
declaração falsa de capacidade técnica para participar da licitação. Os
advogados da Mix também disseram que uma ata notarial dando autenticação aos
papéis foi juntada ao processo licitatório. Para os advogados da Mix, a fraude
é clara e desqualifica o Atestado de Capacidade Técnica da A.C Farias Serviços
Elétricos, empresa apresentada pela
Elinsa para respaldar as exigências do pregão. No caso, certidões e atestados
seriam falsos. Se comprovadas as denúncias, a CEA deve rever e até anular a
licitação e declarar a Elinsa inidônea.
ARRECADAR DE QUALQUER JEITO
Desde
quando passou para as mãos da Eletrobrás a palavra de ordem dentro da Companhia
de Eletricidade do Amapá é lucro e não importa a que custo. Uma das primeiras
medidas adotadas foi cancelar o recebimento de contas pagas com cartão de
crédito descartando até a quitação em parcela única.
Outro
detalhe está nas reclamações de abusos praticados contra consumidores. Muitos
alegam ter pago a fatura e mesmo assim tiveram o fornecimento cortado. Atualmente
a média de cortes diários com a nova política caça níquel da CEA, pulou de 100
para 700. A Companhia estaria fazendo cortes em horários que ultrapassam o
expediente, o que significa desrespeito ao consumidor e violação da Lei do
Domiciliado.
Para
o advogado Vicente Cruz, Diretor-Presidente do Instituto de Defesa do
Consumidor, o primeiro passo da empresa seria estabelecer um horário legal de
cortes. O Procon, segundo ele, tem recebido inúmeras reclamações neste sentido.
Outras dizem respeito à interrupção do fornecimento a eventos minutos antes
deles iniciarem. OC diretor considera a
prática um abuso no exercício do direito da companhia. Cruz disse ainda que vai
iniciar um processo administrativo e entrar com pedido de Termo de Ajustamento
de Conduta para forçar a CEA a suspender tais procedimentos ilegais.
Dia de Campo - Embrapa Amapá apresenta equipamentos de mecanização do cultivo da mandioca
Dia de Campo
Embrapa Amapá
apresenta equipamentos de mecanização do cultivo da mandioca
Reinaldo Coelho
Da Editoria
O último sábado (20) foi movimentado para os
agricultores da base familiar de seis comunidades do município de Macapá
(Curralinho, Tessalônica, Mel da Pedreira, Igarapé do Lago, Coração e Igarapé
das Almas), nesse dia foi realizado o Dia de Campo "Mecanização da Cultura
da Mandioca no Estado do Amapá", que contou com a presença do governador
Waldez Góes e de extensionistas rurais, no Campo Experimental do Cerrado (KM 44
da BR-156).
Durante o evento, os técnicos da Embrapa
fizeram uma demonstração prática do uso de equipamentos modernos, destinados à
mecanização do cultivo da mandioca no Amapá. A mandioca está em primeiro lugar
entre os produtos agrícolas produzidos no Amapá. Dados do IBGE de 2014 apontam
uma produção de 160 mil toneladas, colhidas em uma área de quase 15 mil
hectares.
Durante o Dia de Campo foram apresentadas uma
plantadora e uma colhedora de mandioca, e implementos agrícolas adquiridos pela
Embrapa para fins de pesquisa e de transferência de tecnologias. Além dos
agricultores das comunidades participaram da prática de campo cerca de 30
técnicos de extensão rural do Instituto Estadual de Desenvolvimento Rural (RURAP)
e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), os secretários de
Desenvolvimento Rural, da Ciência e Tecnologia, e diretores de órgãos como SENAR
e CONAB.
A transferência de tecnologia
De acordo com o analista de transferência de tecnologias
da Embrapa Amapá, Gustavo Castro, as maiores vantagens desses implementos
agrícolas são a redução significativa do esforço físico do agricultor e aumento
da produtividade da mandioca.
"A plantadora possui a múltipla função de preparar o solo, adubar e
plantar a maniva. Já a colhedora (ou afofador) é o implemento agrícola que
auxilia na colheita da mandioca. É capaz de reduzir em um terço o tempo de
colheita no modo manual", detalhou
Castro.
Os dois equipamentos são adequados para o
Sistema Bragantino, tecnologia inovadora desenvolvida pela Embrapa para
produção agrícola de alimentos na Amazônia. O Sistema Bragantino é aplicado no
Amapá desde 2007 e serve de referência tecnológica para o financiamento
estadual dos agricultores familiares do Estado.
O que foi o Dia de Campo
O Dia de Campo "Mecanização da Cultura da
Mandioca no Estado do Amapá" foi uma ação de transferência de tecnologias
da Embrapa Amapá e ocorreu em uma Unidade de Observação do Sistema Bragantino,
instalada no Campo Experimental do Cerrado.
O evento foi composto de três estações. Na primeira, o pesquisador
Adriano Marini fez uma explanação sobre os aspectos da seleção e sanidade de
manivas para um cultivo bem sucedido de mandioca; em seguida o analista Gustavo
Castro abordou os benefícios do Sistema Bragantino e sua viabilidade com uso de
mecanização; e, na terceira estação, o pesquisador Luís Wagner e o assistente
de campo, Claudeci Trindade, apresentaram os fundamentos da mecanização do
plantio e da colheita da mandioca.
A SEMANA NA HISTÓRIA
Sábado – 27
de Junho
1637 – Bento Maciel Parente é nomeado
governador do Estado do Maranhão e Grão Pará, a quem as terras do Amapá estavam
anexadas.
1895 – O jornal O Democrata, de Belém (Pará),
divulga declarações de um engenheiro militar francês sobre a importância
estratégica da região contestada do Amapá.
1917 – É fundada oficialmente, em Macapá, a Assembleia
de Deus, após realização, na véspera, do primeiro culto oficial, com a
conversão e batismo de várias pessoas. Pelo evangelista José de Mattos,
auxiliado pelo pastor boliviano Clímaco Bueno Aza.
Domingo – 28 de Junho
1688 – Chega Pierre Ferrolles com sua
expedição em três embarcações à margem esquerda do Araguari e se encontra
próximo ao forte construído por Pedro de Azevedo Carneiro. Na fortificação
estavam três canhões e 25 soldados. De Ferrolles exige que os portugueses
abandonem o forte, já que toda a margem esquerda do Amazonas já pertencia “à Sua
Majestade Cristianíssima (título do rei da França)”. Respondeu-lhe o comandante
português (segundo De Ferrolles) que, – em virtude de uma doação feita a Bento
Maciel Parente, os limites das possessões portuguesas eram no rio do Cabo de
Orange, chamado pelos portugueses “Rio de Vicente Pinzon” e pelos franceses de
“Oyapoc”. – (Rio Branco III, 96). Apesar de ameaçar vir desalojá-los
pela força, De Ferrolles deixa com o padre Aloísio Conrado Pfeill uma carta
para o capitão-mor Antonio de Albuquerque e promete retornar mais tarde.
1936 – Nasce em Macapá o
professor Estácio Vidal Picanço, pesquisador histórico.
Segunda Feira – 29 de Junho
1764 – É lançada a pedra fundamental da Fortaleza
de São José de Macapá, começando pelo baluarte que levará o nome de São Pedro.
Os outros baluartes receberão nomes de Nossa Senhora da Conceição, São José e
Madre de Deus. (Vianna, Arthur, 284).
1800 – Chega a Macapá o padre Gregório
Álvares da Costa para governar a paróquia de São José, como vigário.
Terça
Feira – 30 de Junho
1688 – Os franceses de Caiena reivindicam a
margem guianense do Amazonas. O comandante português de uma fortificação no
Araguari faz saber ao governador da Guiana Francesa, Marquês de Ferrolles, qual
a opinião de seu governo sobre a fronteira setentrional do Brasil, demarcada
pelo Oiapoque, e não pelo rio Araguari, como propunha Ferrolles. (Rio
Branco, Efemérides, 304).
1841 – O bacharel Joaquim Pimenta de
Magalhães é nomeado juiz de Direito da Comarca de Macapá. (REIS, Arthur Cezar Ferreira. Território do Amapá, Perfil
Histórico, 1948, Imprensa Oficial, Rio de Janeiro, RJ.)
1916 – O pastor da Igreja Pentecostal Assembleia
de Deus, Clímaco Bueno Aza, chega a Macapá com um mandado do juiz de Belém,
João Batista de Miranda, autorizando a implantar sua igreja em Macapá, antes
impedido pelo padre Júlio Maria de Lombaerde, quando vaio pela primeira vez em
26 de maio de 1916.
Quarta
Feira – 1 de Julho
1615 – Chega ao Maranhão Francisco Caldeira
Castelo Branco com 250 homens. Renegociam, e os portugueses passam à ilha de
São Luiz, ocupando o pequeno forte de Itapari, que recebeu o nome de São José.
1791 – A pedido dos
moradores e em virtude da proliferação de doenças, o governador do Pará,
Francisco de Souza Coutinho, indica ao ministro Martinho de Mello e Castro o
rio Araguari para mudança da vila de Mazagão.
1853 – O deputado paraense
Candido Mendes de Almeida apresenta, na Câmara de Deputados do Império, no Rio,
um projeto de lei criando a Província de Oiapoque, compreendendo as terras
situadas entre os rios Nhamundá e Amazonas, com sede em Macapá.
Quinta Feira – 2 de julho
1710 – O rei de Portugal escreve ao
governador do Pará autorizando a Companhia de Jesus a evangelizar os habitantes
da região do Jari.
1901 – Oiapoque. A canoa Tapuia, que
conduziu à região do Alto Cassiporé a diligência composta de quatro praças e
funcionários da Mesa de Rendas, não consegue apreender um carregamento de36
quilos de ouro, extraído das minas de Calçoene, e seguindo para Caiena (Guiana
Francesa).
1909 – João Batista de Miranda toma posse no
cargo de juiz de Direito da Comarca de Mazagão.
Sexta Feira – 03 de Julho
1605 – O rei francês Henrique IV nomeia Daniel de
La Touche (Senhor de La Ravardière) lugar-tenente-general das costas do Amazonas
e deste rio até a Ilha de Trindade. Mas ele consegue voltar à região em uma
nova expedição somente em 1609.
1643 – Uma embarcação que trazia os catorze
religiosos da Companhia de Jesus à região do Cabo do Norte, a pedido do padre
jesuíta Luiz Figueira, naufraga próximo à Ilha de Santana, conseguindo se
salvar apenas três padres e dois irmãos. Os religiosos vinham trabalham em
evangelização dos índios nas terras do Amapá.
1901 – No alto Oiapoque trabalharam em
mineração cerca de 3,5 mil homens, sendo o ouro extraído e mandado todo para
Caiena, de onde tomou destino à França, escapando da fiscalização brasileira.
Este fato passou a ser palco de preocupação das autoridades brasileiras que, a
todo custo, tentavam frear essas saídas bruscas e ilegais do metal precioso.
sexta-feira, 26 de junho de 2015
POLÍTICA
Recesso
Parlamento entra
em recesso na próxima semana, mas comissões e secretaria legislativa continuam
funcionando. Isso significa que a produção parlamentar continua e no retorno de
agosto, os deputados terão muito o que analisar e votar.
98 anos
A mais antiga
igreja evangélica do Amapá completou 98 anos neste sábado. Na quinta-feira,
houve sessão solene na Assembleia Legislativa, com a entrega da estatueta
Otoniel Alves de Alencar. Dentre os homenageados, os deputados Moisés Souza e
Pedro da Lua.
Elegância
A secretária
Goreth Sousa conjuga dois grandes atributos. Detesta burocracia e é, de longe,
a mais elegante da atual gestão. Incorporou a máxima de Honoré de Balzac. Na
etiqueta como na vida, vale o princípio: o elegante se veste, o rico se enfeita
e o pobre se cobre.
Polêmica besta
Ao contrário do
que vem sendo disseminado nas redes sociais, o Plano Municipal de Educação, em
nenhum momento trata de “ideologia de gênero”. O teor do PME de Macapá respeita
a diversidade existente no município, com toda sua gama de segmentos
populacionais e com respeito à diversidade de gênero e a identidade cultural,
como deve ser.
Riqueza no corpo
Dito pelo deputado
Ericláudio Alencar, que já se aproxima dos 60 anos. “Nunca pensei que a partir dos 50 anos pudéssemos ter uma riqueza tão
grande: Prata nos cabelos. Porcelana nos dentes. Pedra nos rins. Açúcar no
sangue. Tela de poliéster na hérnia inguinal. Chumbo nos pés. Ferro nas articulações.
Catarata nos olhos. Titânio nos ossos. E uma fonte inesgotável de gás
natural. Como nem tudo está perdido tenho dois pulmões de aço e um coração de
ouro”.
CAUSOS DA POLÍTICA
Prefeitos
O prefeito sempre
foi personagem central nos “causos” desse nosso Brasil. Estão aí os “FEBEAPÁ –
Festivais de Besteiras que Assolam o País” – escritos pelo saudoso Sérgio
Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que não nos deixam mentir. Existem milhões de
estórias acontecidas ou criadas pela imaginação popular, envolvendo a figura do
prefeito municipal.
É o prefeito que
entra em um bar, na Capital, e pede um café sem açúcar.
A garçonete
pergunta: “O senhor é diabético?”
“Não, sou de Afuá,
sou o prefeito de lá”.
E o prefeito que
sai às ruas da Capital, veio à procura do deputado, e fica encabulado com os
novos cestinhos de lixo espalhados pelas ruas. Em um dos cestos ele leu –
“colabore com a limpeza pública”.
Ele resolveu
colaborar: mete a mão no bolso, tira uma nota de cem cruzados e deposita no
cestinho.
E o prefeito que
traz uma carta, redigida pelo seu secretário, pedindo ao IPHAN o tombamento do
prédio do grupo escolar da sua cidade. Mas resolveu ler aqui a carta que
assinara lá, e… telefonou indignado para o secretário. Não ia entregar aquela
carta que ele considerava uma traição a história da sua terra. Onde já se viu
derrubar um prédio tão bonito. “Que é
velho todo mundo sabe, mas eu queria é uns reparos. Se fosse para tombar, nós
tombava aí mesmo sem precisar de ajuda do governo”.
ARTIGO
É TEMPO DE
TRABALHO
Rodolfo Juarez
Chegou o verão. O período sem chuva no Amapá.
Tempo bom para execução de obras de infraestrutura e de transporte, sem que
aleguem dificuldades com relação à chuva e os problemas que ela possa trazer
para as chamadas obras descobertas.
O tempo chegou, mas não significa dizer que
vai ficar assim para todo o tempo. Em dezembro o período de chuva chega outra
vez, e as mesmas repetidas desculpas não podem servir de pano de fundo para o
não fazer.
Os prefeitos têm a última oportunidade para
convencer o eleitor de que aproveitou o tempo que esperou.
O prefeito de Macapá, por exemplo, tem pedido
paciência para os serviços que serão realizados a partir de agora.
Então, é agora ou nunca, mais se tiver alguma
vontade de renovar o mandato. Até agora nada combina com as necessidades que a
população de Macapá tem declarado, repetidas vezes.
E por quê?
Por que o próximo verão, o de 2016, não
estará à disposição do prefeito para trabalhar pela reeleição, pois, em junho
serão as convenções partidárias e logo no começo de julho a campanha eleitoral,
se estendendo até a votação, em primeiro turno, no dia 2 de outubro e a de
segundo turno - se houver -, no dia 30 de outubro.
Aproveitar agora é a ordem.
Aproveitar e fazer, pois, mesmo com as
dificuldades de rejeição que experimenta o atual prefeito, os seus prováveis
concorrentes também não estão livres desse peso, pois são figuras carimbadas da
política local.
O problema para os concorrentes é daqui até
junho de 2016 aparecer um expoente, desses meteóricos, com um bom discurso e
capacidade de convencimento.
Esse mesmo cenário está à disposição dos
outros prefeitos que estão pensando em tentar a reeleição. As possibilidades de
cada um deles estão diretamente ligadas à qualidade dos concorrentes que terá
que enfrentar e aos serviços que farão neste verão.
Para o Governo do Estado esse verão também é
muito importante.
Dá a chance de sair do casulo, apresentar-se
para a população, principalmente nas etapas de construção de rodovias e obras
públicas, inclusive aquelas obras enterradas e que sempre dizem que “não dá
voto”.
E como a administração é bombada pela
perspectiva de ações que “dão voto” então é agora a vez de cuidar das pessoas e
das cidades como prometido.
O apelo é bom, a retórica é motivadora, falta
apenas ‘ação’.
Somado a tudo isso há o descostume das
equipes de governo ao trabalho, esse que coloca todo mundo na rua. A turma
gosta demais de um ar condicionado e de não trabalhar sábado e domingo.
É tempo de não folgar nos dias imprensados
por feriados e dia santo. É tempo de não dar folga e aquele que não topar deve
ser sumariamente eliminado e mandado para a divisão inferior para hibernar no
próximo período de chuvas.
Quando digo todo mundo, quero dizer todo
mundo mesmo. Até aqueles que estão acostumados a ficar no Setentrião, falando
em nome do governador, agindo como se tivessem a cobertura do governador (tem
alguns deles que juram de pés juntos que têm).
Afinal, encarar os próximos cinco meses como
tempo de trabalho é o que sobra para ser feito.
Basta de preguiça e de espreguiçadeiras.
Chega de ficar com a bunda colada na poltrona. É tempo de trabalho. É tempo de
responder àqueles mais de 60% dos eleitores do Estado que votaram no Governador
e no vice-governador.
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